Fifa estuda proibir venda de cerveja em alguns jogos da Copa

A Fifa pode suspender a venda de bebida alcóolica dentro dos estádios em casos extremos. A notícia foi dada nesta quarta-feira pelo diretor de comunicação do COL, Saint-Clair Milesi, durante a reunião diária entre a Fifa e a imprensa no Maracanã. “A medida está prevista desde a Copa da Alemanha, mas nunca precisou ser usada. Mas consta no regulamento da competição”, explicou Délia Fisher, porta-voz da Fifa. De acordo com o COL a AMBEV, que patrocina o mundial com duas marcas de cerveja, está ciente da questão.

Para que ocorra, é necessária uma solicitação das forças de segurança locais, que seria avaliada pelo comitê organizador da Copa do Mundo. “Mas em geral a bebida não é o que está provocando problemas e sim provocações por lances ou gols dentro e fora dos estádios”, disse Milesi. “Mas estamos monitorando partidas que possa trazer mais rivalidade e pensando no futuro”, disse, em referência a uma possível final Brasil e Argentina no Maracanã.

Outro fator que levou as autoridades a acender o alerta vermelho a invasão dos torcedores chilenos no Maracanã, que de acordo com fontes policiais já estavam alcoolizados na hora da invasão, mas há várias horas consumiam bebida alcóolica no entorno do Maracanã. O jogo na ocasião entre Chile e Espanha foi às 16h e desde 9h da manhã chilenos já se concentravam nos bares em volta do estádio.

O diretor do COL voltou a insistir que a paz deve ser a tônica da Copa do Mundo sem que deixe as rivalidades de lado. “Os brasileiros precisam ser gentis com os turistas e os turistas gentis com os brasileiros”, pediu, depois de saber de um caso em quem torcedor argentino foi baleado em Porto Alegre na terça-feira. “Estamos em contato com as autoridades. Ainda não sabemos de onde partiu o disparo, mas ao que parece começou com uma briga entre torcedores argentinos rivais”, disse.

Os jogos do próximo sábado estão preocupando as autoridades de segurança por se tratarem de clássicos sul-americanos. Brasil e Chile se enfrentam no Mineirão às 13h e Colômbia e Uruguai se enfrentam no Maracanã às 17h. “O problema não aconteceu num estádio de futebol e nem em um local repleto de torcedores. Mas na Copa do Mundo não há espaço para essas coisas”, afirmou Saint-Clair.

Fonte: Terra

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