A maconha e o pulmão

A maconha está na mídia, principalmente após os movimentos mundiais de legalização de seu uso. Segundo a UNODC, a agência das Nações Unidas dedicada a drogas e crimes, a maconha é a substância ilícita mais usada ao redor do mundo, principalmente entre jovens adolescentes. E uma droga que apresenta um potencial de vício substancial.

Estima-se, atualmente, que 10% das pessoas que consomem uma vez maconha apresentam sintomas de dependência. Além dos problemas psiquiátricos e comportamentais que possam complicar o usuário crônico, a maconha tem sido relacionada a diversos problemas respiratórios, alguns com consequências potencialmente graves.

Como a maioria da maconha é inalada sob diversas formas, seu efeito nos brônquios e nos pulmões é obvio. Sabe se que a maconha contém as mesmas substâncias irritantes e cancerígenas identificadas no tabaco. Vários estudos demonstraram que o fumante de maconha inala sua fumaça e a mantém por mais tempo profundamente nos pulmões, além da queima do cigarro na sua quase totalidade, quando comparado com cigarro de tabaco. Tanto isso é verdade que o fumo de maconha eleva em quatro a cinco vezes a concentração do tóxico monóxido de carbono no sangue do fumante.

Agudamente, a fumaça de maconha parece relaxar os músculos dos brônquios, levando à sua dilatação. O uso crônico, no entanto, produz inflamação intensa dos brônquios e da traqueia, e sua infecção frequente. Enfisema também é observado em maior frequência nos fumantes de maconha.

Existem muitos estudos que observaram maior incidência de câncer de pulmão em pessoas que usam de forma crônica a maconha, apesar de alguns autores considerarem essas evidências ainda muito tênues, e não definitivas. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde recomendou alertar todas as pessoas que fumam maconha sobre os problemas de saúde a ela associados, principalmente no trato respiratório.  Mesmo quando fumada de forma recreativa, legalizada ou não.


Fonte:http://www.cartacapital.com.br/

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