Que absurdo! Bebê chinês de apenas 2 anos tenta se livrar do alcoolismo

Um chinês de apenas 2 anos tenta se livrar do vício em álcool depois de ser habituado pelos pais a beber diariamente. Alcoólatra mais jovem do país, Cheng Cheng tomou a primeira dose de vinho aos 10 meses, quando o pai da criança trocou a mamadeira do menino por vinho na tentativa de fazer com que Cheng parasse de chorar. Segundo o jornal Mirror, a tia do bebê diz que desde então a cerveja e o vinho substituíram o leito e os sucos na dieta da criança.

"Seus olhos sempre estão nas garrafas de bebida. Fazemos o que podemos para guardá-las longe para que ele não as veja", disse a tia de Cheng. Familiares do garoto dizem que não percebem alterações no comportamento dele.

Depois da notícia ser publicada no jornal chinês Shangaiist e ganhar repercussão no país, os pais do menino tentam reverter o quadro para que o conselho tutelar da China não tire a guarda do bebê. No entanto, ao ver alguém bebendo perto dele, Cheng chora, fica nervoso e só se acalma quando bebe. 


Fonte:http://www.correio24horas.com.br/

Álcool aumenta risco de câncer

Estudos comprovaram, pela primeira vez, que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco do aparecimento de alguns tipos de câncer. Conforme os pesquisadores norte-americanos, substâncias formadas a partir da quebra de moléculas do álcool têm a capacidade de danificar o DNA, assim como ocorre com agentes cancerígenos.

Para comprovar a hipótese (levantada há, pelo menos, 30 anos), os cientistas fizeram testes com dez voluntários. Eles tiveram que beber doses crescentes de vodca (no limite de três) uma vez por semana. Ao analisar as células da boca dos voluntários, os pesquisadores descobriram que as alterações no DNA aumentavam até 100 vezes após o consumo da bebida.

“Nós agora temos a primeira evidência de que o “acetaldeído” formado após o consumo de álcool muda dramaticamente o DNA”, comentou Silvia Balbo, pesquisadora da Universidade de Minnesota e uma das autoras do estudo.

De acordo com Silvia, a maioria das pessoas tem um mecanismo de proteção natural muito eficaz contra o efeito do álcool no DNA, uma substância chamada “desidrogenase”.

Muitos asiáticos, porém, não têm essa enzima. Eles seriam cerca de 1,6 bilhão de pessoas, segundo a pesquisa.

Consumo de álcool e prática de atividade física são incompatíveis

Consumo de álcool e prática de atividades físicas, dois hábitos que parecem ser incompatíveis. Mito ou verdade? Na opinião da doutora Isa Bragança, as bebidas alcóolicas e os exercícios não podem ser associados. Segundo ela, há uma série de motivos para que essa combinação não seja feita:

- Quem pratica atividade física e consome o álcool tem uma deterioração da qualidade física, pois a bebida diminui a força, a velocidade, a capacidade respiratória e muscular, o equilíbrio e prejudica a respiração.

A médica enumera os problemas desencadeados pela ingestão exagerada de álcool, como desidratação, problemas cardíacos, aumento de peso e hipoglicemia. Confira a lista:

- A desidratação é uma consequência comum da combinação. O álcool tem efeito negativo sobre a função renal, fazendo com que haja uma perda de água e eletrólitos através do suor e da urina.

- O distúrbio de água e eletrólitos também pode promover uma arritmia cardíaca, fazendo com que o coração bata fora de compasso;

- Outro efeito que o álcool também promove é o aumento de peso, devido à grande quantidade de calorias presentes em cada dose.

- A hipoglicemia também é muito comum em quem mistura álcool com exercícios. A atividade física já promove uma diminuição de glicose no organismo. O álcool acentua mais ainda esta redução. O corpo começa a usar a proteína como fonte de energia, pois não há mais glicose no organismo.

O efeito da ingestão de bebidas alcoólicas dependerá de diversos fatores, entre eles o gênero do indivíduo. Para a doutora, o ideal é que o consumo de álcool seja feito até 72 horas antes da prática de atividades físicas.

- A gente tem que beber socialmente, cada um sabe seu limite em relação ao álcool - adverte a doutora.

Fonte:Globo Esporte

O que é Dependência Química?

A DEPENDÊNCIA de qualquer substância psicoativa, ou seja, qualquer droga que altere o comportamento e que possa causar dependência (álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta" etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso, segurança... quando não o é!
"QUÍMICA" se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, apesar de ser lícita e embora a maioria das pessoas o separem das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.

UMA DOENÇA:

A Organização Mundial de Saúde reconhece as dependências químicas como doenças. Uma doença é uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, como o diabete ou a pressão alta, a doença da dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso. Exatamente da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral.

UMA DOENÇA DE MÚLTIPLAS CAUSAS:

As dependências químicas não têm uma causa única, mas sim, são o produto de vários fatores que atuam ao mesmo tempo, sendo que, às vezes, uns são mais predominantes naquele paciente específico que outras. No entanto, sempre há mais de uma causa. Por exemplo, existe uma predisposição física e emocional para a dependência, própria do indivíduo. Vivendo como um dependente, o paciente acaba tendo uma série de problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais, emocionais, religiosos etc., que são conseqüência e não causa de seu problema. Portanto, as causas são internas, não externas. Problemas de vida não geram dependência química.

UMA DOENÇA COM MÚLTIPLAS REPERCUSSÕES:

Como já dissemos, a dependência química gera inúmeros problemas sociais, familiares, físicos etc.

UMA DOENÇA PROGRESSIVA:

Sem tratamento adequado, as dependências químicas tendem a piorar cada vez mais com o passar do tempo.

UMA DOENÇA CRÔNICA INCURÁVEL:

O dependente químico, esteja ou não em recuperação, esteja ou não bebendo ou usando outras drogas, sempre foi e sempre será um dependente. Não existe cura para a dependência: nunca o paciente poderá beber ou usar outras drogas de maneira controlada. Como o diabete, não existe cura: sempre será diabético ou dependente.

UMA DOENÇA TRATÁVEL:

Apesar de nunca mais poder usar álcool ou outras drogas de maneira "social" ou "recreativa", da mesma maneira que um diabético nunca vai poder comer açúcar em quantidade, o dependente, se aceitar e realmente se engajar no tratamento, pode viver muito bem sem a droga e sem as conseqüências da dependência ativa. É importante notar que qualquer avanço em termos de recuperação depende de um real e sincero desejo do paciente: ninguém "trata" o dependente se ele não quiser se tratar.

UMA DOENÇA FAMILIAR:

O convívio com o dependente faz com que os familiares adoeçam emocionalmente, sendo necessário que o familiar também se trate, e, ao mesmo tempo, receba orientações a respeito de como lidar com o dependente, como lidar com seus sentimentos em relação ao dependente, o que fazer, o que não fazer, e sobre como proteger a si e aos demais membros da família de problemas emocionais causados pela doença do dependente. Muitas vezes, os familiares se assustam quando a gente fala que também eles necessitam de tratamento; ninguém quer ser chamado de doente. No entanto, todos os familiares de dependentes que encontramos durante nossa vida profissional nos relataram pelo menos alguma conseqüência ou problema relacionado à dependência de uma pessoa próxima. Do nosso ponto de vista, quanto mais tempo o dependente e o familiar levarem para admitir a real necessidade de ajuda, maior tempo sofrerão.

A Prevenção começa em casa!

As drogas estão chegando cada vez mais cedo na vida das crianças e dos adolescentes, segundo pesquisas realizadas as crianças possuem o primeiro contato com as drogas apartir dos 11 anos de idade.

Sendo a causa maior deste aumento é a insatisfação do indivíduo com a vida, a falta de afeto, a falta de limites, o excesso do pode tudo e a busca nas drogas para a solução de problemas.

Como pais devem estar atentos e se questionarem que tipo de educação tem dado aos seus filhos? Que tipo de infância seus filhos estão vivenciando? No mundo em que vivemos os pais devem se preocupar com a questão das drogas, assim como se preocupam com a escola, com a sexualidade e com o desenvolvimento de seus filhos.

Devemos conversar honestamente com nossos filhos, mostrando os males que as drogas causam nas pessoas e na sociedade em geral. 

Prevenção significa “chegar antes” ou seja, é na infância que os pais preparam a criança em direção à adolescência e  para a vida adulta. 

Drauzio Varela - Efeitos adversos da maconha

Maconheiro é louco para dizer que maconha não vicia nem faz mal.

Vou resumir uma revisão da literatura sobre os efeitos adversos da maconha, publicada no "The New England Journal of Medicine", por pesquisadores americanos do National Institute on Drug Abuse:

1) Dependência

Os inquéritos mostram que 9% dos que experimentam se tornam dependentes. Esse número chega a 1 em cada 6 no caso daqueles que começam a usá-la na adolescência. Entre os que fazem uso diário, 25 a 50% exibem sintomas de dependência.

Comparados com os que começaram a fumar na vida adulta, os que o fizeram enquanto adolescentes apresentam 2 a 4 vezes mais sintomas de dependência, quando avaliados dois anos depois de fumar o primeiro baseado.

Uma vez instalada a dependência surgem crises de abstinência: irritabilidade, insônia, instabilidade de humor e ansiedade.

2) Alterações cerebrais

Da fase pré-natal aos 21 anos de idade o cérebro está em estado de desenvolvimento ativo, guiado pelas experiências. Nesse período fica mais vulnerável aos insultos ambientais e à exposição a drogas como o tetrahidrocanabinol (THC).

Adultos que se tornaram usuários na adolescência apresentam menos conexões entre neurônios em áreas específicas do cérebro que controlam funções como aprendizado e memória (hipocampo), atenção e percepção consciente (precúneo), controle inibitório e tomada de decisões (lobo pré-frontal), hábitos e rotinas (redes subcorticais).

Essas alterações podem explicar as dificuldades de aprendizado e o QI mais baixo dos adultos jovens que fumam desde a adolescência.

3) Porta de entrada

Qualquer droga psicoativa pode moldar o cérebro para respostas exacerbadas a outras drogas. Nesse sentido, o THC não é mais nocivo do que o álcool e a nicotina.

4) Transtornos mentais

O uso regular aumenta o risco de crises de ansiedade, depressão e psicoses, em pessoas com vulnerabilidade genética. Uso frequente, em doses elevadas, durante mais tempo, modificam o curso da esquizofrenia, e reduzem de 2 a 6 anos o tempo para a ocorrência do primeiro surto.

O que os estudos não conseguem estabelecer é a causalidade, isto é, se a maconha provoca esses distúrbios ou se os portadores deles usam a droga para aliviar suas angústias.

5) Performance escolar

Na fase de intoxicação aguda o THC interfere com funções cognitivas críticas, efeito que se mantém por alguns dias. O fato de a ação no sistema nervoso central persistir mesmo depois da eliminação do THC, faz supor que o uso continuado, em doses elevadas, provoque deficiências cognitivas duradouras, que afetam a memória e a atenção, funções essenciais para o aprendizado.

Essas relações, no entanto, são muito mais complexas do que os estudos sugerem. O uso de maconha é mais frequente em situações sociais que interferem diretamente com a escolaridade: pobreza, desemprego, falta de estímulos culturais, insatisfação com a vida e desinteresse pela escola.

6) Acidentes

A exposição ao THC compromete a habilidade de dirigir. Há uma relação direta entre as concentrações de THC na corrente sanguínea e a probabilidade de acidentes no trânsito.

7) Câncer e doenças pulmonares

Embora a relação entre maconha e câncer de pulmão não possa ser afastada, o risco é menor do que aquele associado ao fumo.

Por outro lado, fumar maconha com regularidade, durante anos, provoca inflamação das vias aéreas, aumenta a resistência à passagem do ar pelos brônquios e diminui a elasticidade do tecido pulmonar, alterações associadas ao enfisema pulmonar. Não há demonstração de que o uso ocasional cause esses malefícios.

O uso frequente agride a parede interna das artérias e predispõe ao infarto do miocárdio, derrame cerebral e isquemias transitórias.

Nos Estados Unidos, país em que a maioria desses estudos foram realizados, o conteúdo de THC na maconha apreendida aumentou de 3% nos anos 1980, para 12% em 2012. O aumento da concentração do componente ativo dificulta ainda mais a interpretação dos estudos sobre os efeitos do uso prolongado.

E sobre os efeitos benéficos da maconha, nenhuma palavra?

Lamento desapontá-lo, leitor aflito, mas prometo que será o tema da próxima coluna.


Fonte: Folha de S.Paulo

Drogas e doenças mentais

Frequentemente vemos duas situações médicas, a dependência química ou abuso de drogas e os distúrbios psiquiátricos/psicológicos, apresentadas e tratadas como se fossem realidades isoladas. Essa visão se materializa em uma pergunta não raramente feita a clínicas psiquiátricas e consultórios: “atendem a dependentes desta ou daquela droga”?

Para quem atende a esses pacientes, a visão implícita a esta interrogação é absolutamente errônea: a quase totalidade desses pacientes, já durante uma primeira avaliação, ou no decorrer do próprio tratamento, demonstra que a convivência de problemas de natureza emocional ou psiquiátricos é extremamente comum, rejeitando uma divisão entre essas duas categorias médicas.

Na verdade, essa é apenas a ponta do iceberg. A questão das drogas se mostra cada vez mais um problema multifacetado que extrapola qualquer tentativa simplista, abarcando aspectos sociais, políticos, de segurança, médicos e psicológicos. Essa simples constatação – simples apenas em sua superficialidade, e abordada na sua real complexidade – expõe visões que frequentemente vemos adotadas nos programas de atendimento ao usuário de drogas.

O fato é que, ao se enfrentar a questão das drogas, muitas perguntas fundamentais se encontram longe de uma resposta definitiva: o que leva uma pessoa a optar pela escravidão da dependência – comumente difícil de ser tratada –? Por que algumas pessoas, mesmo tendo contato com a droga, nunca se tornam dependentes, mesmo daquelas substâncias reconhecidamente da alta e rápida ação e, em consequência, de alto poder de dependência? Como e por que drogas que eram e são conhecidas da civilização, e historicamente utilizadas com parcimônia, se tornaram problemas e preocupações centrais das entidades médicas locais e internacionais? Ou, indo à essência da questão: estamos, com todos os esforços somados, ganhando essa guerra? Ou será que os debates em torno da questão não fazem mais do que arranhar a superfície da questão? Cada um certamente terá uma resposta, mas, no contato com as vidas destruídas dos usuários, é mais que evidente que não necessitamos de mais opiniões; necessitamos de mais respostas e precisamos delas com as mesmas características multifacetadas que tem o problema.

Mas, a essa altura, a indagação que inicialmente nos fizemos já nos parece poder ser respondida: neste universo, não só as duas interrogações não se mostram isoladas, como, tendo suas respostas somadas, não são capazes de responder à altura as dificuldades colocadas pela questão.

Mesmo considerando-se a utilização de substâncias lícitas como o álcool, é sabido que este, principalmente quando utilizado em doses “adequadas”, sempre teve o objetivo de facilitar dificuldades psicológicas no âmbito das relações sociais, e até hoje o faz com sucesso. No entanto, em nossa época, o que se tem visto é a utilização dele e de outras drogas lícitas na tentativa de tratar estados emocionais de claros diagnósticos de forma infeliz e, às vezes, desastrosa.

Assim, no caso de síndromes do humor, como a mania ou a depressão, sabemos que não raramente a primeira é tratada com os efeitos depressores do sistema nervoso central do álcool, enquanto que uma pretensa situação oposta, como seria a depressão – e já de início podemos afirmar que não se trata de situações claramente antagônicas –, é combatida com drogas como as anfetaminas. O que as duas classes de substâncias têm em comum é a possibilidade de determinar tolerância, a necessidade de doses crescentes para se obter o mesmo efeito. E a tolerância não deixa de ser o primeiro passo, facilitador e patrocinador da dependência.

O que pretendemos nestas poucas linhas foi determinar que doenças mentais mais frequentemente estão atreladas a dependências químicas, sem esquecer que as substâncias que determinam essas dependências também estão entre as causas das doenças mentais. De uma ou de outra forma, estão entrelaçadas, não podendo ser vistas como entidades isoladas.

Élio Luiz Mauer é diretor técnico da Unidade Intermediária de Crise e Apoio à Vida (Uniica).

Cigarro é mais perigoso para saúde hoje do que há 50 anos


Os cigarros são mais perigosos hoje do que eram há 50 anos, isso porque os fabricantes incluíram mais produtos químicos na composição e investiram pesado em design e diferenciais atrativos, como sabores, por exemplo. Segundo um levantamento da instituição que coordena o projeto Campaign fot Tobacco-Free Kids, os ingredientes do cigarros mudaram muito ao longo de cinco décadas, tornando o produto ainda mais venenoso para a saúde do que os que eram vendidos em 1964, quando os primeiros estudos que comparavam os malefícios da nicotina começaram a ser publicados. As informações são do site inglês Daily Mail.

Com base em estudos científicos, documentos da indústria do tabaco e relatórios de médicos especialistas, os cigarros hoje representam mais risco para câncer de pulmão e doenças respiratórias graves apesar das pessoas fumarem menos atualmente do que há 50 anos. "Eles mudaram o design e a composição dos cigarros e estas mudanças os tornaram ainda mais viciantes", explica o relatório.

Entre as mudanças, está o aumento da concentração de nicotina que existe em um cigarro, além da adição de amônia, composto que aumenta a velocidade com que a nicotina chega ao cérebro.

Outra tática adotada é colocar açúcar, que aumenta os efeitos viciantes da nicotina e facilita a inalação do tabaco. Com esses novos componentes, a nicotina chega mais rápido ao pulmão do que ao coração e ao cérebro por isso os riscos de doenças respiratórias aumentam bastante.

Os cigarros têm ainda menos cheiro ruim e também gosto melhor devido a criação de filtros e aromas especiais. Alguns fabricantes adicionam também ácido levulínico à formula como maneira de tornar a fumaça mais leve e menos irritante. "Estes fatores fazem com que seja mais fácil começar e continuar a fumar, especialmente entre os jovens", diz o relatório.


Fonte:Daily Mail

'Querem proibir o cigarro e liberar a maconha', diz médica sobre proposta britânica


Num momento em que vários países debatem a descriminalização da maconha, o Reino Unido pode proibir a venda de cigarros; inicialmente para as pessoas nascidas depois do ano 2000. A expectativa é, com isso, banir completamente o cigarro até o ano 2035, criminalizando a venda para toda uma nova geração. A ideia foi aprovada ontem no encontro anual da Associação Médica Britânica (BMA na sigla em inglês), a mesma que fez lobby para duas leis já em vigor: a da proibição do fumo em carros com crianças (de 2011) e em lugares públicos (2002). Isso significa que uma das entidades mais poderosas do país também fará campanha para a aprovação dessa proposta no Congresso.

Na esteira desta tendência mundial, ontem o governo dos Estados Unidos divulgou uma campanha chocante de ex-usuários contando suas experiências traumáticas com o tabaco. E o próprio Brasil só faz aumentar as restrições, com a aprovação de novas medidas no início do mês.

A maioria das políticas públicas implementadas nos últimos anos para controlar o acesso ao cigarro faz parte da Convenção Quadro para Controle do Tabaco, um tratado internacional de 2003 do qual o Brasil é um dos signatários. Ações como proibição de venda para menores, publicidade, sobretaxação, fumaça em locais públicos, entre outras, estão nessa convenção estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Não é o caso da proposta britânica, que, por isso, acabou dividindo opiniões até dos partidários das restrições.

A ideia é proibir completamente qualquer pessoa nascida no século XXI de comprar cigarros, não importando que idade ela tenha. O argumento do autor do projeto de lei, Tim Crocker-Buque, especialista em saúde pública, é que os jovens são os mais afetados pelo cigarro. Com a proibição, ele acredita, o país poderia se tornar o primeiro a erradicar completamente o fumo.

— Oitenta por cento dos fumantes começam quando adolescentes, como resultado da intensa pressão de outros jovens — disse ao jornal britânico “Guardian”. — Quem começa a fumar aos 15 anos tem três três vezes mais chances de morrer de câncer do que quem o faz aos 20 e poucos.

Além disso, 23% dos indivíduos entre 11 e 15 anos já experimentaram o cigarro no Reino Unido, segundo estatísticas nacionais de 2013. Ao todo, 20% da população é fumante.

Iniciar o hábito na adolescência não é tendência só do Reino Unido, mas sim, mundial, segundo a psiquiatra Analice Giglioti, chefe do setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio, que defende a campanha.

— Sou absolutamente favorável — diz. — O papel do Estado é proteger os adolescentes do vício, pois é uma época em que não se sabe bem a consequência das escolhas, e é quando há mais curiosidade por drogas.

A proposta britânica ganhou o apoio de Sheila Hollins, presidente do conselho científico da BMA, que diz que isto “quebraria o ciclo de crianças começando a fumar”. Mas foi rejeitada por outros médicos, que temem que a medida leve o cigarro para o mercado negro. Esse, por sinal, é um dos argumentos usados hoje para legalizar a maconha.

— É bem contraditório isso. Estão querendo proibir o cigarro e liberar a maconha, o que, por sinal, afetaria também os mais jovens, que vão começar a usar maconha com uma menor percepção do risco — completou Analice.

Grupos britânicos também questionam, segundo o jornal “Independent”, se a proposta de banir o cigarro seria realista. Uma nota do Departamento de Saúde britânico, por exemplo, preferiu dar ênfase às ações que já estão em curso:

“Já colocamos em prática ações para proteger as crianças dos perigos da compra de cigarros por adultos irresponsáveis e da fumaça nos carros. Também estamos prestes a realizar uma consulta pública sobre a padronização das embalagens e estamos proibindo a venda de cigarros eletrônicos para pessoas abaixo dos 18 anos”.

A opinião é compartilhada pela diretora-executiva da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), Paula Johns, lembrando que o projeto britânico provavelmente foi inspirado numa ideia já em debate em Singapura:

— Acontece que a Ásia tem um contexto cultural diferente. Há menor resistência a regulações — explica a especialista. — Em democracias mais questionadoras, como o Reino Unido, é complicado adotar este tipo de medida. Há muita margem para os ativistas que pregam a liberdade individual e são contra o chamado “Estado babá”.

Paula também questiona a operacionalização e a fiscalização de uma lei como esta, especialmente se chegasse ao Brasil. E acrescenta que há outras medidas já comprovadamente eficazes que precisam ser antes colocadas em prática. Ela cita a medida brasileira de proibição de aditivos nos cigarros, sobretudo os de sabores e aromas. A resolução aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa de uma liminar da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sob o argumento de a norma ser genérica demais, o que prejudicaria toda a indústria do tabaco.

LEIS ANTITABACO RESTRINGEM VÍCIO

Por outro lado, o Brasil tem avançado no controle tabagismo, hábito compartilhado por 15% da população. Este mês, a presidente Dilma Rousseff aprovou novas medidas, que incluem a proibição do fumo em locais fechados (o que não funcionava plenamente em todos os estados), fim dos fumódromos e da propaganda em locais de venda, além de mais advertências nas embalagens.

Os EUA também adotaram uma postura semelhante e divulgaram ontem uma forte campanha para chamar a atenção de potenciais usuários. Fotos, cartilhas e vídeos mostram imagens assustadoras sobre os riscos associados ao cigarro.

No sentindo contrário, no entanto, a indústria do tabaco na Indonésia tem simplesmente ignorado a legislação do país. Com isso, as embalagens continuam sem advertências, e as propagandas continuam a figurar em veículos e locais públicos. Lá o índice de fumantes chega a 67% dos homens acima dos 15 anos.


Fonte:O Globo

ONU diz que tráfico e consumo de cocaína ganharam destaque no Brasil

Um relatório de uma agência da ONU sobre drogas apontou que ganhou força no Brasil o consumo e o tráfico de cocaína.

"Na América do Sul, o consumo e o tráfico de cocaína ficou mais notório, em especial no Brasil, por fatores como a localização geográfica e a numerosa população urbana", diz o texto relatório anual do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), divulgado nesta quinta-feira (26).

A publicação afirma que o consumo de cocaína se concentra na Europa, América e Oceania, mas "praticamente toda a produção mundial acontece em três países da América do Sul".

O texto afirma, porém, que "tem diminuído a disponibilidade mundial desta droga".

A publicação aponta também que o uso de drogas no mundo está estável. O número de pessoas que usaram drogas em 2012 ficou entre 162 milhões e 324 milhões, número semelhante ao do ano anterior.

O número de mortes relacionadas as drogas em 2012 ficou entre 95.500 e 225.900 pessoas, uma leve queda em relação a 2011. A principal razão da queda foi um menor número de mortes na Ásia, diz o relatório

A agência também alerta para a alta na produção de ópio no Afeganistão, que aumentou pelo terceiro ano consecutivo. Cerca de 209 mil hectares foram usados no país para a produção, mais que os 154 mil hectares usados em 2011.

MACONHA

Apesar do consumo mundial de maconha ter caído, o relatório diz que o uso da droga aumentou em diversos países, incluindo os Estados Unidos, porque as pessoas acreditam que a droga não causa mal a saúde, em uma crítica a medidas para a legalização da droga.

"Uma regulação mais permissiva da cannabis se relaciona com uma queda na percepção do risco no uso", diz o texto. A agência afirma ainda que uma disponibilidade maior da maconha pode aumentar o consumo, principalmente entre os jovens.

O texto afirma que também que é muito cedo para avaliar as novas regras de legalização no Uruguai e nos Estados americanos de Washington e do Colorado. 

Fonte:Jornal Folha de S. Paulo 

Saiba mais sobre os Sintomas do Alcoolismo

A palavra alcoolismo é conhecida de todos. Porém, são poucos os que sabem exatamente o seu significado. Portanto, vamos lá.

O alcoolismo, também conhecido como "síndrome da dependência do álcool", é uma doença caracterizada pelos seguintes elementos:

- Compulsão: uma necessidade forte ou desejo incontrolável de beber

- Perda de controle: a inabilidade frequente de parar de beber uma vez que a pessoa já começou

- Dependência física: a ocorrência de sintomas de abstinência, como náusea, suor, tremores e ansiedade, quando se pára de beber após um período bebendo muito. Tais sintomas são aliviados bebendo álccol ou tomando outra droga sedativa

-Tolerância: a necessidade de aumentar as quantias de álcool para sentir-se "alto".
(Nem todos estes problemas precisam ocorrer juntos)

O alcoolismo tem pouco a ver com o tipo de álcool bebido por uma pessoa, há quanto tempo a pessoa bebe, ou até mesmo exatamente quanto álcool bebe. Porém, tem muito a ver com a necessidade incontrolável por álcool. Esta descrição do alcoolismo nos ajuda a entender o porquê de a maioria dos dependentes de álcool não conseguir se valer só de "força de vontade" para parar de beber. Estas pessoas estão sob a forte compulsão do álcool, uma necessidade que se mostra tão forte quanto a sede ou a fome.

Fonte:http://www.minhavida.com.br/

Ecstasy é mais letal em ambientes quentes, diz estudo

Pesquisadores norte-americanos descobriram que doses de ecstasy que não seriam letais em temperaturas mais baixas podem matar se forem consumidas em ambientes quentes e lotados, como baladas e festas. 

Segundo o Daily Mail, os especialistas do National Institute of Health afirmam que algumas pessoas acreditam que o ecstasy não é perigoso se consumido em doses baixas. Mas, segundo as conclusões do novo estudo, isso não é verdade em ambientes com temperatura elevada. 

"Nós já sabíamos que uma dose alta de MDMA pode aumentar repentinamente a temperatura corporal, potencialmente levando à falência dos órgãos e até a morte", disse Nora Volkow, uma das responsáveis pela pesquisa. 

"Mas esse estudo atual apresenta a possibilidade de mesmo as doses controladas serem letais em certas condições." 

Os pesquisadores disseram ainda que ainda não é possível prever quem terá uma reação adversa com uma dose pequena de ecstasy.

Fonte: Daily Mail

Snapchat é o nome da nova droga que transforma pessoas em zumbis

Snapchat é uma nova droga muito poderosa que surgiu em cidades litorâneas da Austrália.

Ela é vendida em forma de comprimidos e em sua forma contém os mesmos ingredientes dos chamados "sais de banho", que são drogas sintéticas perigosas da classe das anfetaminas e possuem semelhanças com o ecstasy.

A droga recebeu o nome de Snapchat, talvez graças a sua popularidade ou pelo fato curioso do App, de ter suas mensagens autodrestuidas ao serem lidas. Talvez a droga faça uma referencia a autodestruição já que o usuário fica em um estado de loucura tão grande que pode acabar com a própria vida.

A droga a principio é vendida em duas cores, rosa ou azul, e causa agressão e histeria.

O que não é surpresa, visto que ela é feita com os mesmos ingredientes do “sal de banho”, que entre 2011 e 2012 fez muitas pessoas acreditarem que havia zumbis circulando pelos Estados Unidos porque quem usava a droga ganhava força sobre-humana e podia se tornar momentaneamente canibal.
Obviamente a substância não tem nada a ver com o aplicativo Snapchat, mas o interessante é que o serviço tenha se tornado tão famoso a ponto de ter seu nome e logo copiados dessa forma.

Príncipe Harry vai à Cracolândia e conversa com usuários de crack

O Príncipe Harry visitou nesta quinta-feira (26) a região da Cracolândia, no Centro de São Paulo. Acompanhado pelo prefeito Fernando Haddad, Harry foi apresentado ao programa "Braços Abertos", iniciativa do governo municipal que tenta fazer com que usuários se afastem do crack.

Harry esteve em uma tenda onde conversou com dependentes químicos, segundo o secretário da Segurança do município, Roberto Porto, e não concedeu entrevistas.

"Ele conversou [com usuários] com a ajuda de um intérprete. Também fez muitas perguntas ao prefeito sobre o projeto", disse o secretário.
Durante a visita, a Polícia Militar precisou pedir ajuda da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para que fosse feito um cordão de isolamento em volta do príncipe. O esquema de segurança não funcionou conforme o esperado. O público ficou próximo do príncipe, e mesmo os jornalistas, que teriam de ficar em blocos a uma certa distância, chegaram ao lado de Harry.
Ao longo do trajeto, fãs e moradores da região tentavam se comunicar com o filho caçula do príncipe Charles. Alguns chegaram a gritar "tira uma foto com a gente 'please'" ou "príncipe, 'I love you'". "Vi o príncipe, sim. Mas não falo inglês, ele parece gente boa", disse um dos participantes do projeto 'Braços Abertos'.

Viagem
O príncipe é o quarto na sucessão do trono inglês e está no Brasil desde o dia 23. Ele primeiro esteve em Brasília, onde visitou o Hospital de Reabilitação da Rede Sarah e assistiu ao jogo entre Brasil e Camarões.
Em seguida, o membro da realeza britânica esteve em Belo Horizonte, onde acompanhou jogo da seleção inglesa. Também se encontrou com tenistas do esporte do Minas Tênis Clube, que tem parceria firmada até 2016 com a Associação Olímpica Britânica.
Já no estado de São Paulo, Harry foi a Cubatão conhecer um projeto de preservação da Mata Atlântica na quarta-feira (24). Conheceu ainda uma entidade de assistência social a crianças.
Braços Abertos
O programa 'De Braços Abertos' funciona desde janeiro em São Paulo e é promovido pela Prefeitura do município. Os usuários de crack moradores da região conhecida como Cracolândia, no Centro da cidade, são cadastrados e podem atuar na limpeza da área, de maneira remunerada, além de receberem alimentação e moradia. Aqueles que se voluntariarem recebem tratamento de saúde.
Segundo a Prefeitura, há 422 usuários cadastrados. Vinte e três deles receberam atestado médico de aptidão ao mercado de trabalho e outros 122 estão em tratamento voluntário contra dependência química.

Fonte: G1

Fifa estuda proibir venda de cerveja em alguns jogos da Copa

A Fifa pode suspender a venda de bebida alcóolica dentro dos estádios em casos extremos. A notícia foi dada nesta quarta-feira pelo diretor de comunicação do COL, Saint-Clair Milesi, durante a reunião diária entre a Fifa e a imprensa no Maracanã. “A medida está prevista desde a Copa da Alemanha, mas nunca precisou ser usada. Mas consta no regulamento da competição”, explicou Délia Fisher, porta-voz da Fifa. De acordo com o COL a AMBEV, que patrocina o mundial com duas marcas de cerveja, está ciente da questão.

Para que ocorra, é necessária uma solicitação das forças de segurança locais, que seria avaliada pelo comitê organizador da Copa do Mundo. “Mas em geral a bebida não é o que está provocando problemas e sim provocações por lances ou gols dentro e fora dos estádios”, disse Milesi. “Mas estamos monitorando partidas que possa trazer mais rivalidade e pensando no futuro”, disse, em referência a uma possível final Brasil e Argentina no Maracanã.

Outro fator que levou as autoridades a acender o alerta vermelho a invasão dos torcedores chilenos no Maracanã, que de acordo com fontes policiais já estavam alcoolizados na hora da invasão, mas há várias horas consumiam bebida alcóolica no entorno do Maracanã. O jogo na ocasião entre Chile e Espanha foi às 16h e desde 9h da manhã chilenos já se concentravam nos bares em volta do estádio.

O diretor do COL voltou a insistir que a paz deve ser a tônica da Copa do Mundo sem que deixe as rivalidades de lado. “Os brasileiros precisam ser gentis com os turistas e os turistas gentis com os brasileiros”, pediu, depois de saber de um caso em quem torcedor argentino foi baleado em Porto Alegre na terça-feira. “Estamos em contato com as autoridades. Ainda não sabemos de onde partiu o disparo, mas ao que parece começou com uma briga entre torcedores argentinos rivais”, disse.

Os jogos do próximo sábado estão preocupando as autoridades de segurança por se tratarem de clássicos sul-americanos. Brasil e Chile se enfrentam no Mineirão às 13h e Colômbia e Uruguai se enfrentam no Maracanã às 17h. “O problema não aconteceu num estádio de futebol e nem em um local repleto de torcedores. Mas na Copa do Mundo não há espaço para essas coisas”, afirmou Saint-Clair.

Fonte: Terra

Segundo pesquisa, 28 milhões têm algum parente dependente químico

Ao menos 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar que é dependente químico, de acordo com o Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgado nesta terça-feira (3) na capital paulista.

É a maior pesquisa mundial sobre dependentes químicos, de acordo com Ronaldo Laranjeira, um dos coordenadores do estudo.

Entre 2012 e 2013, foram divulgados dados sobre consumo de maconha, cocaína e seus derivados, além da ingestão de bebidas alcoólicas por brasileiros. A partir desses resultados, os pesquisadores estimam que 5,7% dos brasileiros sejam dependentes de drogas, índice que representa mais de 8 milhões de pessoas.

Desta vez, o estudo tentou mapear quem são os usuários que estão em reabilitação e qual o perfil de suas famílias. A pesquisa também quis saber como elas são impactadas ao ter um ou mais integrantes usuários de drogas.

"Para cada dependente químico existem outras quatro pessoas afetadas", disse Laranjeira.
A análise foi feita entre junho de 2012 e julho de 2013 com 3.142 famílias de dependentes químicos em tratamento. Foi feito um questionamento com 115 perguntas para famílias que participaram desse levantamento. O estudo foi feito em comunidades terapêuticas, clínicas de reabilitação, grupos de mútua ajuda, como Al-Alanon e a Pastoral da Sobriedade.

As famílias foram ouvidas em 23 capitais de todas as regiões do Brasil. Segundo a organização, até então não existia no país nenhum estudo de âmbito nacional focado nelas.

De acordo com o estudo a maioria dos pacientes em tratamento para dependência química eram homens, com idade entre 12 e 82 anos. Desses, 26% tinham ensino superior incompleto ou completo. A média de idade dos usuários de drogas é de 31,8 anos.
Perfil dos usuários em tratamento

A maioria dos pacientes em tratamento (73%) era poliusuária, ou seja, consumia mais de uma droga. Em 68% dos casos, quem passava por reabilitação era consumidor de maconha, combinada com outras substâncias. O tempo médio de uso das substâncias foi de 13 anos, mas a família percebe apenas 8,8 anos de uso, em média.

A partir da descoberta da família, o tempo médio para a busca de ajuda após o conhecimento do consumo de álcool e/ou drogas foi de três anos, sendo dois anos para usuários de cocaína e/ou crack e 7,3 anos entre os dependentes de álcool Os familiares relataram ter o conhecimento do consumo de drogas pelo paciente por um tempo médio de 9 anos.

Mais de um terço (44%) relatou ter descoberto o uso devido a mudanças no comportamento do paciente.
O Lenad apontou que 58% dos casos de internação foram pagos pelo próprio familiar e o impacto do tratamento afetou 45,4% dos entrevistados. Em 9% dos casos houve cobertura de algum tipo de convênio. 

O uso de hospitais públicos, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), foi citado por 6,5% das famílias de usuários em reabilitação.

Ainda segundo o estudo, 61,6% das famílias possuem outros familiares usuários de drogas. Desse total, 57,6% têm dependentes dentro do núcleo familiar. No entanto, os entrevistados desconsideram esse fator como de alto risco para uso de substâncias do paciente. Deste total, 46,8% acreditam que as más companhias influenciaram seu familiar ao uso de drogas. Já 26,1% culpam a baixa autoestima como responsável pela procura por entorpecentes.

Cocaína, maconha e álcool 

A Unifesp já divulgou outras três pesquisas relacionadas ao consumo de drogas no Brasil, uma relacionada ao consumo de cocaína e derivados, outra sobre maconha, e outra que analisou a ingestão de bebidas alcoólicas.

Em agosto de 2012, o Lenad divulgou que cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos usam maconha diariamente no Brasil.

Em setembro de 2012, pesquisadores da universidade constataram que o Brasil era o segundo consumidor mundial de cocaína e derivados, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com o levantamento, mais de 6 milhões de brasileiros já experimentaram cocaína ou derivados ao longo da vida. Desse montante, 2 milhões fumaram crack, óxi ou merla alguma vez.

Em abril deste ano, outro estudo apontou aumento de 20% na quantidade de pessoas que consomem álcool frequentemente. A pesquisa informou que 54% dos entrevistados alegaram consumir bebidas alcoólicas uma vez na semana ou mais – aumento proporcional de 20% em comparação ao Lenad de 2006.

O crescimento foi maior entre as mulheres: 39% das entrevistadas admitiam beber uma vez por semana ou mais (seis anos atrás este índice era de 29%). Outro dado importante mostrou que 27% dos homens que bebem com menos de 30 anos já se envolveram em brigas com agressão.

Fonte:G1

Uso de álcool em idosos: Projeto SABE - Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento, São Paulo, Brasil

Problemas de saúde associados ao uso de álcool e outras drogas entre idosos são geralmente relacionados às mudanças fisiológicas próprias do avançar da idade, como maior sensibilidade a tais substâncias, aumento do número de condições comórbidas e uso concomitante de medicamentos. Por outro lado, diversas pesquisas apontam para potenciais efeitos benéficos do consumo de álcool em níveis leves a moderados*. 

Na tentativa de melhor entender esse aparente paradoxo, estudos sobre o consumo de álcool entre idosos vêm sendo amplamente realizados em diferentes países; porém, pouco se sabe sobre o comportamento de beber dos idosos brasileiros. Sendo assim, um estudo analisou os dados do Projeto SABE** referentes à cidade de São Paulo, com o objetivo de caracterizar o consumo de álcool em idosos por meio da avaliação da frequência de uso nos últimos três meses, determinação de fatores sociodemográficos e de saúde associados, e possíveis mudanças no comportamento de beber desses idosos após um período de seis anos.

No ano de 2000, foram entrevistados 2.143 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, dos quais 1.115 responderam à pesquisa novamente em 2006. A frequência de consumo de álcool nos últimos 3 meses foi obtida por autorrelato dos idosos à pergunta: “Nos últimos 3 meses, em média, quantos dias por semana tomou bebidas alcoólicas? (Por exemplo: cerveja, vinho, aguardente ou outras bebidas que contenham álcool)”. Foram utilizadas três categorias de frequência de uso de álcool: baixo consumo (menos de 1 dia por semana); consumo moderado (de 1 a 3 dias por semana) e alto consumo (4 dias ou mais por semana). Os indivíduos que permaneceram no estudo até 2006 foram comparados quanto à categoria que pertenciam na primeira entrevista, verificando se houve permanência ou mudança no padrão de consumo e os potenciais fatores associados. 

Os resultados demonstram que, em 2000, quase 80% da amostra de idosos relatava baixo consumo de álcool, 13% eram bebedores moderados e 7% apresentaram alto consumo. Homens bebiam proporcionalmente mais quando comparados às mulheres e aqueles que relataram alto consumo também apresentavam maior nível de escolaridade, renda e boa autopercepção de saúde. 

Ao longo dos 6 anos, o aumento observado no consumo de álcool foi associado positivamente à boa autopercepção de saúde para os homens e a maior nível de escolaridade para mulheres. Aqueles que mantiveram sua frequência de consumo estável, independente do gênero, apresentavam altos níveis de renda e escolaridade. Apesar da maioria dos idosos relatar uma baixa frequência de ingestão de álcool, 25% dos homens e 15% das mulheres se comportaram como bebedores estáveis ou referiram aumento no consumo de bebidas após 6 anos. Os autores do estudo sugerem que tal impacto positivo para o uso de álcool poderia estar relacionado ao aumento de informações referentes aos benefícios do consumo moderado dessa substância divulgadas nos últimos anos. 

Conclui-se, a partir deste estudo e com base em dados de outros países, que as políticas direcionadas ao consumo de álcool também devem contemplar a terceira idade, uma vez observadas as tendências para o aumento do uso dessa substância nessa população.

* O uso moderado é um conceito difícil de ser estabelecido, na medida em que países e instituições de pesquisa consideram diferentes quantidades de álcool para uma dose-padrão. O National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) considera consumo moderado ou de baixo risco aquele que não ultrapassa os seguintes limites: para homens, no máximo 4 doses em um único dia e não mais que 14 doses por semana; para mulheres, no máximo 3 doses em um único dia e não mais que 7 doses por semana. Mesmo dentro desses limites, alerta-se que o indivíduo pode ter problemas se beber muito rapidamente ou tiver outros problemas de saúde, e que algumas pessoas devem evitar completamente o consumo de álcool (por exemplo, aqueles que planejam dirigir um veículo automotor ou operar máquinas, mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar, indivíduos que fazem uso de medicamentos cujos efeitos possam interagir com o álcool ou que tenham alguma condição médica que pode ser agravada pelos efeitos do álcool). Segundo o NIAAA, 1 dose contém aproximadamente 14 g de álcool puro, o equivalente a 1 lata de cerveja de 355 ml, 1 taça de vinho de 150 ml ou 1 dose de destilado de 45 ml.

** Conduzido pela Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) em 2000, o Projeto SABE (Saúde, bem estar e envelhecimento) é um estudo multicêntrico que visou traçar o perfil das condições de vida e saúde de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos em sete centros urbanos da América Latina e Caribe. Em São Paulo, ele é desenvolvido pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa em Envelhecimento – NAPSABE, no Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com apoio financeiro da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde. 

Fonte:CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool 

Estudo randomizado e divulgado pelo CISA revela efeito do exercício aeróbico na dependência do álcool

 Pesquisa criteriosa indica benefícios da prática de exercícios moderados como complemento da reabilitação de pacientes dependentes de álcool.

Estudo divulgado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes no país, revela benefícios na prática de exercícios moderados no tratamento de reabilitação de pacientes com dependência do álcool. Os tratamentos atuais para a dependência do álcool demonstram eficácia, mas episódios de recaída ainda são um grave problema, sobretudo no primeiro ano de tratamento - até 90% dos pacientes apresentam algum tipo de recaída.

A pratica de exercícios físicos já era vista como uma boa prática na melhora da qualidade de vida em geral, contudo evidências científicas sobre seu benefício são mais recentes. Nesse sentido, novas estratégias que colaborem com o tratamento dos transtornos relacionados ao álcool são buscadas, e a prática de exercícios físicos se mostra impactante nas adaptações do estilo de vida e na prevenção de recaídas. Os exercícios físicos apresentam efeito benéfico ainda no tratamento de sintomas de depressão e ansiedade, que comumente prejudicam o tratamento da dependência de substâncias. Além disso, vantagens que podem ser consideradas são: a prática é flexível, acessível e apresenta baixo custo, podendo ser realizada individualmente, com efeitos colaterais e riscos menores em relação ao uso de medicamentos.

Após uma seleção criteriosa, 48 indivíduos dependentes de álcool e sedentários* foram separados aleatoriamente em dois grupos: 25 pacientes que receberam 12 semanas de intervenção com exercício aeróbico em intensidade moderada e 23 pacientes que receberam apenas aconselhamento breve sobre atividades físicas de intensidade moderada. Vale ressaltar que os grupos selecionados foram equivalentes em idade, gênero, etnia, escolaridade, estado civil, ocupação e padrão prévio do uso de álcool.

No grupo de intervenção com exercício, as sessões foram semanais, com exercícios em esteira, bicicleta ergométrica ou máquina elíptica, com aumento gradual de duração (20 a 40 minutos na 12ª semana). Todos foram estimulados a realizar mais duas ou três sessões por semana de atividades físicas individualmente. O outro grupo apenas recebeu informações sobre os efeitos benéficos do exercício no tratamento e na saúde e foram estimulados a fazê-los sozinhos, também podendo ser instruídos sobre tipo, intensidade e duração das atividades.

Os resultados apontam para uma redução maior e significativa da ingestão de bebidas alcoólicas e do beber pesado** no grupo que recebeu a intervenção com exercício aeróbico em intensidade moderada, quando comparado ao outro grupo.

Após as 12 semanas de intervenção, os indivíduos foram novamente avaliados, e a quantidade de consumo permaneceu menor no grupo intervenção. Entretanto, inesperadamente, apresentaram o padrão de beber pesado com mais frequência que o outro grupo, e o estudo sugere que mais pesquisas, com amostras maiores, precisam ser realizados para esclarecer este resultado.

Percebeu-se, ainda, que o grupo que recebeu apenas o aconselhamento também realizou atividades físicas, mas o condicionamento foi melhor nos participantes do grupo que recebeu a intervenção. Os resultados indicam que a prática regular de exercício aeróbio moderado é um complemento eficaz no tratamento do transtorno relacionado ao uso de álcool e, portanto, deve ser estimulada.

*Considerou-se sedentário quem praticou menos de 60 minutos de atividades físicas por semana nos últimos 6 meses. Os participantes estavam em tratamento para o uso de álcool e abstinentes por pelo menos 90 dias.

** Uso pesado definido como 5 doses por dia para homens e 4 para mulheres.


Fonte:SEGS Portal Nacional Seguros & Saúde

Dependentes da cracolândia ganham centro de convivência

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) abriu nesta semana na cracolândia um centro de convivência para viciados que deverá se tornar um hospital para dependentes químicos.

O espaço estreou serviços como banho, barbearia, aulas de academia e terapia corporal, em um prédio da rua Helvétia com capacidade para atender cem pessoas/dia.

Nesta terça (24) e quarta (25), 167 dependentes foram atendidos pelo serviço montado perto da concentração de usuários de crack e em frente a uma tenda da prefeitura que oferece aos viciados atendimento social e espaços para banho e para ver TV.

Nos próximos meses, haverá no centro de convivência um projeto de apoio às famílias dos dependentes, palco de teatro, sala de audiovisual e cozinha experimental.

O espaço é a primeira fase antes da implantação do hospital, que deve terminar em 2015 com a entrega de 51 leitos --21 para desintoxicação e 30 para moradia (pelo período de até seis meses).

O custo de implantação do espaço será de R$ 8,8 milhões. A unidade, aberta de segunda a sábado, das 8h às 18h, faz parte do programa Recomeço, que visa combater a dependência ao crack.

Will, 34, primeiro usuário atendido, testou a academia. "Ocupei a cabeça e ainda não usei crack hoje", disse.

"Queremos estimular o lado saudável do dependente e motivá-lo para o tratamento", diz Elson Asevedo, psiquiatra responsável pelo serviço.

Se precisarem de atendimento médico, os usuários de crack serão encaminhados ao Cratod (centro de referência de álcool e outras drogas).

A cracolândia também recebeu este ano um projeto da gestão Fernando Haddad (PT) voltado ao mesmo público --Braços Abertos, que dá moradia, trabalho e alimentação.

Nos últimos anos, prefeitura e Estado testaram várias medidas na cracolândia, mas não conseguiram transformar a região nem evitar a presença de dependentes.

Fonte: Folha de São Paulo On Line

ONU diz que 183 mil mortes tiveram relação com as drogas em 2012

Novo relatório divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) aponta que 183 mil mortes registradas em 2012 tiveram relação com entorpecentes, uma queda de quase 13% em relação ao ano anterior, quando foram calculados cerca de 210 mil óbitos.

A maioria das mortes de pessoas com idade entre 15 e 64 anos está concentrada na Ásia (78.600), seguida da América do Norte (44.600), e África (36.800). Os países da América Latina e Caribe tiveram juntos 4.900 óbitos em 2012.

A ONU classifica como mortes relacionadas com drogas os óbitos por overdose, consequência da transmissão de HIV ao injetar drogas, suicídios e traumas não intencionais sofridos por usuários.

O texto trouxe ainda a informação que entre 162 milhões e 324 milhões de pessoas no mundo consumiram ao menos uma vez alguma droga não permitida, como maconha, cocaína ou anfetamina, e que, em 2012, entre 16 milhões e 39 milhões eram dependentes químicos.

O documento ressalta que devem ser respeitados os direitos humanos de indivíduos que fazem uso frequente de tóxicos e oferecer tratamento médico para que possam abandonar o consumo. "Segue havendo grandes lacunas na prestação de serviços. Nos últimos anos, só um em cada seis usuários de drogas em escala mundial teve acesso ou recebeu tratamento", disse Yuri Fedotov, diretor-executivo da UNODC.

Tipos de drogas

A maconha continua sendo a droga mais consumida no mundo, com 177 milhões usuários, com uma leve queda global, embora nos EUA houve aumento da demanda devido à "impressão de que a cannabis não é tão perigosa", segundo a ONU.

O relatório indica que deverão se passar anos para poder avaliar o impacto que as legalizações no Uruguai e em estados dos EUA, como o Colorado e Washington, tiveram sobre a saúde, a justiça e gastos públicos.

O texto explica que os opiáceos (substâncias derivadas do ópio) e opioides (medicamentos que contam com o ópio como princípio ativo, como a morfina) estão no topo da lista de produtos que causam mais doenças e mortes relacionadas com a droga.

Os opiáceos são a droga consumida pela maioria das pessoas que procura tratamento na Europa e Ásia, enquanto na América é a cocaína. Em 2013, a superfície mundial de cultivo de papoula alcançou um recorde mundial com 296,7 mil hectares, com o Afeganistão gerando 80% da produção total de ópio após anos de aumento contínuo.

Cocaína

Ao contrário do ópio, as plantações de coca em 2013 marcaram, com 133,7 mil hectares, seu mínimo desde que começaram a ser feitas estimativas em 1990, com seu cultivo concentrado em três países: Peru, Colômbia e Bolívia.

O uso de cocaína está mais concentrado nas Américas, Europa e Oceania. Sobre o Brasil, o texto afirma que, por concentrar metade da população sul-americana, o país é o mais vulnerável ao tráfico e ao uso de cocaína.

Estimativa apresentada, baseado em um estudo de 2010 da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), aponta que cerca de 3% dos estudantes universitários admitiram usar cocaína em 2009.


Fonte:G1

Risco genético de esquizofrenia também pode levar ao consumo de maconha

Pesquisa britânica descobriu que pessoas que carregam genes associados à doença são mais propensas a se tornarem usuárias da droga.

É possível que a predisposição genética de uma pessoa a ter esquizofrenia também aumente a chance de ela se tornar usuária de drogas – especificamente de maconha. É o que concluiu um estudo britânico publicado nesta terça-feira. 

Segundo os pesquisadores, trabalhos anteriores já haviam identificado uma relação entre o transtorno psiquiátrico e o uso da droga. No entanto, eles indicavam que a maconha pode afetar o cérebro de modo a aumentar o risco de esquizofrenia. “Nosso estudo certamente não descarta essa possibilidade, mas sugere que provavelmente existe também outro tipo de associação”, diz o coordenador do estudo, Robert Power, pesquisador do Instituto de Psiquiatria do King’s College.

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que costuma aparecer na adolescência e que afeta cerca de 1% da população. Os sintomas mais comuns incluem a perda de contato com a realidade, alucinações, pensamentos desordenados, índice reduzido de emoções e alterações nos desempenhos sociais e de trabalho.

As causas da esquizofrenia ainda não são completamente conhecidas, mas cientistas sugerem que a doença surge a partir de uma combinação de fatores genéticos, físicos, psicológicos e ambientais. Pesquisas anteriores já identificaram algumas mutações genéticas que aumentam o risco do transtorno.

Análise — O novo estudo, publicado na revista Molecular Psychiatry, foi realizado com 2.082 pessoas saudáveis, sendo que metade delas era usuária de maconha. Os pesquisadores avaliaram o risco genético de esquizofrenia entre os participantes – ou seja, a quantidade de variações genéticas relacionadas à doença que cada um apresentava.

As conclusões indicaram que as pessoas geneticamente predispostas a ter esquizofrenia também eram mais propensas a serem usuárias de maconha e a consumir a droga em quantidades maiores do que os indivíduos sem essa predisposição genética.

“Nosso estudo destaca a complexa interação entre genes e ambiente quando falamos de maconha e esquizofrenia. Nossos achados são importantes, considerando os impactos da droga sobre a saúde”, diz Power.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Genetic predisposition to schizophrenia associated with increased use of cannabis​

Onde foi divulgada: periódico Molecular Psychiatry

Quem fez: Robert Power, Karin Verweij e equipe

Instituição: King's College London, Grã-Bretanha, e Instituto de Pesquisa Médica Queensland, Austrália

Resultado: Pessoas com predisposição genética à esquizofrenia são mais propensas a consumir maconha em maiores quantidades. Isso pode significar que os mesmos genes que aumentam o risco do transtorno também elevam a propensão ao uso da droga.


Fonte: Revista Veja

Desempregados, precários e desmotivados consomem mais drogas, álcool e tabaco

Os desempregados e os trabalhadores precários e insatisfeitos profissionalmente registam maiores consumos excessivos de álcool, tabaco, medicamentos e drogas, revela um estudo divulgado, esta quarta-feira, e que, pela primeira vez, analisa o consumo de substâncias psicoativas na população laboral.

O estudo, feito no âmbito do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral 2012, introduz pela primeira vez à análise dos dados a questão dos consumos na população laboral e conclui que o consumo destas substâncias é maior entre esta população laboral quando comparada com a população geral.

A investigação, promovida pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e das Dependências (SICAD), analisou o consumo diário de tabaco, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de medicamentos no último mês e o uso de substâncias ilícitas no último ano.

O consumo de bebidas alcoólicas atingia os 53,2% da população laboral (50,3% na população geral) e o de tabaco situava-se nos 30 por cento (26,3% na população geral).

O estudo, que tem uma amostra de 6.817 entrevistas validadas no continente, Açores e Madeira, e inclui na população laboral os desempregados, revela consumos superiores de álcool (22,9% entre os homens contra 20,7 nos empregados), tabaco (53,3% entre os homens contra 33,8% nos empregados).

Também entre os trabalhadores a tempo parcial, a prevalência destes dois consumos é superior à dos trabalhadores a tempo inteiro.

Fonte: jn.pt

Os escravos do crack, os últimos do Brasil

Vivemos uma crise nesta época, isso porque está em crise a vida, seus valores, as relações e as pessoas. Triunfam em várias partes os pensamentos fracos, o relativismo intelectual e moral, o consumismo, o hedonismo com a busca da felicidade a qualquer preço. Corre-se o risco de se reduzir a coisas, objetos descartáveis comprados, idolatrados e logo esquecidos. O progresso nos abriu a possibilidade maravilhosa de uma comunicação global e de fazer do mundo uma casa comum. Mas é sempre mais difícil dialogar com os filhos, entre marido e mulher, entre papai e mamãe, vizinhos de casa, colegas de trabalho e de escola, Igrejas e tradições religiosas diferentes. Somos frequentemente ilhas que se comunicariam, mas nos sentimos sempre mais sós e perdidos no anonimato; mesmo a comunicação com Deus se torna difícil” (Do inferno, um grito de amor. Entre os escravos do crack).

Neste diagnóstico da humanidade aparece o drama do nosso tempo, que para alguns se tornou um verdadeiro inferno na Terra. O drama das drogas. Esta análise vem de um livro que retrata a história do padre Renato Chiera, sacerdote, que há 36 anos anda pelas ruas do Brasil entre os últimos, os esqueletos ambulantes à procura de sua dose diária de esquecimento: o crack, talvez a pior droga do mundo. Cruel porque imediata e ao mesmo tempo de efeito rápido, cria uma dependência quase instantânea, é feita com a cocaína e restos de qualquer coisa, até mesmo cal. Provoca danos inacreditáveis também nos pulmões e no coração.

É uma droga sem fascínio, dos “perdedores”. Neste inferno da “cracolândia” no Rio de Janeiro, o padre Renato lembra um grito desesperado: “‘Dê-nos Deus e Sua Palavra, ou não seremos capazes de sair daqui’. Nunca tinha ouvido um pedido de ajuda assim claro e forte em 47 anos de sacerdócio. Fez-me pensar muito: de qual Deus precisa este mundo, tão desesperado de consolar-se consumindo drogas até morrer? Hoje se vendem muitas faces de Deus, de formas diferentes umas das outras. O homem nestes tempos precisa nem tanto de mestres, mas de samaritanos que se inclinam sobre as feridas da humanidade que quer sentir-se amada por um Deus pai e mãe, misericórdia infinita, que não condena, mas quer somente salvar. O mundo está ferido e precisa se sentir filho: somente assim conseguirá também escutar e aceitar valores propostos pela Igreja”. Vem à mente os ensinamentos constantes do Papa Francisco, que insiste na necessidade de gesto, carícia, abraço, sorriso, realizado por todos nós, por cada um de nós. Imagina de quanto amor necessitam os homens e as mulheres que padre Roberto encontra no seu caminho no “mundo da noite”, nas ruas. 

E é notícia destes dias segundo a qual, em sete anos, os mortos causados pelas operações da polícia no Rio chegam a mais de 5.500, mas segundo as ONGs são o triplo. A Unicef adverte que no último mês foram cerca de 3.800 os relatos de violência contra crianças e adolescentes, e que no Brasil são cerca de três milhões de meninos e meninas entre 10 e 17 anos envolvidos no trabalho de menores. Padre Renato Chiera, fundador da “Casa do Menor”, no Rio de Janeiro, há 36 anos está próximo dos “meninos de rua” e disse à Rádio Vaticano, no dia 23 de junho: “a ‘cracolândia’ é o espelho de uma sociedade drogada. Mas o governo não compreende isso, infelizmente. Tem uma visão muito materialista: é um problema social, econômico, mas o enfrentamos como problema de polícia. O governo vê como um problema de segurança pública. Nós buscamos fazer com que o governo entenda que o problema é muito mais sério. Mas o governo não tem condição de chegar na alma, não tem os instrumentos para captar este grito. No Rio, o governo vê o problema da ‘cracolândia’ como um problema de polícia: é um caminho errado, porque estas pessoas que estão nestas periferias da sociedade são já jogadas fora, receberam muita violência. E nós queremos salvá-las fazendo isso com violência? O governo está ocupando as favelas para acabar com o narcotráfico e está fazendo cercos contra os seus filhos, porque eles têm medo. É uma abordagem para a polícia de segurança. As favelas e as ‘cracolândias’ são regiões de guerra, plenas de policiais permanentes que estão nestas áreas onde prenderam os traficantes, mas eles permanecem. Agora, é um momento de tumúlto porque os traficantes estão retornando e estão agredindo os policiais, mais de cem policiais foram assassinados”. Violência chama violência. 

Fonte:http://www.aleteia.org

‘Drogas são maior problema de saúde pública’

Um encontro realizado ontem no Plenarinho da Assembleia Legislativa teve como tema a liberação dos entorpecentes no Brasil. A reunião foi sugerida pelo deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), que propôs em abril, junto ao Instituto Padre Haroldo, um “Manifesto contra a legalização das drogas no Brasil”. Ele também é autor do Projeto de Lei (PL) 7.663/2010, que sugere aumento de pena para traficantes, incentivos às comunidades terapêuticas e internação involuntária, entre outros pontos. O debate teve participação de representantes de entidades ligadas à saúde, à religião, ao Judiciário e de parlamentares.

Segundo Terra, o tema da liberação das drogas só tem sido discutido por quem as usa. “Não adianta só os intelectuais das universidades debaterem o assunto lá da sua torre de marfim. É necessária uma abordagem de quem convive com esses problemas no dia a dia”, afirma. A dependência de drogas, para o deputado federal, é o maior problema de saúde pública e segurança que já houve, e se agrava a cada dia. Um dos motivos citados é o Brasil fazer fronteira com os países que mais produzem cocaína no mundo. “E com a legalização da maconha no Uruguai, tende a piorar, porque não pensem que só a venda de cannabis é afetada com isso, a de outras drogas também”, avisa.

A dependência de entorpecentes, de acordo com o parlamentar, é a maior justificativa para interdições de jovens no País. Além disso, o uso da maconha seria a principal causa de acidentes de trânsito, sendo a segunda o álcool. “As maiores violências domésticas e urbanas são causadas pelo alcoolismo. Imaginem se as outras drogas forem legalizadas?”, questiona. O auxílio-doença, oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é destinado, atualmente, quatro vezes mais a dependentes de crack do que a alcoólatras, conforme Terra. O deputado federal sustenta que não há país no mundo em que algo tenha melhorado após a liberação.

O psiquiatra especialista em pesquisas sobre maconha Sérgio de Paula Ramos esteve presente no encontro e relacionou o marketing utilizado quando o cigarro deixou de ser artesanal e passou a ser industrializado, no início do século passado, ao marketing realizado hoje quanto à cannabis. Naquela época, segundo Ramos, as propagandas diziam que o tabaco fazia bem para a bronquite, relacionava fumar com ser independente e alegava que havia médicos que aprovavam. “Hoje, se diz que a maconha faz bem para algumas doenças, que você deve ter o direito de escolher se quer fumá-la e que alguns médicos recomendam. Ou seja, a estratégia de marketing é a mesma”, revela.

A preocupação do médico é de que, para controlar a epidemia do cigarro, foi preciso um século de campanhas, o que pode ocorrer novamente se a maconha for legalizada. “Maconha é a droga mais lesiva ao cérebro juvenil, ela emburrece, isso está comprovado por pesquisas. Se a ciência mostra quão mal faz a cannabis, por que essa onda liberatória?”, pondera. A questão, para ele, seria econômica, estimulada por empresas que têm expertise em fabricar cigarros.

Conforme Germano Bonow, que foi à reunião representando o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), um dos grandes determinantes na luta contra as drogas é a dificuldade de acesso ao atendimento. A facilitação para se encontrar a maconha também foi citada por ele como algo que aumenta o uso da droga, principalmente por jovens, justamente a faixa etária que é mais predisposta à dependência. O presidente da Associação de Psiquiatria do Estado e da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Carlos Salgado, ressaltou que a consciência entre médicos de que o uso de entorpecentes não deve ser legalizado é consenso. “Nosso desafio é tornar apetecível à sociedade o nosso discurso, como já fizemos com o cigarro”, destaca.

Fonte: Jornal do Comércio