O governo Geraldo Alckmin (PSDB) abriu nesta semana na cracolândia um centro de convivência para viciados que deverá se tornar um hospital para dependentes químicos.
O espaço estreou serviços como banho, barbearia, aulas de academia e terapia corporal, em um prédio da rua Helvétia com capacidade para atender cem pessoas/dia.
Nesta terça (24) e quarta (25), 167 dependentes foram atendidos pelo serviço montado perto da concentração de usuários de crack e em frente a uma tenda da prefeitura que oferece aos viciados atendimento social e espaços para banho e para ver TV.
Nos próximos meses, haverá no centro de convivência um projeto de apoio às famílias dos dependentes, palco de teatro, sala de audiovisual e cozinha experimental.
O espaço é a primeira fase antes da implantação do hospital, que deve terminar em 2015 com a entrega de 51 leitos --21 para desintoxicação e 30 para moradia (pelo período de até seis meses).
O custo de implantação do espaço será de R$ 8,8 milhões. A unidade, aberta de segunda a sábado, das 8h às 18h, faz parte do programa Recomeço, que visa combater a dependência ao crack.
Will, 34, primeiro usuário atendido, testou a academia. "Ocupei a cabeça e ainda não usei crack hoje", disse.
"Queremos estimular o lado saudável do dependente e motivá-lo para o tratamento", diz Elson Asevedo, psiquiatra responsável pelo serviço.
Se precisarem de atendimento médico, os usuários de crack serão encaminhados ao Cratod (centro de referência de álcool e outras drogas).
A cracolândia também recebeu este ano um projeto da gestão Fernando Haddad (PT) voltado ao mesmo público --Braços Abertos, que dá moradia, trabalho e alimentação.
Nos últimos anos, prefeitura e Estado testaram várias medidas na cracolândia, mas não conseguiram transformar a região nem evitar a presença de dependentes.
Fonte: Folha de São Paulo On Line
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