As causas podem ser variadas, podendo ser determinadas tanto por fatores hereditários quanto ambientais. Atualmente há uma grande preocupação com os riscos que uma pessoa se expõe ao usar drogas lícitas (álcool e tabaco) e ilícitas (maconha, crack, cocaína, entre outras) pois elas podem ter relação com o câncer.
Cada droga afeta de um jeito diferente o corpo humano.
Segundo o psiquiatra Thiago Marques Fidalgo, do Núcleo de Psico-Oncologia do A.C. Camargo – centro de referência no combate ao câncer – explica que a relação dessas drogas com o câncer depende do tipo utilizado.
“O cigarro e o álcool são, sem sombra de dúvida, as drogas mais utilizadas em nossa sociedade. Dessa forma, são as com maior impacto sobre a saúde das pessoas e, por isso, as mais estudadas”, afirma.
O álcool geralmente está ligado aos tipos de câncer de boca e de esôfago.
Já o tabaco está ligado a vários tipos de câncer, porém, o número mais expressivo é o câncer no pulmão onde, de acordo com o Inca, 90% dos casos da doença aparecem em fumantes ou ex-fumantes.
A cocaína inalada aumenta o risco dos tumores de cabeça e pescoço, com destaque para as lesões de nasofaringe. Além disso, afeta a traqueia e os pulmões, já que o pó e, principalmente, as impurezas que vêm com ele, se acumulam nos alvéolos e geram inflamação local.
O mesmo se observa com o crack, mas que, por ser fumado, costuma gerar mais lesões de orofaringe. A maconha tem influência no desenvolvimento de tumores das vias aéreas, muito semelhante ao cigarro.
Faltam estudos também para confirmar se ainda há riscos do surgimento de câncer para os ex-dependentes químicos. “Provavelmente o risco diminui após um longo período sem fazer uso da substância. No entanto, esse risco sempre vai ser maior do que o de uma pessoa que nunca usou drogas. O mesmo se observa com o cigarro e com o álcool.
Depois de muitos anos de abstinência, o risco diminui muito, mas continua sempre um pouco maior que o da população em geral”, afirma o psiquiatra.
O tratamento do usuário de droga que desenvolve câncer deve ser global, ou seja, tratar paralelamente o câncer e a dependência, seja do álcool, tabaco ou drogas ilícitas.
Fonte: Inca
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