Os Efeitos do Crack no Organismo

O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. 

Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos.

Ao ser tragada, a droga vai para os pulmões, que é um órgão muito vascularizado que absorve a substância instantaneamente em seguida a droga cai na corrente sanguínea.

Entre 10 e 15 segundos após ser tragado, o crack inunda o cérebro com dopamina, neurotransmissor relacionado à sensação de prazer e motivação. Causa aumento da frequência cardíaca e da temperatura corpórea, dilatação das pupilas e sensação de poder, euforia e força.

O usuário passa a precisar de doses cada vez maiores para alcançar os mesmos efeitos.

Depressão, ansiedade, irritabilidade, distúrbio do humor e paranoia, perda de apetite e sono e problemas respiratórios.
Aumento de pressão arterial, que pode provocar derrame cerebral e óbito.

A diferença do crack e de outras drogas:

COCAÍNA: Ao ser inalada, demora até 15 minutos para produzir efeitos, que duram entre 20 e 45 minutos e são dez vezes menos intensos do que os do crack. 

MACONHA: Após ser tragada produz efeitos que duram entre 30 minutos e 4 horas. Menos de 10% dos usuários se tornam Dependente Químico.

HEROINA: Com a injeção Intravenosa, leva até 7 segundos para produzir sensação de prazer externo, enquanto os mesmos efeitos demoram entre 5 e 8 minutos. Com aplicações Intramuscular o uso leva facilmente à Dependência Física e Psiquica e pode provocar a morte.

LSD: só produz efeitos entre 30 e 90 minutos após a ingestão, mas eles podem se estender por 6 horas. Em geral, não leva à Dependência Física, mas pode causar a psiquica ou psicológica.

ECSTASY: O efeito do MDMA (meta-dimetil-meta-anfetamina) atinge seu pico em 30 minutos e se estende por até 4 horas. Efeitos como ansiedade, ataques de pânico e surtos psicóticos são menos comuns - assim como casos de Dependência.



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O drama dos codependentes

Mais de 10 milhões de familiares e amigos dos 2,6 milhões de dependentes químicos em cocaína e crack no país enfrentam o martírio da codependência.

Por trás de um dependente químico, há pelo menos outras quatro pessoas que também precisam de tratamento, de acordo com a Federação de Amor-Exigente (FEAE), que reúne 920 grupos de apoio para familiares de usuários de drogas no Brasil e países vizinhos.

Chamadas de codependentes, essas pessoas que são afetadas indiretamente pela droga costumam viver em função do viciado, têm sentimento de culpa, baixa auto-estima e sentem-se úteis quando estão entregues aos problemas dele.

A codependência não figura no Código Internacional de Doenças (CID), explica Carlos Salgado, psiquiatra e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead).

Mas os sintomas se encaixam nas psicopatologias, capítulo 10 do CID. “Os codependentes têm, por exemplo, ansiedade e depressão. 
Em caso extremo, a busca por prescrições para controlar o problema pode levar ao atoleiro de bendiazepínicos”, adverte o médico.

Em alguns casos, Salgado só trata o paciente se os codependentes também forem tratados. O médico adverte que a aura de sofrimento pode ir além da família e atingir amigos, colegas de trabalho e até o chefe do dependente.

“É possível atender o paciente sozinho, mas se tiver a presença da família, o resultado é mais efetivo”, diz. 

Brasil: Dez milhões de codependentes Em todo o Brasil, 2,6 milhões de pessoas são usuárias de cocaína ou crack, segundo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Em outras palavras, o país tem mais de 10 milhões de codependentes destas drogas. A cada semana, 3.000 codependentes procuram a FEAE em busca de ajuda.

“Os codependentes são, em sua maioria, mulheres”, constata Arlete Lugo, 66, coordenadora da FEAE em Porto Alegre. “Elas se perguntam: ‘Onde foi que eu errei?’. A culpa vira justificativa para não fazer nada.”

Arlete lembra que, nos grupos de apoio, o foco é a mudança de atitude e a maior cooperação entre os familiares. “As participantes expõem suas angústias e medos nos encontros e falam coisas que não falariam na frente das sogras ou filhos”, diz Claudia Schossler Sá, 48, que fundou há um ano, em Porto Alegre, o Grupo de Esposas de Toxicômanos e Alcoolistas em Recuperação (Gestar).

O Gestar também prepara as mulheres para as visitas mensais às comunidades terapêuticas. Membro do Gestar, a estudante Andiara Almeida Telles, 20, visitou recentemente o namorado na na comunidade terapêutica Fazenda Senhor Jesus, em Viamão, a 44 km da capital gaúcha. Ele sofrera uma recaída depois de três anos de abstinência.

No local, Andiara se deparou com a cerimônia de graduação de sete internos, que tinham acabado de cumprir nove meses de tratamento. 

A emoção entre os familiares transbordava.

“Naquele momento, comecei um novo ciclo de expectativa sobre a nova tentativa de recuperação do meu
namorado”, diz Andiara, que luta para reduzir a ansiedade diante do problema do parceiro. “Sofria quando ele
saía com amigos e não atendia o celular. Isso é doença.”

Como uma nova gestação

Os nove meses que o filho de 24 anos vai passar na Fazenda Senhor Jesus são encarados como uma gestação pela técnica de enfermagem Patrícia Leite do Amaral, 40.

“Eu estou engravidando de novo e disse a ele: ‘Estou do teu lado e não espero ter um aborto’”, lembra Patrícia.

Por causa da luta do filho contra o crack, Patrícia parou de trabalhar e assumiu os cuidados com a neta Isabella, de 10 meses, filha de Guilherme.

Uma semana depois que o jovem iniciou o tratamento na fazenda, o celular de Patrícia tocou de madrugada. Ela pensou que fosse a polícia ou o Instituto Médico Legal.

“O coração não relaxa. Era apenas minha mãe”, conta. Patrícia decidiu se tratar com um psiquiatra e frequentar um grupo de apoio enquanto a neta está na creche.

“Assumi o posto de mãe da minha neta e de dependente. A Patrícia mulher e profissional ficou de lado”, lamenta. “Mas não quero que meu filho se sinta culpado. Ele tem de lutar contra a doença que é o vício.”

‘A gente fica impotente’

O casal Patrícia Uchoa e Alexandre Carlos, ambos de 53 anos, perdeu a conta das internações do filho Rafael, 30.

“O uso de drogas é mais complicado para a família do que para o dependente”, diz Carlos.

Além dos pais, quatro irmãos, os avós paternos e maternos e a filha de 8 anos estão na “órbita” de Rafael.

“É como se um buraco se abrisse na sua frente. A gente fica impotente diante do vício”, desabafa a mãe.

Os pais perceberam a gravidade do problema quando o filho, viciado há mais de 15 anos, passou a “sumir” com objetos de casa para comprar crack. Mas Carlos ignorava a realidade e continuava a dar dinheiro ao filho.

“Em vez de uma atitude colaborativa, o pai adota uma ação que desorganiza as defesas do filho”, aponta o psiquiatra Carlos Salgado. “Isso acontece porque é difícil lidar com o problema. 

O resultado é essa ambivalência: ao mesmo tempo em que sabe do problema do filho, o pai facilita o acesso ao dinheiro que
será usado para comprar drogas.”

A família, que já cancelou férias pagas para ir atrás de Rafael, assegura que hoje não deixa compromissos de lado quando ele sofre recaídas.

Patrícia conta que “deixou de viver a doença do filho”, mas fica alerta quando ele não atende o celular. “Não existe ex-pai ou ex-mãe”, diz ela. “Nunca vamos deixar de ser codependentes.”


Fonte:InfosurHoy

Álcool atinge mais as mulheres

As mulheres sofrem mais com o efeito do álcool do que os homens. Segundo uma pesquisa publicada no Alcoholism: Clinical and Experimental Research, isso acontece porque o metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens.

As mulheres se embriagam com uma quantidade mais baixa de álcool do que os homens porque elas têm mais tecido gorduroso no corpo do que o sexo masculino. As variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo menstrual também são as responsáveis pela baixa tolerância da bebida nas mulheres.

Por causa dessa baixa tolerância à bebida, os cérebros das jovens se tornam mais vulneráveis aos danos causados pelo álcool.     
Aquelas que bebem demais em curto espaço de tempo podem ter problemas aodirigir e em praticar esportes com movimentos complexos.

O estudo concluiu que as adolescentes que bebiam muito tinham menos atividade no cérebro comparado com as que não bebiam. Essa diferença pode prejudicar também a concentração, principalmente na hora de fazer cálculos.

Fonte: UOL

Conheça seis drogas que prejudicam os dentes

Os vilões da saúde bucal estão por todo canto. Alguns já são velhos conhecidos, como o fumo e as drogas, outros, apesar de terem sua função para o organismo, podem prejudicar a boca – é o caso dos medicamentos. 

Para esclarecer os malefícios de cada uma dessas substâncias, o estomatologista Wagner Seroli, da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), explica as consequências do uso e como se prevenir.

Fumo

O cigarro provoca manchas nos dentes e na língua, reduz a sensibilidade do paladar, diminui a capacidade de recuperação após uma cirurgia ou procedimento odontológico e aumenta o risco de doenças da gengiva e de perder os dentes. 

Ao se tratar de câncer de boca, os riscos também são grandes. Associado ao álcool, a chance de desenvolver a doença é trinta vezes maior. “Apesar de todas as campanhas de combate ao fumo, no Brasil há cerca de 30 milhões de fumantes”, diz Seroli.

Medicamentos

Segundo a APCD, estimativas sugerem que 40% das pessoas ingerem ao menos um tipo de medicamento diariamente, que pode prejudicar os dentes. Na lista desses remédios estão os contraceptivos, medicamentos de câncer, anti-histamínicos (alergia), remédios para tratamento de asma e xaropes. “Alguns medicamentos para asma são altamente ácidos e podem afetar o esmalte dos dentes com seu uso prolongado, já os xaropes contêm muito açúcar nas formulações, o que aumenta o risco de cáries se o paciente não escovar os dentes logo após a ingestão”.

Seroli explica que algumas substâncias também costumam reduzir a produção de saliva, o que causa xerostomia, mais conhecida como ´boca seca`. “Como uma das funções da saliva é controlar a população de bactérias na boca, sem essa proteção, aumentam as chances de a pessoa desenvolver mais cáries, inflamações e infecções na gengiva, sem mencionar o impacto negativo no estado geral de saúde do paciente”, afirma o especialista.

Cocaína 

Quando os usuários esfregam cocaína nos dentes e na gengiva, ela resulta numa solução ácida, e provoca erosão do esmalte dental, ou seja, a perda de tecido duro da superfície dos dentes. “Essa perda é muito agressiva e pode desencadear dor, sensibilidade exagerada e comprometer a aparência do paciente”.

Crack

Fumado em ´cachimbo`, o crack é muito agressivo à saúde oral. Ao entrar em contato direto com a boca, a fumaça danifica o esmalte, a gengiva e os nervos.

Ecstasy 

“A droga do ´amor` deveria ser conhecida como a droga da ´dor`”, considera Seroli. Isso porque o ecstasy predispõe o usuário a sofrer de boca seca e bruxismo, que é o ranger involuntário dos dentes durante o sono. “Toda estrutura da arcada dental pode ser prejudicada se não tratada adequadamente”, alerta.

Metanfetamina 

Uma droga altamente ácida e uma das mais agressivas para os dentes, já que provoca cárie em um curto espaço de tempo. “Outros efeitos incluem boca seca, bruxismo e problemas mandibulares”. 

Alerta para o câncer

Pessoas com mais de 40 anos, que fumam, usam drogas ou bebem muito, precisam ficar atentos a:

- machucados constantes 

- histórico de câncer oral na família

- aparecimento de feridas que não cicatrizam dentro de uma semana

- manchas brancas, vermelhas ou pretas

- carnes crescidas, caroços e bolinhas escuras

“Enquanto algumas pessoas manifestam dificuldade para falar, mastigar e engolir, em estágios mais avançados da doença, no início, os sinais podem passar despercebidos, daí a importância de um autoexame regular e visita regular ao dentista”, recomenda Seroli.

Fonte:Terra

Consumo de álcool na infância e adolescência pode aumentar risco de dependência na vida adulta.

O consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes pode aumentar as chances de se desenvolver alcoolismo na fase adulta. 

De acordo com pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizada este ano com base em entrevistas com 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas de todo o País, um simples gole ou experimentação de bebidas antes dos 12 anos aumenta em 60% as chances de consumo abusivo de álcool na vida adulta. 

Segundo especialistas, além de prejudicar o desenvolvimento, a substância causa consequências comportamentais e alterações no
sistema imunológico.

A pesquisa também constatou que, dentre os estudantes que afirmaram ter consumido algum tipo de bebida alcoólica na vida (82% dos entrevistados), 11% experimentaram o álcool antes dos 12 anos de idade.

Para a professora do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Sorocaba, Rosana Maria Paiva dos Santos, a ingestão precoce de álcool pode contribuir para o desenvolvimento da dependência cada vez mais cedo. 

"O consumo começa em casa, muitas vezes por influência dos próprios pais, e assim o hábito torna-se dependência, podendo evoluir até para uso de outras drogas", diz. A atitude, que para ela representa a tentativa dos pais de controlarem a ingestão de bebidas, resulta em efeitos contrários.

"As crianças e adolescentes passam a associar a substância a momentos agradáveis e o uso torna-se generalizado", ressalta. A professora relata a importância da importância da prevenção nesses casos.


Fonte: Adaptado de Cruzeiro do Sul

Câncer x drogas: qual a relação?

Umas das doenças que mais mata no Brasil é o câncer. Caso você não saiba, o câncer é o nome dado a um conjunto com mais de 100 doenças onde o que elas têm em comum é o crescimento desordenado de células, afetando tecidos e órgãos. 

As causas podem ser variadas, podendo ser determinadas tanto por fatores hereditários quanto ambientais. Atualmente há uma grande preocupação com os riscos que uma pessoa se expõe ao usar drogas lícitas (álcool e tabaco) e ilícitas (maconha, crack, cocaína, entre outras) pois elas podem ter relação com o câncer.

Cada droga afeta de um jeito diferente o corpo humano. 

Segundo o psiquiatra Thiago Marques Fidalgo, do Núcleo de Psico-Oncologia do A.C. Camargo – centro de referência no combate ao câncer – explica que a relação dessas drogas com o câncer depende do tipo utilizado.

“O cigarro e o álcool são, sem sombra de dúvida, as drogas mais utilizadas em nossa sociedade. Dessa forma, são as com maior impacto sobre a saúde das pessoas e, por isso, as mais estudadas”, afirma.

O álcool geralmente está ligado aos tipos de câncer de boca e de esôfago. 

Já o tabaco está ligado a vários tipos de câncer, porém, o número mais expressivo é o câncer no pulmão onde, de acordo com o Inca, 90% dos casos da doença aparecem em fumantes ou ex-fumantes.

A cocaína inalada aumenta o risco dos tumores de cabeça e pescoço, com destaque para as lesões de nasofaringe. Além disso, afeta a traqueia e os pulmões, já que o pó e, principalmente, as impurezas que vêm com ele, se acumulam nos alvéolos e geram inflamação local.

O mesmo se observa com o crack, mas que, por ser fumado, costuma gerar mais lesões de orofaringe. A maconha tem influência no desenvolvimento de tumores das vias aéreas, muito semelhante ao cigarro.

Faltam estudos também para confirmar se ainda há riscos do surgimento de câncer para os ex-dependentes químicos. “Provavelmente o risco diminui após um longo período sem fazer uso da substância. No entanto, esse risco sempre vai ser maior do que o de uma pessoa que nunca usou drogas. O mesmo se observa com o cigarro e com o álcool. 

Depois de muitos anos de abstinência, o risco diminui muito, mas continua sempre um pouco maior que o da população em geral”, afirma o psiquiatra.

O tratamento do usuário de droga que desenvolve câncer deve ser global, ou seja, tratar paralelamente o câncer e a dependência, seja do álcool, tabaco ou drogas ilícitas.

Fonte: Inca

Aplicativo simula como o consumo de álcool enevelhece

O site inglês The Huffington Post testou o aplicativo chamado Drinking Mirror (espelho da bebida, em português), que mostra como o consumo de álcool pode acelerar o processo de envelhecimento. 

Desenvolvido no início do ano pelo governo escocês, ele faz parte do programa Drop a Glass Size e permite que os usuários façam o download ou tire fotos deles mesmos, depois informem seus hábitos de consumo de bebida alcoólica e, então, a foto simula como a pessoa estaria em dez anos.

Os resultados parecem assustadores mostrando o aumento de rugas da testa, olhos vermelhos e bochechas flácidas.

De acordo com o site, apesar de ter certo exagero nas imagens, o governo da Escócia merece reconhecimento pela iniciativa que tem como objetivo tentar diminuir o alto consumo de bebida entre as mulheres em um esforço para reduzir as doenças e mortes causadas por bebida.

Fonte: Terra

Cigarro eletrônico será a salvação dos fumantes?

A compra da Lorillard pela Reynolds, anunciada nesta semana, une duas das maiores fabricantes de cigarros dos Estados Unidos. A aquisição chamou atenção para o produto que alguns veem como a salvação da decadente indústria do fumo, o cigarro eletrônico.

Menos nocivo que o cigarro convencional, esse substituto tecnológico do cigarro vem se disseminando com rapidez nos Estados Unidos. Lojas especializadas já oferecem centenas de sabores diferentes.

Fabricantes como Lorillard e Reynolds, que vêm investindo massivamente nesse tipo de produto, lançam 250 novos sabores todos os meses, como aponta o New York Times. Há sabores como banana, chocolate, gengibre e até melancia. 

O cigarro eletrônico começou a ser produzido na China uma década atrás e apareceu no mercado americano e europeu em 2007. Desde então, a disseminação desses  vaporizadores pessoais (como também são chamados) foi rápida.

Só na Grã-Bretanha, o número de usuários triplicou nos últimos dois anos, de 700 mil para 2,1 milhões de pessoas, calcula a organização britânica Action on Smoking and Health. Uma estimativa divulgada pela CNBC indica que, nos Estados Unidos, esse mercado movimentou 1,7 bilhão de dólares em 2013. 

No Brasil, é proibido

No Brasil, a venda de cigarros eletrônicos foi proibida pela Anvisa em 2009. A agência alega que, além da nicotina, esses artefatos emitem substâncias que também poderiam ser nocivas à saúde (nitrosamina e dietilenoglicol). 

Mesmo assim, podem-se encontrar alguns modelos à venda em sites como o Mercado Livre e em algumas lojas online. Um kit com carregador, cigarro eletrônico e cartuchos de líquido vaporizável custa de 70 a 300 reais. 

Como funciona

A primeira geração de cigarros eletrônicos procurava imitar um cigarro convencional ou, em alguns raros casos, um cachimbo. Alguns ainda são assim e têm até um LED na ponta que simula a chama. Há também carregadores de bateria em forma de maço de cigarro.

Mas modelos mais recentes têm forma de tubo metálico, sem tanta semelhança visual com um cigarro. 

O componente central desse artefato é o vaporizador. Nele, há uma resistência elétrica alimentada a bateria. Ela se aquece e transforma em vapor um líquido armazenado num cartucho substituível. É esse vapor que é aspirado pelo fumante.

O líquido contém nicotina, aromatizantes e propilenoglicol, um composto orgânico que funciona como solvente. Mas não contém as milhares de substâncias tóxicas presentes na fumaça do tabaco.

Por isso, embora não haja estudos extensos sobre isso, os cigarros eletrônicos são considerados menos nocivos à saúde que os convencionais. 

Deixar de fumar

Como a nicotina presente no vapor satisfaz o desejo de fumar, esse artefato pode ser um caminho para quem quer abandonar o vício. Um estudo feito pela Universidade de Londres mostrou que ele é mais eficaz, para isso, do que os adesivos e chicletes de nicotina, como noticiou a BBC.

A pesquisa analisou dados de 6 mil fumantes no Reino Unido. Metade deles haviam experimentado o cigarro eletrônico, o que comprova a popularidade desse artefato. 

Entre os que experimentaram, um quinto conseguiu parar de fumar graças à engenhoca. O índice de sucesso é 60% maior que o de outros métodos para parar de fumar.

Riscos à saúde

A Food and Drug Administration (FDA), órgão americano equivalente à Anvisa, não proíbe e nem fiscaliza a venda de cigarros eletrônicos. Mas a agência observa que há problemas de qualidade nesses produtos que podem acarretar danos à saúde dos consumidores.

Num teste feito com uma amostra limitada de cigarros eletrônicos, a FDA encontrou cartuchos com nível de nicotina diferente do anunciado. Alguns, descritos como sem nicotina, na verdade continham essa substância.

Isso é preocupante porque uma dose muito elevada de nicotina pode ser mortal. Além disso, a FDA encontrou substâncias cancerígenas em amostras analisadas, ainda que em quantidade muito menor que a observada em cigarros convencionais.

Em abril, a FDA publicou uma proposta de nova regulamentação dos cigarros eletrônicos, com controle da qualidade pela agência.

Fonte:http://exame.abril.com.br/

Consumo de álcool eleva chances de câncer de mama

Pesquisa divulgada recentemente pela organização Mundial da Saúde (OMS) revela que mais de 3 milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012. Segundo estudo publicado pelo periódico Alcohol and Alcoholism, mulheres que fazem o consumo de uma dose de bebida alcoólica por dia aumentam o risco de câncer de mama em 5%. Já as que bebem três ou mais doses por dia, incrementam o risco de contraírem a doença em 50%. 

Para o mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais, Clécio Lucena, pesquisas já demonstraram que o álcool está associado aos cânceres considerados receptores positivos de estrogênio que necessitam do hormônio para crescer. O câncer de mama é um dos cânceres sensíveis a essas substâncias. Outro mecanismo é a genotoxicidade relacionada ao álcool, responsável por afetar a integridade normal do material genético das células mamárias. "A característica antioxidante, presentes no vinho, por exemplo, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Esse impacto positivo, especificamente para essa bebida, ocorre se forem consumidas doses leves a moderadas", pontua. 

O mastologista ressalta que o efeito do álcool na saúde pode ser ainda maior quando o consumo é realizado por pacientes que já passaram pelo tratamento de câncer de mama. "A mulher submetida ao tratamento que faz o consumo de álcool regularmente e, sobretudo, de maneira excessiva tem maior potencial para ter recorrência da doença tratada. Nesse caso, o câncer pode voltar ainda mais agressivo e levar ao óbito. Isso acontece porque conta do efeito hormonal associado à bebida alcoólica", explica Lucena. 

Além disso é importante ressaltar que o risco de câncer de mama associado ao álcool está diretamente relacionado à dose diária ingerida, bem como a duração do seu uso. "A ingesta de álcool deve ser sempre alertada. Desta forma, medidas de combate ao alcoolismo regular e intensivo podem contribuir de maneira efetiva para reduzir a incidência do câncer de mama", analisa o especialista.


Fonte:http://www.bonde.com.br/

Ações ligadas à maconha impressionam com disparadas e tombos

Órgão regulador do mercado dos Estados Unidos já emitiu um alerta sobre os riscos de investir no setor.

Nos últimos meses, o investimento no mercado da maconha começou a ganhar espaço nos Estados Unidos.

Desde o início do ano, quando houve a legalização do uso recreativo da planta em Washington e Colorado, além da permissão do uso medicinal em outros estados, algumas empresas passaram a semear seus investimentos neste setor, chamando a atenção de investidores com apetite por risco.

Muitas dessas companhias têm capital aberto e se mostram extremamente voláteis, sujeitas aos altos e baixos de um mercado ainda em crescimento. A maioria delas é negociada no mercado de balcão e ainda não têm seus resultados auditados.

Além disso, as ações operam na casa dos centavos. São as chamadas “penny stocks” – mais um ingrediente de volatilidade.

Em maio, o órgão regulador de mercados dos Estados Unidos (SEC) emitiu um alerta sobre os riscos de investir no setor. A SEC já chegou a suspender a negociação das ações de cinco companhias: FusionPharm, Canna, GrowLife, Cannabis Solutions e Petrotech.

As ações da FusionPharm servem de exemplo de como o segmento da maconha ainda é volátil. Entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, a empresa viu seus papéis passarem de 25 centavos de dólar para sete dólares, uma alta de 2.700%. Mais tarde veio a correção e os papéis retornaram aos 95 centavos de dólar.

Em apenas um ano, as ações da GrowLife avançaram 1.800%, zerando os ganhos recentemente.

Somente uma destas empresas tem seus papéis listados na Nasdaq. Trata-se da GW Pharmaceuticals, que produz medicamentos para o tratamento da esclerose múltipla a partir de cannabis.

Atualmente, o valor de mercado da GW é de 1,53 bilhão de dólares. Em apenas um ano, os papéis avançaram 800%, valendo atualmente 85 dólares. O desempenho é 151% superior ao do índice S&P 500.

E se depender do banco de investimento Piper Jaffray os papéis podem continuar a escalada. A instituição acaba de subir o preço-alvo, de 97 para 147 dólares, um potencial de valorização de 73%.


Fonte:Exame

Estudo divulgado nos EUA informa que um a cada dez adultos morre por abuso em excesso de álcool

De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Doenças, Controle e Prevenção realizado dos Estados Unidos, um dos maiores causadores de morte no mundo é o abuso excessivo de álcool. O estudo em tela indica: um em cada dez adultos morre por este consumo em excesso.

Para aqueles que bebem a cada happy hour ou em todas as festas que comparece, é melhor estar informado que 10% das mortes em adultos, dos 20 aos 64 anos, são provocadas pelo uso abusivo de álcool, segundo um relatório.Esse valor foi encontrado de acordo com uma investigação dos relatórios de 2006 a 2010, do "Alcohol-Related Disease Impact", que estimou quantos anos de vida nos são retirados quando ingerimos álcool.

No período dos quatro anos avaliados, foram registradas 88 mil mortes. Algumas foram provocadas pelo consumo excessivo de álcool. Outras ocorreram em decorrência de episódios de violência ou de acidentes, ocasionado pelo estado de embriaguez das vítimas. Esse dado torna-se ainda mais alarmante, quando se sabe que, a nível mundial, o álcool é responsável por 3,3 milhões de mortes.


Fonte: noticias ao minuto - alterado

Maconha pode aumentar risco de ansiedade e depressão

A lista de malefícios da maconha acaba de aumentar. De acordo com uma pesquisa do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, o uso da droga pode aumentar o risco de ansiedade e depressão. Os dados são do jornal Daily Mail.

Para chegar a esta conclusão, a psiquiatra Nora Volkow avaliou 48 voluntários com uso do estimulante ritalina, que aumenta os níveis de dopamina no cérebro, a substância química do bem-estar. Constatou-se que os cérebros de usuários de maconha foram menos capazes de reagir à substância, o que pode contribuir para o aumento do desejo pela droga e das emoções negativas, uma tendência para a depressão e a ansiedade.

Em 2013, um estudo do Imperial College de Londres, na Inglaterra, descobriu que, a longo prazo, a maconha pode destruir a dopamina. Os níveis no estriado, região do cérebro da recompensa e motivação, se mostraram mais baixos em usuários regulares de maconha. “A dopamina está envolvida em contar ao cérebro quando algo excitante está para acontecer, seja sexo, drogas ou rock 'n' roll. Nossos resultados explicam o motivo de a maconha ter a tendência de fazer as pessoas se sentarem sem fazer nada”, explicou o pesquisador Michael Bloomfield.


Fonte:http://www.tribunahoje.com/

SE CERVEJA TAMBÉM É ÁLCOOL, COMO TOLERAR SUA RELAÇÃO COM O ESPORTE?

Parece redundante falar o óbvio, ou seja, que cerveja também é álcool. Contudo, por mais contraditório que pareça, a Lei 9.294/96, que estabelece restrições à publicidade de tabaco e de bebidas alcoólicas, previu que, para os fins daquela lei, somente seriam consideradas bebidas alcoólicas aquelas com teor etílico superior a 13 graus Gay-Lussac. Portanto, para fins de publicidade, cerveja não é bebida alcoólica e, em decorrência, permitiu-se a publicidade de cervejas vinculada ao futebol. A lei resultou em significativa mudança na publicidade de cigarros, antes associados à aventura, esportes e sucesso, fixando na mente dos consumidores a mensagem subliminar que os incentivava ao hábito de fumar. A intensa publicidade da indústria cervejeira associada a artistas famosos e a desportistas tem o mesmo efeito subliminar, apesar de o consumo de bebidas alcoólicas ser incompatível com a prática de esportes.

Por outro lado, o Decreto 6.117/2007, que instituiu a Política Nacional sobre o Álcool e pretendia reduzir o uso indevido do álcool, definiu bebidas alcoólicas como aquelas com concentração igual ou superior a 0,5 grau Gay-Lussac, o que abarca a cerveja. Já a proibição da venda e do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios de futebol decorreu da constatação de que tal providência era determinante para a diminuição da violência nos estádios. Infelizmente, a Lei Geral da Copa previu a suspensão do dispositivo do Estatuto do Torcedor que fundamenta tal proibição, por imposição de um patrocinador oriundo da indústria cervejeira, e as bebidas alcoólicas foram liberadas por ocasião da Copa das Confederações e da 
Copa do Mundo.

Como consequência, surgiu uma grande pressão para a liberação da venda de bebidas alcoólicas também nos campeonatos nacionais após a Copa, o que representará um retrocesso decorrente da influência do poder econômico da indústria cervejeira.

Recentemente, a Fifa admitiu que poderia proibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios em partidas com alto risco de periculosidade. Portanto, não é desarrazoado o entendimento de que a violência, frequente nos campeonatos de futebol no Brasil em decorrência dos ânimos exaltados das torcidas organizadas, pode ser diminuída com a proibição da venda e do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios.

Dessa forma, não há dúvidas de que devemos fazer valer integralmente o Estatuto do Torcedor e os Termos de Ajustamento de Conduta celebrados pelo Ministério Público com a Confederação Brasileira de Futebol e federações estaduais, o que resultou na diminuição das estatísticas de violência nos estádios.

O direito à segurança nos locais da prática de eventos desportivos encontra-se assegurado no artigo 13 da Lei 10.671/03 (Estatuto do Torcedor) e é inegável que o consumo de bebidas alcoólicas favorece a prática de comportamentos inconvenientes que acabam configurando infrações penais. Assim, a sociedade brasileira deve mobilizar-se para a proibição da venda e do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios, bem como contra a publicidade de bebidas alcoólicas associadas a artistas famosos e desportistas, por consubstanciar-se em propaganda subliminar enganosa que incentiva o consumo indevido de bebidas alcoólicas.


Fonte:Gazeta do Povo

USO FREQUENTE DE MACONHA BLOQUEIA SENTIMENTOS PRAZEROSOS, DIZ PESQUISA

Fumar maconha várias vezes ao dia durante anos pode danificar a química do cérebro responsável pela sensação de prazer, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos com a Universidade Harvard.

A pesquisa foi divulgada recentemente na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Cientistas descobriram que o cérebro dos que abusam da maconha reage menos à dopamina, substância química liberada pelo cérebro, que causa a sensação de bem estar. A dopamina é ativada geralmente durante a alimentação, no sexo ou durante o uso de drogas.

A descoberta foi feita depois que a equipe de pesquisadores analisou a produção de dopamina no cérebro de 48 pessoas, 24 delas que haviam fumado pelo menos cinco cigarros de maconha por dia, cinco dias por semana, por 10 anos; e outras 24 sem esse histórico (grupo controle).

A cada um deles foi dado uma dose de metilfenidato, mais conhecido como Ritalina, remédio que aumenta a liberação de dopamina.
Imagens do cérebro das 48 pessoas revelaram que todas produziram mais dopamina após tomar a droga, como era esperado. Mas, enquanto os integrantes do grupo controle tiveram aumento da pressão e das batidas cardíacas e se sentiram mais eufóricos, os usuários frequentes de maconha não apresentaram essas alterações.

A falta de uma resposta física sugere que os usuários frequentes de maconha podem ter seu circuito de recompensa no cérebro danificado pelo uso da droga, segundo Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, e autora do estudo.

A pesquisa não indicou que os usuários frequentes de maconha produzem menos dopamina, mas passam a ter menos a sensação que ela induz, como se o uso da droga alterasse seu mecanismo. Os pesquisadores só não conseguiram descobrir porquê isso acontece.

"Não ser capaz de destrinchar causa e efeito é uma limitação em um estudo como este, diz Volkow.

Fonte:UOL

O PAPA FRANCISCO CRITICA A LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS

Chefe da Igreja Católica diz que medida não traz efeitos prometidos e que está preocupado com risco para jovens. O Papa Francisco se pronunciou com firmeza contra a legalização das drogas, inclusive as consideradas leves, um assunto em pauta em diversos países da América Latina e nos Estados Unidos.

Em comunicado aos participantes de uma Conferência Internacional em Roma, Francisco pediu que se rejeite “todo tipo de droga”.

“Quanto à isso, não podem existir exceções”, afirmou o pontífice, em uma reprimenda ao Uruguai, que recentemente regulamentou o primeiro mercado legal de maconha do mundo. “As legalizações das drogas leves não produzem os efeitos prefixados”, disse.

O Papa também criticou o uso de psicofármacos para tratar vícios. “As drogas substitutivas não são uma terapia suficiente e sim um modo velado de render-se ao fenômeno”, disse.

“A droga não é vencida com a droga”, concluiu. Em seu comunicado, o Papa pediu atenção ao combate ao narcotráfico ao afirmar que “o flagelo da droga continua avançando de maneira e dimensões impressionantes ao ser alimentado por um mercado infame, que vai além das fronteiras nacionais ou continentais”. Ele ainda afirmou sentir “dor e preocupação”, principalmente porque, acredita, “o risco aumenta para os jovens e para os adolescentes”.

De acordo com Francisco, quando se diz “”sim’ à vida, ‘sim’ ao amor, ‘sim’ aos outros, ‘sim’ à educação, ‘sim’ ao trabalho, não há lugar para a droga, abuso de álcool outras dependências”.

O Papa citou como exemplos a serem seguido aqueles “jovens que querem se livrar de dependência da droga e que se empenham para reconstruir a vida”, dizendo que eles devem ter um “estímulo e olhar para frente com confiança”. Precisávamos competir com todos, às vezes sutilmente, às vezes nem tanto. 

Tínhamos de sempre estar certos, pois estar errado era insuportável. Parece que nunca conseguímos dizer apenas:
“Eu estava errado”. Tínhamos medo do que nos aconteceria se o disséssemos. Nossos egos eram frágeis; nunca fomos tão fortes quanto nos induzimos a crer. Viemos a descobrir que a força real vem da capacidade de estar errado e da disposição de mudar nossos modos de pensar e viver.

Consigo encarar o fato de estar errado e aprender com isso? “Senhor, ajudar-me a perceber todos os dias que não há nada de mais em estar errado; que a verdadeira comunicação com os outros depende de minha disposição para entender outros pontos de vista; e que ser educável é qualidade divina. Senhor, permita que eu aprenda a amar a mim mesmo para que possa amar-te e aos outros.”

Fonte:Uniad

Pesquisadores criam teste simples para diagnosticar alcoolismo

Pesquisadores da Universidade de Leicester, na Inglaterra, criaram um teste simples para ajudar médicos a diagnosticar o alcoolismo. O miniquestionário é composto por apenas duas perguntas:

1) Com que frequência você costuma beber seis ou mais copos, taças ou doses de bebida alcoólica numa mesma ocasião?

2) Ao longo do último ano, você se arrependeu de ter feito alguma coisa depois de beber?

Dados de mais de 5,5 mil pacientes foram analisados. Com base nos resultados das perguntas e da comprovação médica de que as pessoas eram alcoólicas, os pesquisadores concluíram que era possível, em 87% dos casos, diagnosticar corretamente a doença.

“Isso é um avanço muito importante, quando a gente sabe que o álcool mata a cada ano 3,3 milhões de pessoas ao redor do mundo. 

É a principal causa de morte, mais do que Aids, tuberculose e violência juntos”, destaca a comentarista de atualidades Joana Calmon.

Fonte:http://g1.globo.com/

Cidade proíbe consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos

Foi promulgada na tarde desta segunda-feira a Lei 6.377/2014, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos de Cascavel. Obedecendo a exigência legal de fazer a promulgação, o presidente da Câmara Municipal, Marcio Pacheco (PPL), assinou a lei na presença dos vereadores proponentes, Claudio Gaiteiro (PSL), Fernando Winter (PTN), Luiz Frare (PDT) e Nei Haveroth (PSL) e também do primeiro-secretário da Mesa Diretora, Gugu Bueno (PR). A lei entrará em vigor em setembro, 60 dias após a publicação em "Diário Oficial", o que está previsto à próxima quarta-feira (16). 

Em nome dos demais autores da proposta, Haveroth defendeu a legitimidade da proibição, apesar da clara contrariedade do Poder Executivo em implementá-la diante do veto também da recusa em sancioná-la do prefeito, Edgar Bueno (PDT), quando o veto foi derrubado na Casa. "Essa lei vem em benefício da coletividade", afirma Haveroth. 

Entre os argumentos do Executivo para vetar a proibição estão a dificuldade na fiscalização e a inconstitucionalidade pois o Município não pode atribuir responsabilidades à PM (Polícia Militar), o que configuraria invasão de competência, conforme posicionamento do departamento jurídico da prefeitura. Entendimento que também foi rebatido por Haveroth. "A fiscalização continuará sendo de responsabilidade do Município em parceria com a Polícia Militar. Não há complicações nesse sentido e entendemos que o Município tem o dever e autoridade para isso", disse Haveroth. 

O presidente da Câmara, Marcio Pacheco (PPL), embora não tendo assinado a lei, disse concordar com a proposição dos colegas e acreditar que será uma lei benéfica à população cascavelense. "Ela trará benefícios à população embora uma parcela acredite que ela trará o cerceamento da liberdade. Quando há uma reunião de várias pessoas pode há haver excessos e todo excesso é prejudicial. Os eventuais prejuízos individuais são menor prejudiciais que os benefícios coletivos", avalia Marcio Pacheco. 

Detalhes da lei 

A lei 6.377/2014 define como locais públicos, onde será proibido beber: praças públicas; parques públicos; ruas e avenidas; passeio público; ciclovias; no entorno dos espaços esportivos públicos, como campos de futebol; ginásios de esportes; canteiros centrais das Avenidas Brasil, Tancredo Neves, Assunção, Barão do Rio Branco, e outros em avenidas no Município; pontes e viadutos e demais espaços públicos a ser definido em regulamento próprio baixado pelo Poder Executivo Municipal. 

A proibição não inclui os eventos realizados em locais públicos desde que haja autorização para consumo de bebidas alcoólicas expedidas pela prefeitura. A regra também poupa entorno dos bares, quiosques, lanchonetes, restaurantes e casas de eventos, compreendendo as áreas de atendimento nos limites determinados pelo Poder Público e desde que a bebida seja comprada no estabelecimento. Caberá ao Executivo estabelecer as sanções administrativas e os valores das multas a serem aplicadas ao cidadão que for flagrado infringindo a lei. 


Fonte:http://www.bonde.com.br/

Projeto aumenta punição para tráfico de crack

Tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) proposta do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que agrava as penas relacionadas ao tráfico de crack. O PLS 137/2014 altera a Lei Antidrogas (Lei 11.343/2006) aumentando em um terço a pena para o tráfico se a droga em questão for o crack. 

Atualmente, a lei prevê reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1500 dias-multa para quem fabricar, adquirir, vender, transportar, guardar ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal. Com a mudança proposta pelo senador, a pena aumenta em um terço.
Ciro Nogueira argumenta que o aumento do consumo e os efeitos devastadores da droga são os principais motivos que o levaram a apresentar o projeto.

"Ele [o crack] causa dependência já no primeiro uso e acarreta estragos físicos e mentais iguais ou piores do que os produzidos pela cocaína. Estima-se que, em todo o país, o número de viciados chegue a mais de um milhão", ressalta.

Ciro Nogueira acrescenta que o uso do crack também leva ao aumento de homicídios, roubos e sequestros nas grandes cidades, “sendo necessário tratar com mais rigor os traficantes dessa substância tão maléfica”.

"Acreditamos que somente com uma reprimenda mais rigorosa é que a lei poderá efetivamente exercer a prevenção geral do delito, o que certamente terá como reflexo a diminuição dos crimes patrimoniais e contra as pessoas praticados pelos dependentes dessa droga", afirma o senador.

Fonte:Agência Senado

Agência Europeia de Medicamentos recomenda suspensão da comercialização de metodona, utilizado para reduzir os efeitos da abstinência de opióides

Agência Europeia de Medicamentos recomenda suspensão da comercialização de metodona, utilizado para reduzir os efeitos da abstinência de opióides.O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamentos (EMA) concluiu a revisão da segurança dos medicamentos, para administração oral, contendo metadona e povidona como excipiente. 

Decorrente desta avaliação, o PRAC recomendou a suspensão da comercialização das soluções orais de metadona que contêm povidona de elevado peso molecular.Conforme referido na Circular Informativa N.º 096/CD/8.1.7.de 11/04/2014, os medicamentos contendo metadona são utilizados para prevenir ou reduzir os sintomas de abstinência em doentes dependentes de opióides, tais como a heroína, para prevenir a ocorrência de recaídas.Em Portugal, a utilização dos medicamentos contendo metadona é feita através de uma autorização de utilização excepcional (AUE).Algumas formulações orais de metadona contêm como excipiente a povidona de elevado peso molecular. 

Apesar de esta substância não ter riscos quando utilizada por via oral, quando é injetada, não é facilmente eliminada pelo organismo, acumulando-se em órgãos vitais, como o rim, o que pode causar danos graves.O PRAC verificou a existência de risco associado à má utilização destes medicamentos por parte da população alvo e os danos potenciais decorrentes da injeção destas soluções orais.O PRAC concluiu que a má utilização por injeção de tais soluções não poderia ser adequadamente evitada com medidas de minimização do risco, pelo que recomendou que a comercialização destes medicamentos seja suspensa até à reformulação da sua composição.

Adicionalmente, o PRAC recomendou algumas medidas para reduzir o risco de má utilização dos comprimidos de metadona contendo povidona de baixo peso molecular. A povidona de baixo peso molecular não se acumula no interior das células da mesma maneira que a povidona de elevado peso molecular, por esta razão, para estes medicamentos, o PRAC recomendou alterações ao resumo das características do medicamento (RCM) e folheto informativo (FI) para harmonizar e reforçar a mensagem de que os comprimidos são apenas para administração oral e não devem ser administrados de nenhuma outra forma.Estas recomendações resultaram da revisão que o PRAC fez de todos os casos de reações adversas graves disponíveis e dados da literatura. 

O PRAC consultou também um grupo de especialistas sobre a forma como os medicamentos contendo metadona são utilizados e sobre a sua efetividade e segurança na prática clínica. Os especialistas consideraram que a disponibilização de informações sobre os riscos associados à má utilização de medicamentos orais de metadona seria importante, mas não suficiente para gerir o risco nesta população, e que a povidona de elevado peso molecular deveria ser retirada dos medicamentos que contêm metadona.A recomendação do PRAC será tida em conta pelo Grupo de Coordenação (CMDh), que emitirá uma posição.


Fonte: Infarmed

LEI ANTIFUMO PROÍBE FUMÓDROMOS A PARTIR DE DEZEMBRO EM TODO O PAÍS

Com as novas regras, sancionadas pela Presidente, o Ministério da Saúde espera reduzir para 10% os números de fumantes adultos no Brasil

A presidente Dilma Rousseff assinou, no final do mês de maio, no Dia Mundial sem Tabaco, o decreto que regulamenta as normas da Lei Antifumo. Com a regulamentação, fica proibido o uso do cigarro e seus derivados em locais fechados e de uso coletivo. Com as novas regras, estão extintos os chamados fumódromos e as propagandas de cigarro devem conter, nos rótulos, os alertas aos riscos à saúde em tamanho ampliado. A regulamentação também estabelece que os produtos só poderão ficar expostos no interior dos estabelecimentos de venda e que, esses espaços, devem afixar mensagens de advertência sobre os malefícios do cigarro.

As regras passam a valer em dezembro deste ano e, para o Ministério da Saúde, a regulamentação vai desestimular ainda mais o tabagismo e proteger as pessoas que não fazem uso do cigarro. De acordo com dados do órgão federal, o Brasil tem conseguido reduzir os números de fumantes e colhe resultados positivos em relação a países como Argentina e Chile. No ano passado, o tratamento das doenças relacionadas ao cigarro  custou R$ 1,4 bilhão ao Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, foram R$ 1,4 milhão em diárias de internação hospitalar, associadas às doenças como acidente vascular cerebral, infarto, neoplasias de pulmão, boca e laringe, além de doenças respiratórias e degeneração dos tecidos do pulmão.

A política brasileira antifumo foi iniciada em 1988, com as advertências sobre os males ocasionados pelo cigarro. Em seguida, intensificada com a Lei Antifumo, publicada em 2011. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 11,3% dos adultos brasileiros, que vivem nas capitais, fumam. Em 2006, o índice era 15,7%. A proporção de adultos que fumam 20 cigarros ou mais em um dia também diminuiu, passando de 4,6% para 3,4% nos últimos oito anos. Com a regulamentação, o governo pretende reduzir, até 2021, a menos de 10% o percentual da população de adultos fumantes.

Em Teresina, a Lei Nº 4.034 de 2010, de autoria da vereadora Rosário Bezerra, proíbe o hábito de fumar em espaços fechados, semiabertos e abertos, onde haja circulação de pessoas. Quando regulamentada, a lei provocou ampla discussão; contudo, quatro anos depois, os resultados foram positivos. Para a vereadora Rosário Bezerra, a pesquisa recentemente divulgada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vitigel) comprovou a eficiência da lei e apontou Teresina como a sexta capital do país com o menor número de fumantes. Pelos dados, 7,6% da população teresinense ainda mantém o vício. Com base nos números de habitantes do Censo de 2010, são 61.881 teresinenses fumantes.

“As leis antifumo são instrumentos fundamentais para combater o tabagismo e contribuem, sobremaneira, para a saúde dos não fumantes também expostos aos riscos que o cigarro provoca ao organismo. Pela pesquisa da Vigitel, 89% das pessoas que fumam disseram que se arrependem de ter iniciado a fumar e, desse universo, mais de 10% desejam parar de fumar”, considera a vereadora Rosário Bezerra.

Para a parlamentar, a Lei Antifumo municipal e a regulamentação em nível federal não invade o direito individual, mas tem o objetivo de garantir o direito coletivo. “Algumas pessoas questionam que essa lei tem um caráter de tolher o cidadão que deseja continuar fumando. Mas, na constituição federal, o direito à saúde é universal e está em primeiro lugar. Portanto, não é possível submeter um direito universal aos direitos individuais. Acredito que os fumantes vão compreender e procurar locais mais afastados para consumir os cigarros para não prejudicar os demais. São dois direitos que devem ser equacionados, fumantes e não fumantes, e colocados para a sociedade, priorizando o direito a saúde”, avalia Rosário Bezerra.

Fonte: Portal O Dia

Estudo americano com usuários de drogas indica que quase todos usuários de drogas, exceto da maconha, são usuários de drogas problemáticos

Quase todos os usuários de drogas ,exceto da maconha, na salas de emergências, são usuários de drogas problemáticos. Dos pacientes de emergência que relataram qualquer droga que não a maconha como droga principal de uso, 90,7 % preencheram os critérios para o uso de drogas problemático. Entre os pacientes que relataram cannabis (maconha) como droga principal, quase metade (46,6 por cento) preencheram os critérios para ter um problema com drogas, de acordo com um estudo publicado na revista on line de  Anais de Emergência médica ("Identificação de Pacientes com Uso Problemático de Drogas no Departamento de Emergência: resultados de um Estudo multicêntrico ")."

Dos pacientes que relataram qualquer uso de drogas nos últimos 30 dias, cerca de dois terços foram identificados como problemáticos de droga", disse o principal autor do estudo, Wendy Macias-Konstantopoulos, Médico, mestre em saúde pública pelo Departamento de Emergência Médica, em hospital público, em Boston, Massachusetts "Esses pacientes também tendem a exigir muito mais recursos médicos no serviço de urgência. Identificar quais os pacientes têm o uso problemático de drogas é o primeiro passo importante para provedores de emergência que estão em uma posição única para intervir e mitigar os efeitos do abuso de drogas ."Os pesquisadores selecionaram  pacientes usando questionários para tabaco, álcool e drogas .

Dos 3.240 pacientes que relataram uso de drogas no mês anterior, 64,3%  preencheram os critérios para o uso problemático de drogas. Usuários de drogas que não a maconha, identificados como problemáticos com drogas, reveleram ter uma tendência de 30 anos ou mais e ter um nível intenso de recursos em salas de emergência. Os consumidores de cannabis identificados como problemáticos de droga eram mais propensos a ter menos de 30. Ambos, usuários de cannabis ou não, identificados como problemáticos com drogas, eram mais propensos a fumar, beber diariamente ou em binge (uso episódio de 5 ou mais doses) e usar drogas diariamente.

Quase todos os pacientes (91%) que acreditavam que a sua visita ao departamento de emergência estava relacionada ao uso de drogas preenchiam os critérios para o uso problemático de drogas."Os pacientes da emergência com necessidades de tratamento não satisfeitas de substâncias de abuso incorrem em maiores custos de cuidados da saúde do que seus colegas", disse o Dr. Macias-Konstantopoulos. "Os pacientes com problemas de drogas que visitam a sala de emergência pode apresentar " momentos de aprendizado ". Um esforço baseado em serviço de urgência, para conectar usuários problemáticos de drogas com o tratamento, poderia finalmente diminuir os custos totais dos cuidados de saúde."


Fonte: The medical news today

Vareniclina combinada com adesivos de nicotina melhoram as taxas de cessação do tabagismo, diz estudo realizado na África do Sul

Vareniclina combinada com adesivos de nicotina melhoram as taxas de cessação do tabagismo.Combinando a medicação para cessar o tabagismo – Vareniclina com a terapia de reposição de nicotina, foi mais eficaz que a vareniclina sozinha para alcançar a abstinência do tabaco em 6 meses, de acordo com um estudo no JAMA.

A combinação da farmacoterapia e abordagens comportamentais são de benefício comprovado para ajudar os fumantes a parar. A combinação da terapia de reposição de nicotina (TRN) com vareniclina foi para melhorar o tratamento sugerido para a abstinência tabágica, mas a sua eficácia é incerta, de acordo com a informação em segundo plano no artigo.Coenraad FN Koegelenberg, Médio e Ph.D., da Universidade de Stellenbosch, Cidade do Cabo, África do Sul, e colaboradores , distriburam  aleatoriamente 446 fumantes geralmente saudáveis à nicotina ou a um ciclo de tratamento placebo de 2 semanas, realizado antes da data de parar do observado e continuou por mais 12 semanas. A vareniclina foi iniciada uma semana antes de TQD, continuou por mais 12 semanas, e diminuida gradativamente na semana 13. 

O estudo foi realizado em sete centros na África do Sul a partir de abril de 2011 a outubro de 2012.; 435 participantes foram incluídos nas análises de eficácia e segurança.Os pesquisadores descobriram que os participantes que receberam o TRN e vareniclina foram mais propensos a alcançar abstinência contínua do fumo (confirmado por medições de monóxido de carbono expirado) em 12 semanas (55,4% contra  40,9 %) e 24 semanas (49,0% contra 32,6%) e prevalência do ponto de abstinência (uma medida de abstinência com base no comportamento em um ponto especial no tempo) em seis meses (65,1% contra 46,7%) do que aqueles que receberam o placebo do TRN e vareniclina.

No grupo de tratamento combinado, havia mais náuseas, distúrbios do sono, reações de pele, prisão de ventre, depressão, com apenas as reações cultâneas atingindo significância estatística (14,4% 7,8% ); o grupo de vareniclina sozinha fora experimentado mais dores de cabeça e sonhos anormais."Neste estudo, de nosso conhecimento, o maior estudo para examinar a eficácia e a segurança do tratamento de vareniclina completando com TRN, encontramos informações que o tratamento de combinação para ser associado com uma taxa estatisticamente significativa e clinicamente importante, com abstinência contínua superior  em 12 e 24 semanas , bem como uma prevalência maior da taxa de abstinência no ponto seis meses ", escrevem os autores.Eles acrescentam que mais estudos são necessários para avaliar a eficácia e segurança a longo prazo.


Fonte: Medical news Today

QUASE 25% DOS PILOTOS DA AVIAÇÃO CIVIL TÊM HÁBITOS DE RISCO NO CONSUMO DE ÁLCOOL

Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac) constatou que quase 25% dos pilotos da aviação regular brasileira apresentam hábitos de risco no consumo de bebidas alcoólicas, ou seja, com grandes chances de desenvolver dependência etílica. Obtido em detalhes com exclusividade pelo iG, o estudo será apresentado em sua totalidade pela primeira vez na IV Jornada Latino-Americana de Fatores Humanos e Segurança Operacional, a ser realizada em abril de 2015, em Brasília.

Elaborado com metodologia científica, com a participação direta de 1.235 pilotos, o estudo teve como base o uso do AUDIT (The Alcohol Use Disorders Identification Test - teste de identificação de desordem no uso de álcool), método criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) composto por um questionário simples que visa a identificar os graus de uso de bebidas alcoólicas entre as pessoas. Para isso, ele traz dez perguntas de múltipla escolha com respostas de diferentes pesos, cuja somatória demonstra os hábitos em relação à bebida.

"O resultado não me surpreendeu, pois vemos esse tipo de característica se tornando cada vez mais comum em ambientes de trabalho estressantes, com pessoas utilizando o álcool como válvula de escape para os problemas do dia a dia", afirma a Dra. Elaine Cristina Marqueze, especialista em saúde ocupacional responsável pela pesquisa. "E o que mais há no cotidiano dos pilotos é esse estresse, pois eles sofrem com muita pressão, vida social quase inexistente, falta de tempo, grande demanda de trabalho. O álcool acaba sendo uma forma de se tentar 'combater' esses problemas."

Parte de um estudo mais amplo batizado de "Fadiga Crônica, Condições de Trabalho e Saúde em Pilotos Brasileiros", a pesquisa mostra que 75% dos profissionais da área consomem bebidas alcoólicas, sendo 23,5% taxados na categoria "uso de risco" e 1% enquadrados na de "uso nocivo". Segundo o levantamento, 56% dos pilotos consomem álcool de duas a quatro vezes por mês, taxa considerada de baixo risco; enquanto 18,8%, entre duas e três vezes por semana, acima da ideal. Entre os questionados, 1,84% relataram a ingestão de bebidas em mais de quatro dias semanais.

O questionário produz o chamado escore (pontuação), de 0 a 40 pontos, dividido em quatro zonas. A primeira, de baixo risco, vai de 0 a 7 pontos; a segunda (uso de risco), de 8 a 15; a terceira (uso nocivo), de 16 a 19; e a quarta, a mais grave (possível dependência), de 20 a 40. Além da frequência, são também considerados pontos como número de doses ingeridas em cada ocasião e possíveis problemas ocasionados pelo consumo de álcool, como remorso, brigas, crises no relacionamento com a família e interferência na qualidade de trabalho.

O estudo concluiu que são quatro os principais fatores que levam pilotos a abusarem do álcool: idade - jovens com até 38 anos têm risco 71% maior ao de profissionais de outras faixas etárias a se excederem no consumo; cansaço - pilotos com percepção de trabalho como muito exaustivo e com maior necessidade de recuperação tendem a ser 81% mais propícios a exageros; demanda - grande exigência de trabalho aumenta em mais de duas vezes o uso nocivo da bebida; e horário - pilotos com trabalho noturno inflam em quase três vezes as chances do uso etílico.

"Fica bem claro que é o trabalho e seus contratempos que levam ao abuso do álcool. Quando está tudo bem, a pessoa normalmente não exagera, não consome", avalia Marqueze. "Existe claramente um ambiente que propicia esse hábito, um local inadequado de trabalho que estimula encontros para beber. O piloto, como qualquer trabalhador em situação semelhante, acaba sendo uma vítima disso tudo, afinal ninguém quer se prejudicar de livre e espontânea vontade. Existem situações que favorecem e levam a isso."

Perigo no ar
Piloto há seis anos, Flávio (nome fictício) é bem ciente dessa realidade. Apesar de desconhecer casos de colegas com alto grau de dependência alcoólica, ele diz serem comuns os abusos entre profissionais da área, especialmente nas poucas horas disponíveis entre um traslado e outro. "É muito comum o voo aterrissar umas 23h, você embalar de beber até as 5h da manhã, dormir um pouco e depois ir pilotar outra aeronave às 11h", conta ele. "Eu mesmo já saí chegando de pernoite, bebi cerveja até altas horas da madrugada e fui voar no dia seguinte."

Mesmo sem a embriaguez escancarada, o hábito pode trazer problemas ao profissional no ato de seu ofício. Eliminar completamente o álcool ingerido do corpo pode levar muitas horas, principalmente quando consumido em doses muito altas. Além de efeitos como náuseas e sonolência, a ressaca ainda reduz a capacidade cognitiva e o nível de alerta do usuário.

"Você se sente mal, cansado, com a certeza de que não deveria ter saído na noite anterior. Bate até aquele arrependimento. Mas, na hora, já foi. É o seu trabalho, que tem de ser feito", afirma Flávio. "É algo tão perigoso quanto dirigir um carro, mas transportando 200 pessoas lá atrás, o que eleva toda a tensão. Isso pode te levar a conclusões erradas, a reações demoradas, o que é absolutamente crítico em situações de emergência. Elas são raras, mas, quando ocorrem, representam o momento em que realmente precisam de nós totalmente alertas."

Solteiro e sem filhos, Flávio corrobora com a pesquisa ao justificar o hábito, comum entre colegas, como consequência da própria carga de trabalho da categoria, acostumada a ganhar folgas apenas uma vez por semana, a receber escalas de trabalho sempre no início de cada mês - impedindo programações de médio ou longo prazo - e a voar a cada dia em horários diferentes. Uma total ausência de rotina, que afeta tanto físico quanto psicologicamente.

"As folgas costumam ser de acordo com o que as empresas definem e somente uma vez por mês se ganha a chamada 'folga social', que institui duas folgas seguidas, entre sexta-feira e segunda. No resto do mês, é tudo imposto. Assim, encontrar amigos e familiares, que trabalham em horários e dias normais, se torna impossível."

Por tudo isso, a pesquisa tem como objetivo não só apresentar dados concretos às companhias aéreas para melhorar a qualidade de vida dos pilotos como mostrar a necessidade de reforçar a segurança tanto da categoria quanto de passageiros e tripulantes. "Precisamos mesmo é de ações públicas para obrigar as empresas a mudarem as condições de trabalho, aumentando o descanso entre as jornadas, mudando a periodicidade dos voos, diminuindo o tempo de traslados. Todos esses fatores estão diretamente ligados ao abuso de álcool e, consequentemente, a uma maior segurança nas aeronaves", conclui Marqueze.


Fonte: iG São Paulo

PESQUISA DA UNESP APONTA RISCO DE MILHARES DE MORTES DEVIDO AO TABACO

Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho” (Unesp), de Presidente Prudente, apontou que o cigarro pode reduzir a duração da vida a ponto de que nenhuma medida isolada de saúde pública tem tanto impacto para reverter essa situação do que o próprio ato de parar de fumar. Além disso, o estudo ressalta que mesmo com as campanhas contra o fumo, a projeção é de que ocorram milhares de mortes relacionadas ao tabaco caso os fumantes não se conscientizem.

Os efeitos do cigarro podem ir além da concepção humana, ainda segundo a pesquisa. A fumaça passa pela traqueia e paralisa temporariamente os cílios que limpam o muco e outras partículas invasoras do sistema respiratório. Ao mesmo tempo, a nicotina passa para a corrente sanguínea e pelos milhares de capilares dos pulmões. A substância provoca no corpo uma descarga de energia, liberando a adrenalina, aumentando a pressão do sangue e os batimentos cardíacos.

Dessa forma, o risco de um derrame aumenta, ainda mais para quem tem predisposição genética.
O frentista, Alex Nicoluci Cardoso, fumante há cerca de 12 anos, se definiu como um jovem saudável mesmo sentindo os malefícios que o vício pode causar. “Eu vejo que quando vou fazer uma atividade física, dependendo de qual for, sinto falta de ar devido ao cigarro e isso me prejudica”, relatou.
Ele ainda disse que já tentou parar de fumar, mas devido a dependência, acabou retornando para o cigarro. 

De acordo com a orientadora da pesquisa realizada, Ercy Mara Cipulo Ramos, um erro dos fumantes é acreditar que a saúde está “em dia”. “Mesmo que o indivíduo vá ao médico e tenha como normal a frequência cardíaca, a pressão arterial, a radiografia do tórax ou um exame de sopro, ainda assim, esse sistema pode estar alterado”, explicou.

As pessoas que procuram por tratamento, normalmente é porque sentiram alguma alteração na saúde. O sistema respiratório é o primeiro a emitir os sinais de que a dependência química está afetando. Em outros casos, os tabagistas nem percebem os problemas provocados pelo cigarro.

“A pessoa começa a fumar com 14 anos e não tem a noção de como é a vida sem o vício. Então, a gente tenta alertar da seguinte maneira: se você der a chance de tentar parar de fumar e permanecer por algum tempo em abstinência, com apoio, é possível ter a sensação de como é bom parar”, ressaltou.

As consequências do fumo podem vir a longo prazo ou surpreender quando menos se espera, como foi o caso do estudante, Lucas França Bressanin, que aos 23 anos teve um início de infarto.

“A gente quando é criança que se fazer de adulto. Muitas pessoas avisam e falam para não fumar, mas a gente não liga. Em decorrência disso e com o passar do tempo, eu me tornei viciado. Diante do susto e depois da recomendação do cardiologista eu optei por parar e ter mais saúde”, refletiu.


Fonte:Uniad

Mulheres, jovens e idosos são mais suscetíveis aos efeitos do álcool

O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes no país sobre o tema, reúne uma série de informações que podem contribuir para a prevenção do consumo de álcool entre os grupos mais suscetíveis aos seus efeitos, como é o caso das mulheres, jovens e idosos.

O álcool e seus metabólitos atuam diretamente em diversos órgãos e sistemas, como fígado, coração, vasos sanguíneos e estômago. Seus efeitos para a saúde são complexos e influenciados por diversos fatores e aspectos do beber, sendo que alguns indivíduos são mais vulneráveis aos efeitos e ao potencial desenvolvimento de problemas relacionados.

Mulheres

A concentração de álcool no sangue nas mulheres atinge níveis maiores que nos homens após consumirem a mesma quantidade de bebidas alcoólicas, mesmo quando consideradas diferenças no peso corpóreo. Isso ocorre porque o álcool se mistura facilmente com a água do corpo e, como as mulheres possuem proporcionalmente menos água no organismo, o álcool atinge maiores concentrações, tornando o efeito mais intenso. Além disso, apresentam menores níveis das enzimas que metabolizam o álcool, fazendo com que a substância permaneça no corpo por mais tempo.

Também é muito importante evitar qualquer consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação, pois o álcool atravessa a placenta e atinge o feto, que ainda não desenvolveu um sistema eficaz para metabolizá-lo, acarretando em diversos problemas, como aborto, parto prematuro, e anomalias no desenvolvimento do feto. Os danos tendem a ser proporcionais à quantidade, frequência e padrão do consumo do álcool e ao estágio gestacional. Portanto, não existe um limite considerado seguro, e os prejuízos podem decorrer de qualquer quantidade.

De acordo com dados nacionais, entre 2006 e 2012, as mulheres apresentaram um aumento no consumo frequente de bebidas alcoólicas (1 vez por semana), passando de 29% para 39%. Também em relação ao beber pesado episódico (consumo de 4 ou mais doses de álcool em 2 horas), elas apresentaram aumento, passando de 36% para 49%.

Jovens

Além das mulheres, crianças e adolescentes também são mais vulneráveis aos efeitos do consumo de bebidas alcoólicas, principalmente porque o Sistema Nervoso Central (SNC) dos jovens ainda está em desenvolvimento. Desta forma, vias neuronais podem ser afetadas, levando ao comprometimento de variadas funções cerebrais.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PenSE) divulgada em 2013, mostrou que mais da metade (67%) dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental relatam já terem experimentado álcool alguma vez na vida. Chama a atenção que 1 em cada 4 jovens (26%) relataram ter bebido nos 30 dias que antecederam a entrevista e quando perguntados sobre o local de obtenção, referem ter tido acesso em festas (40%), com amigos (22%), no supermercado ou em bares (16%) e na própria casa (10%).

Informações como estas são preocupantes, principalmente porque, antes dos 15 anos de idade, há maior risco para o desenvolvimento de transtorno relacionado ao uso de álcool, como abuso ou dependência. Além disso, trata-se de um período que por si só já apresenta maior propensão para o envolvimento em comportamentos de risco (brigas, sexo desprotegido, acidentes automobilísticos) e tal tendência pode ser agravada pelo consumo de bebidas alcoólicas. Outras consequências negativas, como não conseguir cumprir obrigações importantes e passar por problemas legais, sociais ou interpessoais também podem ocorrer.

Idosos

Nos idosos os efeitos do álcool são mais rápidos e acentuados. Entre eles há maior risco de quedas, lesões e agravamento de doenças crônicas. Ademais, ficam mais expostos aos efeitos negativos decorrentes da interação com medicamentos, utilizados com mais frequência por essa população.

Atualmente, pouco se sabe a respeito do comportamento de beber dos idosos brasileiros. Sendo assim, um estudo, cujo resumo está disponível no site do CISA, analisou os dados do Projeto SABE* referentes à cidade de São Paulo, com o objetivo de caracterizar o consumo de álcool em idosos. Foram avaliados a frequência de uso nos últimos três meses, fatores sociodemográficos e de saúde associados, e possíveis mudanças no comportamento de beber após um período de seis anos.

Em 2000, foram entrevistados 2.143 indivíduos com 60 anos ou mais, dos quais 1.115 responderam à pesquisa novamente em 2006. Em 2000, quase 80% dos idosos relatavam baixo consumo de álcool, 13% eram bebedores moderados e 7% apresentavam alto consumo. Homens bebiam proporcionalmente mais que mulheres, e dentre os que tinham alto consumo, predominavam indivíduos com maior escolaridade, renda e autopercepção de saúde. Ao longo dos 6 anos, apesar da maioria dos idosos relatar uma baixa frequência de ingestão de álcool, 25% dos homens e 15% das mulheres se comportaram como bebedores estáveis ou ainda, referiram aumento no consumo de bebidas. Os resultados encontrados sugerem que as políticas para o álcool também devem ser direcionadas à terceira idade, uma vez observadas as tendências para o aumento do uso dessa substância por essa população.

*Conduzido pela Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) em 2000, o Projeto SABE (Saúde, bem estar e envelhecimento) é um estudo multicêntrico que visou traçar o perfil das condições de vida e saúde de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos em sete centros urbanos da América Latina e Caribe. Em São Paulo, ele é desenvolvido pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa em Envelhecimento – NAPSABE, no Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com apoio financeiro da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde.

Sobre o CISA

O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental criada em 2004 e qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) desde 2005, foi fundado pelo psiquiatra e especialista em dependência química Dr. Arthur Guerra de Andrade e consolidou-se como a maior fonte de informações no País sobre o binômio saúde e álcool. Por meio de seu website (www.cisa.org.br), disponibiliza um banco de dados direcionado à população geral, estudantes, profissionais de saúde, pesquisadores e empresas, que tem como base publicações científicas reconhecidas no cenário nacional e internacional, dados oficiais (governamentais) e informações de qualidade publicadas em jornais e revistas destinados ao público geral sobre o álcool e suas relações com o corpo, a mente e a sociedade.

O CISA acredita na importância do rigor ético e na transparência de suas ações no que diz respeito à obtenção e divulgação de conhecimento atualizado e imparcial na área de saúde e álcool, e prontifica-se a colaborar com políticas públicas que abordem o tema de forma eficaz. Também está comprometido com o avanço do conhecimento nessa área e encoraja a adoção de medidas para prevenir o uso nocivo de álcool e suas consequências, por meio de parcerias e elaboração de materiais educativos e de prevenção.

Fonte: http://www.segs.com.br/