Parar de fumar por oito semanas pode reverter danos às artérias


Parar de fumar por oito semanas pode reverter a lesão endotelial causada pelo tabagismo. É o que sugere estudo apresentado no Congresso da European Society of Cardiology, nos EUA. No entanto, os resultados mostraram que a serotonina permaneceu elevada, sugerindo que oito semanas de interrupção é insuficiente para reverter o risco de infarto do miocárdio.

"Fumantes têm duas vezes mais probabilidade de ter um ataque cardíaco do que pessoas que nunca fumaram. Parar de fumar é a coisa mais importante que as pessoas podem fazer para reduzir seu risco de doença cardiovascular. Mas, até agora, os estudos não analisaram se o aumento do risco causado pelo tabagismo é completamente revertido após parar de fumar", afirma o pesquisador principal Yasuaki Dohi.

A equipe investigou a forma como o sistema vascular é alterado pelo fumo e se as mudanças podem ser normalizadas por meio da abstinência. Eles se concentraram sobre os efeitos do tabagismo e da cessação do tabagismo na função endotelial arterial e na concentração de serotonina circulante.

Tanto a disfunção endotelial quanto a serotonina contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose. Serotonina liberada a partir de plaquetas induz a agregação de plaquetas, o que inicia a coagulação do sangue e as contrações em artérias, em especial aquelas com endotélio danificado.

A fumaça de cigarros contém moléculas tóxicas, incluindo nicotina, monóxido de carbono e cianeto de hidrogênio que pode causar e promover aterosclerose via disfunção endotelial e aumento da atividade de coagulação do sangue.

O estudo incluiu 27 fumantes aparentemente saudáveis do sexo masculinos e 21 não fumantes. A função endotelial foi avaliada por meio da tonometria arterial periférica (PAT).

Fumantes que alcançaram a cessação completa do tabagismo tiveram um aumento significativo da proporção PAT, mas os níveis de serotonina não foram alterados significativamente. "Isto indica que a função endotelial melhorou após oito semanas de cessação do tabagismo, mas os níveis de serotonina se mantiveram em níveis perigosamente altos", observa Dohi.

De acordo com os pesquisadores, após 8 semanas sem fumar, a função endotelial melhorou, mas a serotonina manteve-se elevada, sugerindo que os pacientes ainda estão em maior risco de doença cardiovascular. "Mais estudos são necessários para ver se a parar de fumar a longo prazo pode inverter completamente os danos causados pelo tabagismo", concluem os pesquisadores.


Fonte: Saúde.net

A ritalina e os riscos de um "genocídio do futuro


Para uns, ela é uma droga perversa. Para outros, a "tábua de salvação". Trata-se da ritalina, o metilfenidato, da família das anfetaminas, prescrita para adultos e crianças portadores de transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Teria o objetivo de melhorar a concentração, diminuir o cansaço e acumular mais informação em menos tempo. Esse fármaco desapareceu das prateleiras brasileiras há poucos meses (e já começou a voltar), trazendo instabilidade principalmente aos pais, pela incerteza do consumo pelos filhos. Ocorre que essa droga pode trazer dependência química, pois tem o mesmo mecanismo de ação da cocaína, sendo classificada pela Drug Enforcement Administration como um narcótico.

No caso de consumo pela criança, que tem seu organismo ainda em fase de formação, a ritalina vem sendo indicada de maneira indiscriminada, sem o devido rigor no diagnóstico. Tanto que, no momento, o país se desponta na segunda posição mundial de consumo da droga, figurando apenas atrás dos Estados Unidos.

Como acontece com boa parte dos medicamentos da família das anfetaminas, a ritalina "chafurda" a ilegalidade, com jovens procurando a euforia química e o emagrecimento sem dispor de receita médica. Fala-se muito que, se não fizer o tratamento com a ritalina, o paciente se tornará um delinquente.

"Mas nenhum dado permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona", critica a pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. “A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro. Mais vale a orientação familiar”, encoraja a pediatra, que concedeu entrevista, ao Portal Unicamp.

Segundo a pediatra, a ritalina aumenta a concentração de dopaminas (neurotransmissor associado ao prazer) nas sinapses, mas não em níveis fisiológicos. "É certo que os prazeres da vida também fazem elevar um pouco a dopamina, porém durante um pequeno período de tempo. Contudo, o metilfenidato aumenta muito mais. Assim, os prazeres da vida não conseguem competir com essa elevação. A única coisa que dá prazer, que acalma, é mais um outro comprimido de metilfenidato, de anfetamina. Esse é o mecanismo clássico da dependência química. É também o que faz a cocaína", explica a médica.

Entre os sintomas da droga apontados por Cida Moysés, a lista é enorme. Se a criança já desenvolveu dependência química, ela pode enfrentar a crise de abstinência, surtos de insônia, sonolência, piora na atenção e na cognição, além de surtos psicóticos, alucinações e correm o risco de cometer até o suicídio.

"São dados registrados no Food and Drug Administration (FDA). São relatos espontâneos feitos por médicos. Não é algo desprezível. Além disso, aparecem outros sintomas como cefaleia, tontura e efeito zombie like, em que a pessoa fica quimicamente contida em si mesma. Verificando tudo isso, a relação de custo-benefício não vale a pena. Não indico metilfenidato para as crianças. Se não indico para um neto, uma criança da família, não indico para uma outra criança", finalizou.



Fonte: Portal Unicamp

Mais de 500 pessoas morrem diariamente por causa do tabagismo


Nesta quinta-feira é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o fumo é uma das principais causas de morte evitável no mundo. No Brasil, 552 pessoas morrem todos os dias por doenças ligadas ao tabagismo.

O cardiologista Marcel Coloma, da Socerj (Sociedade de cardiologia do Rio de Janeiro),  explica que o cigarro provoca lesão direta na paraede dos vasos, que podem entupir, aumentando a probabilidade de infarto do coração e consequentemente a morte.

"Quem fuma aumenta em dez vezes o risco de morte súbita em relação ao não fumante. Além disso, o tabagismo aumenta o colesterol total, o colesterol "ruim" (LDL) e os triglicerídeos, além de reduzir o colesterol "bom" (HDL)", explica.

A parcela da população brasileira acima de 18 anos que fuma caiu 20% nos últimos seis anos, de acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde. Atualmente 12% da população brasileira fuma, enquanto que em 2006 o índice era de 15%.

A bancaria Andrea Silva, de 36 anos, fumou 12 anos e há seis anos deixou de fumar por conta de uma promessa, mas admite que até hoje sente falta do cigarro.

"Minha filha estava doente e eu prometi que iria parar de fumar. Até hoje não coloquei nenhum cigarro na boca, mas é muito difícil. No começo eu até parei de tomar café para evitar a vontade e comia muito chocolate, mas hoje eu sei que é o melhor para a minha saúde", disse Andrea Silva.

O governo brasileiro tomou algumas atitudes para diminuir o consumo do cigarro, como o aumento do produto, a restrição do fumo em ambientes fechados e a proibição de propagandas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu que a partir do dia 14 de setembro deste ano, será proibida a produção do produto com sabor ou aroma – cigarros com sabores de mentol, cravo, canela, chocolate, baunilia, morango e conhaque deverão sair do mercado.

Para o cardiologista, a retirada destes cigarros do mercado facilitará que o jovem não comece a fumar. "O gosto do cigarro puro é muito ruim. A fim de atrair os fumantes, especialmente os jovens que estão iniciando a prática de fumar, a indústria do tabaco acrescenta os chamados aditivos que melhoram  o gosto do produto e consequentemente estimulam o consumo".

Narguilé

A campanha do Dia do Combate ao Fumo de 2013 tem como objetivo informar jovens e adultos dos riscos de fumar narguilé — cachimbo de origem oriental que vem se popularizando no Brasil e no mundo.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), embora o narguilé tenha um filho d’ água, o que pode dar a impressão de ser menos agressivo que outros produtos de tabaco, ele pode causar a longo prazo câncer de pulmão, boca, bexiga e doenças respiratórias.

O cardiologista aponta que apesar do narguilé ser uma atividade muito atrativa para jovens, ele é tão perigoso quanto o cigarro. "Os adeptos do narguilé, ao compartilhar o fumo durante uma hora, estão expostos aos problemas causados por mais ou menos o equivalente a 100 cigarros, o que pode representar até 10 litros de fumaça consumidos", completa.

Além das possíveis doenças vindas do tabaco, o narguilé compartilhado entre outros usuários, pode transmitir herpes, hepatite C, tuberculose e outras doenças de boca.


Fonte: R7.com

Parcela de fumantes cai 20% em seis anos no Brasil, mostra pesquisa


A parcela da população brasileira acima de 18 anos que fuma caiu 20% nos últimos seis anos, de acordo com dados do Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde. A pesquisa aponta que 12% da população brasileira fuma, enquanto que em 2006 o índice era de 15%.

Apesar da queda, a frequência maior permanece entre os homens: o número passou de 19% (2006) para 15% (2012). Entre as mulheres o índice caiu de 12% (2006) para 9% (2012). Nesta quinta-feira, foi comemorado no país o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

A frequência de fumantes passivos nos domicílios passou de 12% para 10% em 2012, conforme a pesquisa. Também houve diminuição de fumantes passivos no local de trabalho. O índice passou de 12% para 10%.

Em relação ao número de adultos fumantes por cidade, o levantamento mostra que a capital com a maior concentração é Porto Alegre (RS) com 18%, que também detém a maior proporção de pessoas que fumam 20 cigarros ou mais por dia (7%). Já a capital com o menor índice é Salvador (BA), onde 6% da população adulta diz ser fumante.

A pesquisa mostrou, também, que o hábito de fumar é maior entre pessoas com até oito anos de escolaridade (16%), quase o dobro da frequência observada entre as pessoas mais escolarizadas (12 anos ou mais), que é de 9%. O Vigitel monitorou 45,4 mil adultos residentes em domicílios com telefone fixo em todas as capitais do país.

Fonte: UOL

Pesquisa mostra que maconha é a droga ilícita mais usada no mundo


Um amplo estudo sobre o uso de drogas ilícitas, publicado na última quinta-feira no periódico The Lancet, mostrou que a maconha é a droga mais usada no mundo, embora as anfetaminas, como o ecstasy, sejam as maiores causadoras de dependência.

A pesquisa apontou também a heroína como maior causadora de óbitos, trazendo as consequências mais sérias para a saúde em escala mundial. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico The Lancet e foi realizada pela Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.

Entre os resultados apresentados se comprovou que a maconha é a droga mais usada no mundo, embora as anfetaminas, como o ecstasy, sejam as maiores causadoras de dependência. A pesquisa apontou também a heroína como maior causadora de óbitos.

Das 78.000 mortes atribuídas ao uso de drogas no ano de 2010, mais da metade (55%) está relacionada aos opiáceos (substâncias derivadas do ópio, narcótico extraído de papoulas), como a heroína. O documento destaca ainda o fato de que a dependência de drogas injetáveis constitui um fator muito importante de exposição e infecção pelos vírus da aids e da hepatite — em decorrência do compartilhamento de seringas e outros materiais.

Embora a maconha seja o entorpecente de maior consumo no mundo, ela apresenta um impacto sobre a saúde menor do que outras drogas, particularmente porque está relacionada a um menor índice de dependência: 13 milhões de pessoas, contra 17,2 milhões de dependentes de anfetaminas e 15,5 milhões de opiáceos.

As consequências para a saúde causadas pelos quatro tipos de drogas estudados — maconha, cocaína, opiáceos e anfetaminas — aumentaram 50% no mundo entre 1990 e 2010, particularmente devido ao aumento do número de consumidores. O estudo relata que os maiores níveis de dependência de cocaína foram encontrados nas Américas.

Drogas lícitas – O estudo afirma que o álcool e o tabagismo são responsáveis por quase 10% da mortalidade total, contra 1% das drogas ilícitas.

É preciso, no entanto, levar em conta que o número de pessoas dependentes de drogas é muito inferior ao de dependentes de álcool e tabaco, por isso eles têm um efeito mais devastador. "É evidente que a utilização de drogas ilegais provoca mais danos em nível individual que as drogas lícitas", escrevem os autores do estudo, liderado por Louisa Degenhardt, pesquisadora da Universidade de Nova Gales do Sul.


Fonte: Jornal Paraíba

Cigarros eletrônicos podem trazer mais danos à saúde que parece


Um gesto simples que pode aliviar a vontade de fumar, mas os cigarros eletrônicos não são tão inofensivos quanto os fabricantes dizem, é o que pelo menos aponta uma pesquisa encomendada por uma revista francesa especializada em consumo, que mostrou os riscos do deste tipo de cigarro.

Cerca de uma dúzia de modelos descartáveis e recarregáveis foram testados e os resultados surpreenderam os pesquisadores. Os técnicos descobriram erros nas tabelas de dosagens, além da presença de substâncias consideradas cancerígenas e a falta de dispositivo de segurança para evitar os contatos com as crianças.

A publicação chamou a atenção dos órgãos de saúde e também dos consumidores. Na França, cerca de 1 milhão de pessoas consumem o cigarro eletrônico. No Brasil, a comercialização deste produto é proibida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009.


Fonte: AFP

Um a cada três homens de 18 a 24 anos abusa do álcool no país, diz pesquisa


Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostra que 32% dos homens e 14% das mulheres entre 18 e 24 anos, com mais de oito anos de estudo, estão consumindo álcool de forma abusiva.

Os dados fazem parte da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) que apresenta indicadores da saúde do brasileiro, como excesso de peso e obesidade, alimentação, sedentarismo e consumo de álcool.

É considerado consumo abusivo cinco doses ou mais de bebidas alcoólicas para homens e quatro ou mais doses para as mulheres. Homens continuam a beber mais. Durante a pesquisa, ficou claro que as pessoas que mais estudaram (cerca de 12 anos) consomem mais e dirigem: 11,7% dos entrevistados assumiram que beberam e dirigiram, sendo  19% homens, um em cada, e 6% de mulheres.

"Impactos a curto prazo aparecem no trânsito e na violência, como o aumento de homicídios por causas fúteis. Todos sabem que o álcool tem efeito potencializador nesses casos", afirmou o secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, durante a divulgação da pesquisa, nesta terça-feira (27), em Brasília.

O secretário comenta que o consumo excessivo é algo que só preocupará a pessoa lá na frente, quando surgir uma doença. "São necessárias ações de empresas, escolas, profissionais de saúde e família para que haja redução de consumo abusivo".

"Chamo a atenção para a importância da Lei Seca, não temos dados para comparação, mas é muito provável que a menor proporção apontada, em Recife e Rio de Janeiro, sejam reflexo das operações da polícia que estas cidades têm feito. São impactos decisivos para que as pessoas não bebam e dirijam", lembra o ministro da saúde, Alexandre Padilha, também presente ao evento.


Fonte: UOL

Estudo mostra que cocaína muda estrutura do cérebro em duas horas


Uma pesquisa feita por cientistas nos Estados Unidos revelou que consumir cocaína pode mudar a estrutura do cérebro em poucas horas.

Os estudiosos da Universidade da Califórnia fizeram experimentos com camundongos, que receberam injeções com cocaína.

Eles constataram que, apenas duas horas após receber a primeira dose, as cobaias já haviam desenvolvido no cérebro novas estruturas que são ligadas à memória, ao uso de drogas e a mudanças de comportamento.

Os camundongos que tiveram as maiores alterações no cérebro revelaram ter uma dependência mais elevada de cocaína, mostrando que, segundo especialistas, o cérebro deles estava "aprendendo o vício".

A pesquisa foi divulgada na publicação científica "Nature Neuroscience".

Caçador de cocaína

Os cientistas investigaram nas cobaias o surgimento de pequenas estruturas nas células do cérebro chamadas espinhas dendríticas, que têm relação profunda com a formação das memórias.

Um microscópio a laser foi usado para olhar dentro do cérebro dos camundongos, ainda vivos, para procurar por espinhas dendríticas após eles receberem doses de cocaína. A mesma análise foi feita em camundongos que, em vez de injeções com cocaína, receberam injeções com água.

O grupo que recebeu cocaína apresentou uma maior formação de espinhas dendríticas, o que indica que mais memórias, relacionadas ao uso da droga, foram formadas.

A pesquisadora Linda Wilbrecht, professora assistente de psicologia e neurociência da Universidade da Califórnia na cidade de Berkeley, disse: "Nossas imagens fornecem sinais claros de que a cocaína induz ganhos rápidos de novas espinhas, e quanto mais espinhas os camundongos ganham, mais eles mostram que 'aprenderam' (o vício) sobre a droga".

"Isso nos mostra um possível mecanismo ligando o consumo de drogas à busca por mais drogas."

"Essas mudanças provocadas pela droga no cérebro podem explicar como sinais relacionados à droga dominam o processo de tomada de decisões em um usuário humano".

O pesquisador Gerome Breen, do Insituto de Psiquiatria do King's College de Londres, ressaltou que "o desenvolvimento da espinhas dendríticas é particularmente importante no aprendizado e na memória".

"Este estudo nos dá um entendimento sólido de como o vício ocorre - ele mosta como a dependência é aprendida pelo cérebro."

Fonte:BBCBrasil.com

29 de agosto - Dia Nacional do Combate ao Fumo - O que é narguilé?


O narguilé, também é conhecido como cachimbo d' água ou shisha ou Hookah - é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Por utilizar mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. Mas, na verdade, seu uso é mais prejudicial do que o de cigarros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros.

Estudos associam o uso de narguilé ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal (da gengiva) e com o baixo peso ao nascer, além de expor seus usuários a de nicotina em concentração que causa dependência. Após 45 minutos de sessão, o narguilé aumenta os batimentos cardíacos e a concentração de monóxido de carbono expirado.. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. Em longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana. Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: compartilhar o bocal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

Dados da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETab) - realizada em 2008 pelo IBGE em parceria com o INCA, - apontaram que o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300 mil consumidores no país. Vale destacar que o narguilé tem uma característica peculiar: um único cachimbo pode ser usado por várias pessoas simultaneamente. Isso reforça o aspecto da socialização, algo muito atraente especialmente para os jovens.

Informações da pesquisa Vigescola evidenciaram a alta prevalência do consumo do narguilé entre escolares de 13 a 15 anos em 2009. Em São Paulo (SP), 93,3% dos entrevistados que consumiam outros produtos de tabaco fumado, além do cigarro industrializado, declararam usar o narguilé com maior frequência. Em Campo Grande (MS), 87,3% dos estudantes ouvidos disseram preferir o cachimbo oriental. Já em Vitória, o percentual ficou em 66,6%.

O mesmo panorama foi constatado pela pesquisa Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil (PETuni) do Ministério da Saúde entre universitários de alguns cursos da área da saúde: em Brasília (DF) e São Paulo (SP), em 2011, dos estudantes que declararam consumir com frequência algum outro tipo de produto derivado do tabaco, de 60% a 80%, respectivamente, fizeram uso do narguilé.

Fonte:INCA - Instituto Nacional de Câncer

Cigarro pode afetar o desempenho no ambiente de trabalho


Fumar não faz bem à saúde. A constatação é um senso comum, mas alguns dados vêm provocando novos questionamentos sobre a maior intensidade do perigo que o tabaco traz à saúde, chamando a atenção, também, no ambiente de trabalho. Recentemente, a revista Tobacco Control, do grupo do British Medical Journal (BMJ), divulgou uma pesquisa da Universidade do Estado de Ohio, que afirma que um fumante custa, em média, quase US$ 6 mil a mais por ano nas empresas, comparado a quem não fuma. O valor foi calculado em cima dos motivos pelos quais se justifica o alto custo: o absenteísmo dos trabalhadores em função de consultas médicas diante de doenças, perda de produtividade nas tarefas habituais e as inúmeras pausas para fumar durante a jornada diária.

A nicotina é apenas uma das cinco mil substâncias presentes no cigarro e provoca não só a dependência química, fazendo com que o fumante tenha necessidade orgânica de fumar, como uma dependência psicológica, quando o fumante usa o cigarro para provocar sensações de tranquilidade ou de êxtase. No ambiente corporativo, essas características ficam mais evidentes.

— O profissional fuma em uma quantidade maior no ambiente de trabalho, quando comparado com quem fuma apenas fora. É visível a maior chance de adoecer e de se ausentar, com consequências negativas sobre a sua produtividade — comenta a pneumologista Beatriz Gehm Moraes.

Segundo a especialista, as pessoas que fumam durante o trabalho estão se expondo e comprometendo também a saúde dos colegas pela ação da fumaça. No Brasil, a pesquisa Vigitel 2011 do Ministério da Saúde mostra que, entre os fatores de risco para doenças crônicas, mais de 12% são representados por fumantes passivos nas empresas.

— Os colegas do fumante, expostos à poluição tabágica ambiental (PTA), apresentam um aumento da incidência de doenças relacionadas ao tabaco, como bronquite crônica, enfisema e câncer de pulmão, além de aumentar os custos com as licenças para tratamento de saúde, absenteísmo e queda na produção — alerta.

Ambientes livres de tabaco

O tabagismo é uma doença crônica reconhecida, com tratamento bem estabelecido através da abordagem cognitiva, comportamental e farmacológica. No ambiente de trabalho, o ideal é que haja promoção de campanhas de conscientização e prevenção do tabaco, além do desenvolvimento de programas de saúde para encorajar os empregados a cessar o vício.

— Inicialmente, deve-se avaliar o grau de dependência química à nicotina e o nível de motivação em que se encontra o paciente, traçando um plano terapêutico associado, se necessário, aos medicamentos. Incluir a discussão sobre o tabagismo nos programas de saúde e segurança do trabalho e implantar um ambiente livre de tabaco na empresa também são alternativas efetivas — afirma Beatriz.

Os locais sem a presença do cigarro, como cita a pneumologista, seriam a fase final para quem está acostumado a utilizar fumódromos no trabalho.

— O fumódromo só é aceitável no período de transição, antes da implantação do ambiente livre de tabaco, para preparar gradativamente as pessoas. Quando se aplica essa medida, a prevalência do tabagismo cai em média 10% e os fumantes reduzem o consumo em torno de 20% — observa.

Fonte:Diário Catarinense

Fumo deve ser combatido diariamente e não só em um dia


O dia 29 de agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. É importante fazer algumas reflexões sobre os efeitos dessa substância na vida da população. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), todos os anos quase 15 mil pessoas desenvolvem o câncer de boca e cerca de cinco mil pessoas morrem dessa doença. O cigarro é um dos principais causadores do câncer de boca. E, por isso, o fumo deve ser combatido diariamente e não apenas em um dia do ano.

Atualmente, o alerta mais importante que é preciso fazer para um fumante, ex-fumante ou até fumante passivo é sobre a importância da prevenção do câncer de boca. A cada seis meses, é preciso que este paciente seja examinado por um dentista para fazer o exame preventivo de boca. Somente com um diagnóstico precoce há mais chances de cura. É preciso lembrar que as chances de o câncer voltar em fumantes que tiveram a doença e não pararam de fumar são seis vezes mais do que no caso daqueles que conseguiram abandonar o vício. E ainda: se o fumante com câncer não larga o vício do cigarro, ele responde de maneira menos favorável ao tratamento.

Os efeitos colaterais da radioterapia e da quimioterapia são muito mais graves e a qualidade de vida é reduzida. Porém, estudos mostram que 30% dos fumantes com câncer insistem em continuar com o vício. Os familiares que são fumantes também não se sensibilizam com números. Mesmo os que se sensibilizam, muitas vezes, não encontram forças para deixar de fumar. Isso porque, na maioria dos casos, consideram simplesmente que podem deixar de fumar na hora que quiserem e não procuram ajuda especializada. Assim, vão protelando a decisão de abandonar o vício.

Essas pessoas continuam fumando não porque querem, mas simplesmente porque não conseguem deixar o vício. Pelo menos é o que aponta vários estudos feitos em todo o mundo. A dificuldade de parar de fumar envolve muitos fatores. Existem inúmeras formas de auxiliar o tratamento feito com remédios. Entre elas, a reposição de nicotina — que tem a função de fazer com que o organismo não sinta falta dessa substância de uma maneira drástica. Essa reposição é feita com o uso de adesivos na pele ou com chicletes. Os especialistas afirmam que a ajuda profissional é fundamental nessas situações. Não adianta apenas parar de fumar de forma abrupta ou gradual. Na maioria dos casos, não dá certo apenas desse jeito.

Apesar de estar cientificamente comprovado que parar de fumar é uma das tarefas mais difíceis para os viciados, vários pedidos de indenização são negados pela Justiça brasileira em ações movidas por familiares de ex-fumantes, que morreram com algum tipo de câncer causado pelo cigarro. As ações são movidas contra fabricantes de cigarro, que estão levando a melhor nessa batalha judicial. A Justiça tem entendido que a pessoa tem o livre arbítrio para começar e parar de fumar a hora que quiser. E mais: que as empresas que produzem cigarro exercem uma atividade lícita no país.

O poder público muito tem feito nos últimos anos para contribuir para as pessoas nem começarem a fumar. A proibição das propagandas de cigarro, por exemplo, foi uma medida acertada. As propagandas, ainda que não influenciassem gerações como já se alegou, passavam situações em que os fumantes eram tidos como pessoas saudáveis. E basta ler um pouco que o cenário montado por fabricantes nas propagandas é facilmente desmontado. Mas, apesar do que já foi realizado, principalmente pelo governo, para tentar conter o número de fumantes, muito ainda deve ser feito. As medidas contra o fumo devem ser cada vez mais duras. Com isso, além de o governo ter menos gastos na área da saúde, provocados por males causados pelo cigarro, a população vai ser mais saudável. 

Arlindo Aburad é dentista, doutor em Patologia Bucal pela USP e patologista do Hospital do Câncer de Mato Grosso

Fonte:Expresso MT

Depressão, álcool e drogas: a "maldição" da Disney


Têm contas bancárias chorudas, dão entrevistas pelo mundo, são idolatrados por milhões e têm uma agenda ocupada, quando as crianças da mesma idade brincam às escondidas, aos carros e com bonecas. Numa altura em que o ator Lee Thompson Young se suicidou no seu apartamento, com 29 anos, é inevitável dizê-lo: algumas das maiores estrelas que se estrearam em formatos da Disney e que conheceram o mundo da fama desde cedo, viram a sua vida complicar-se mais tarde, numa tendência que os media já tratam por "Maldição da Disney".

Miley Cyrus, um dos maiores fenómenos da Disney, através da série que protagonizou entre 2006 e 2011, "Hannah Montana", tem sido uma das vozes mais ativas sobre este tema. A cantora e atriz, que modificou o visual e a sua música desde o fim da série, para se distanciar dela, frisou recentemente: "Eles tentam fazer com que tu não cresças, mas não se pode fazer isso a pessoas reais, normais". Cyrus tem sido criticada nos últimos dois anos, depois de terem sido publicados vídeos da jovem (ainda menor) a beber álcool e a fumar alucinogénios.

Quem também tem estado sob o escrutínio público desde que ficou conhecida, ao protagonizar vários filmes da Disney, é Lindsay Lohan. A problemática atriz e cantora de 27 anos tem vivido um autêntico entra-e-sai de clínicas de reabilitação pela sua dependência de álcool e drogas nos últimos anos. Já esteve presa duas vezes e foi acusada outras tantas de roubar artigos de lojas.

Demi Lovato, outra estrela nascida nos filmes Disney e atual jurada do concurso "X Factor", também passou por um mau período em 2011, altura em que confessou automutilar-se, consumir drogas e álcool, ter distúrbios alimentares e comportamentos agressivos com outros. Depois de um internamento numa clínica de reabilitação, a atriz e cantora tem estado afastada de polémicas.

Um dos primeiros casos da "maldição" da Disney retoma a 2007. Britney Spears, que o mundo conheceu em 1999 com o "Baby One More Time", era já uma cara familiar para alguns, por ter participado em criança num formato de música e dança da Disney. Aos 26 anos, a cantora monopolizou manchetes ao atravessar um esgotamento em praça pública, dando entrada em clínicas de reabilitação por dependência de álcool e drogas, agredindo "paparazzi", rapando o cabelo ou perdendo a custódia dos filhos, entretanto recuperada.

Fonte:Jornal de Notícias

Identificados fatores genéticos comuns ao alcoolismo e ao transtorno alimentar


Pesquisadores descobriram que fatores genéticos comuns parecem ser a base para o alcoolismo

Pessoas com dependência de álcool podem ser geneticamente mais suscetíveis a certos tipos de transtornos alimentares, e vice-versa, de acordo com estudo de pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA.

Na pesquisa, feita com cerca de 6 mil gêmeos adultos, os pesquisadores descobriram que fatores genéticos comuns parecem ser a base tanto para o alcoolismo quanto para certos sintomas de transtorno alimentar.

De acordo com os pesquisadores, os genes parecem explicar de 38 a 53% do risco de desenvolver estas doenças. "Isso reforça a ideia de que existem fatores genéticos comuns que contribuem para a dependência de álcool e para sintomas de transtorno alimentar", afirma a pesquisadora Melissa Munn-Chernoff.

Estudos anteriores haviam demonstrado que as mulheres que comem por compulsão têm taxas acima da média de problemas de uso de álcool. Elas ainda têm taxas mais elevadas do que as mulheres com outros tipos de transtornos alimentares. Mas não estava claro se os genes comuns poderiam ajudar a explicar a ligação.

Para o novo estudo, Munn-Chernoff e seus colegas usaram dados de 5.993 gêmeos australianos, idênticos e fraternos. Os gêmeos idênticos compartilham todos os seus genes, enquanto os gêmeos fraternos dividem cerca de metade, tornando-os mais semelhantes geneticamente do que irmãos não gêmeos.

Dos adultos avaliados, quase um quarto dos homens e 6% das mulheres já tinham sido dependentes de álcool. Quase 11% dos homens e 13% das mulheres já haviam tido um problema com a compulsão alimentar.

Em geral, a susceptibilidade genética pareceu ser a chave nas chances de desenvolver qualquer um dos transtornos. Além do mais, parecia que alguns dos mesmos fatores de risco genéticos que tornam as pessoas suscetíveis ao alcoolismo também as tornaram vulneráveis à compulsão alimentar.

Não está claro exatamente quais genes estão envolvidos. Por enquanto, os resultados enfatizam que a dependência de álcool e estes sintomas de transtorno alimentar compartilham algumas raízes comuns. "Nós precisamos estar cientes de que esses problemas podem ocorrer juntos, em ambos os homens e mulheres. Assim, quando os provedores de saúde virem alguém com um problema com a bebida, eles podem querer perguntar sobre sintomas de compulsão, ou vice-versa, algo que, neste momento, não é feito rotineiramente", destaca Munn-Chernoff.

Fonte:R7

Cardiologistas lançam campanha de alerta sobre riscos para fumantes passivos


A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) promove, na próxima semana, em sua página na internet, campanha de alerta para os riscos do tabagismo, com ênfase no fumante passivo. Na quinta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, a SBC divulgará, em sua página de Prevenção, uma série de ações voltadas para crianças e adolescentes, chamando a atenção para o problema.

O objetivo da campanha é ratificar o que a entidade vem fazendo para conscientizar as pessoas da importância de parar de fumar e dos riscos deste hábito para o fumante passivo, sobretudo crianças e adolescentes, disse à Agência Brasil o diretor  de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado. “Na casa em que os pais fumam, o risco de os filhos fumarem é maior”, alertou Machado.

Segundo o médico, há cerca de três anos, a revista científica New England mostrou que, em uma casa onde há um fumante, os demais moradores têm  31% a mais de risco de sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico, ou seja, um derrame isquêmico, do que uma pessoa que mora em um ambiente livre do tabaco.

Machado advertiu para o agravamento dos problemas gerados pelo fumo, levando em conta o fato de a população brasileira estar envelhecendo e com expectativa de vida maior. “Estima-se que, em 2050, teremos no Brasil perto de 100  milhões de pessoas com mais de 50 anos. Se não houver ações de prevenção de doenças e promoção de saúde agora, teremos uma população de idosos doentes. E não vai ter sistema de saúde – nem público, nem privado – que possa atender a essa demanda, nem se conseguirá pagar essa conta.”

De acordo com o médico, as medidas restritivas que vêm sendo impostas ao hábito de fumar fazem com que a indústria do tabaco volte seu marketing para as crianças e os adolescentes. Machado lembrou que, nos bares e padarias, em geral, os pontos de venda de cigarros ficam situados nos caixas, perto dos locais onde estão as balas e os chocolates, nuito procurados pelo público infantil. Por isso, as campanhas da SBC defendem que os cigarros fiquem escondidos e “não à vista das crianças”.

Pesquisa recente feita pela SBC na cidade de São Paulo com cerca de 3 mil alunos da rede pública de ensino, na faixa de 10 anos a 19 anos, mostrou que 10% deles fumam, influenciados pelo exemplo que têm em casa. “As pessoas, hoje, estão começando a fumar cada vez mais cedo, por causa da pressão da indústria do tabaco”, ressaltou Machado.

O cardiologista alertou que, se o cigarro representa riscos para o fumante passivo adulto, no caso de crianças, o perigo é maior. Por isso, pais e professores não podem fumar na frente das crianças, para as quais são modelo de comportamento. “Porque, senão, eles estão estimulando esse hábito.”

Quando alguém fuma, explicou o médico, inala mais de 4 mil substâncias, das quais as mais conhecidas são a nicotina e o monóxido de carbono. “Isso altera toda a parte imunológica da criança, diminui suas defesas, aumenta os riscos de pneumonia, bronquite, asma, de infecção, de maneira geral." Segundo Machado, o adulto que fuma em casa acaba expondo as crianças e os adolescentes a doenças.

Além de provocar problemas de saúde, o fumo pesa no bolso do consumidor. Machado destaca que uma pessoa que fuma um maço de cigarros por dia, durante dez anos, gasta R$ 9 mil nesse período, “sem perceber”, dinheiro que poderia ter outra destinação. “O fato de ela comprar cigarro vai pesar no bolso dela e, depois, para o governo e os planos de saúde, por causa das complicações lá na frente, como a doença pulmonar obstrutiva crônica. Isso sem contar o risco cardiovascular”, alertou.

Machado lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa, periodicamente, os principais fatores de risco de morte:  hipertensão, sedentarismo e tabagismo. “É um dado extremamente importante e preocupante.”

De acordo com cartilha distribuída pela SBC, os danos causados pelo tabagismo a pessoas que não fumam atingem crianças com menos de 5 anos, em 40% dos casos. A cartilha foi distribuída em locais públicos, como unidades básicas de saúde e escolas, no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, e está disponível no portal da entidade.


Fonte: EBC

Cardiologistas lançam campanha de alerta sobre riscos para fumantes passivos


A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) promove, na próxima semana, em sua página na internet, campanha de alerta para os riscos do tabagismo, com ênfase no fumante passivo. Na quinta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, a SBC divulgará, em sua página de Prevenção, uma série de ações voltadas para crianças e adolescentes, chamando a atenção para o problema.

O objetivo da campanha é ratificar o que a entidade vem fazendo para conscientizar as pessoas da importância de parar de fumar e dos riscos deste hábito para o fumante passivo, sobretudo crianças e adolescentes, disse à Agência Brasil o diretor  de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado. “Na casa em que os pais fumam, o risco de os filhos fumarem é maior”, alertou Machado.

Segundo o médico, há cerca de três anos, a revista científica New England mostrou que, em uma casa onde há um fumante, os demais moradores têm  31% a mais de risco de sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico, ou seja, um derrame isquêmico, do que uma pessoa que mora em um ambiente livre do tabaco.

Machado advertiu para o agravamento dos problemas gerados pelo fumo, levando em conta o fato de a população brasileira estar envelhecendo e com expectativa de vida maior. “Estima-se que, em 2050, teremos no Brasil perto de 100  milhões de pessoas com mais de 50 anos. Se não houver ações de prevenção de doenças e promoção de saúde agora, teremos uma população de idosos doentes. E não vai ter sistema de saúde – nem público, nem privado – que possa atender a essa demanda, nem se conseguirá pagar essa conta.”

De acordo com o médico, as medidas restritivas que vêm sendo impostas ao hábito de fumar fazem com que a indústria do tabaco volte seu marketing para as crianças e os adolescentes. Machado lembrou que, nos bares e padarias, em geral, os pontos de venda de cigarros ficam situados nos caixas, perto dos locais onde estão as balas e os chocolates, nuito procurados pelo público infantil. Por isso, as campanhas da SBC defendem que os cigarros fiquem escondidos e “não à vista das crianças”.

Pesquisa recente feita pela SBC na cidade de São Paulo com cerca de 3 mil alunos da rede pública de ensino, na faixa de 10 anos a 19 anos, mostrou que 10% deles fumam, influenciados pelo exemplo que têm em casa. “As pessoas, hoje, estão começando a fumar cada vez mais cedo, por causa da pressão da indústria do tabaco”, ressaltou Machado.

O cardiologista alertou que, se o cigarro representa riscos para o fumante passivo adulto, no caso de crianças, o perigo é maior. Por isso, pais e professores não podem fumar na frente das crianças, para as quais são modelo de comportamento. “Porque, senão, eles estão estimulando esse hábito.”

Quando alguém fuma, explicou o médico, inala mais de 4 mil substâncias, das quais as mais conhecidas são a nicotina e o monóxido de carbono. “Isso altera toda a parte imunológica da criança, diminui suas defesas, aumenta os riscos de pneumonia, bronquite, asma, de infecção, de maneira geral." Segundo Machado, o adulto que fuma em casa acaba expondo as crianças e os adolescentes a doenças.

Além de provocar problemas de saúde, o fumo pesa no bolso do consumidor. Machado destaca que uma pessoa que fuma um maço de cigarros por dia, durante dez anos, gasta R$ 9 mil nesse período, “sem perceber”, dinheiro que poderia ter outra destinação. “O fato de ela comprar cigarro vai pesar no bolso dela e, depois, para o governo e os planos de saúde, por causa das complicações lá na frente, como a doença pulmonar obstrutiva crônica. Isso sem contar o risco cardiovascular”, alertou.

Machado lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa, periodicamente, os principais fatores de risco de morte:  hipertensão, sedentarismo e tabagismo. “É um dado extremamente importante e preocupante.”

De acordo com cartilha distribuída pela SBC, os danos causados pelo tabagismo a pessoas que não fumam atingem crianças com menos de 5 anos, em 40% dos casos. A cartilha foi distribuída em locais públicos, como unidades básicas de saúde e escolas, no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, e está disponível no portal da entidade.


Fonte: EBC

Discutir dependência química de pacientes oncológicos é desafio para médicos


Desde os anos 1990, o tabaco recebe grande atenção dos oncologistas devido ao seu grande impacto como fator de risco de inúmeros cânceres. Já foi comprovado cientificamente que o tabaco é o principal fator de risco modificável para neoplasias malignas. Recentemente, a mesma atenção tem recebido o álcool. Cânceres de cabeça e pescoço, de esôfago, estômago, fígado, cólon, entre outros, são alguns dos que tem a bebida entre seus fatores de risco. Novos estudos agora colocam o álcool como o segundo fator de risco modificável para as neoplasias malignas.
 
Para o coordenador do Setor de Adultos do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (PROAD), do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo e coordenador do Ambulatório de Dependências do Hospital AC Camargo, Thiago Marques Fidalgo, isso ganha especial importância ao se considerar que diversos estudos têm apontado que a questão do alcoolismo normalmente não é abordada pelo oncologista durante sua avaliação. Uma pesquisa de 2011, encontrou que somente 13% dos pacientes com problemas pelo uso de álcool foram identificados por seus oncologistas e encaminhados para correto acompanhamento. Além disso, nesse mesmo estudo, foi constatado que pacientes com o teste CAGE positivo apresentaram necessidade de doses maiores de opióides ao longo de seu tratamento, aumentando seu tempo de internação e seu número de intercorrências clínicas”, explica. “Discutir a questão do uso de álcool, tabaco e drogas no momento do diagnóstico de câncer também é fundamental para o tratamento subsequente da dependência, pois aumenta a aderência ao tratamento psiquiátrico e consequentemente os índices de sucesso desse tratamento”, completa Fidalgo.           
 
Segundo o psiquiatra, uma metanálise de 2012 (“Alcohol drinking and all cancer mortality”) confirmou os benefícios do beber em pequenas quantidades (menos do que 12,5g de álcool por dia – sendo que uma lata de cerveja apresenta 17g de álcool; enquanto uma taça de vinho apresenta 10g de álcool), mas também reforçou os malefícios do beber em grandes dosagens (mais de 50g por dia), padrão que é apresentado por 29% da população brasileira. “Esses dados são significativos e não podem ser ignorados pelos profissionais. A abordagem do consumo de álcool e tabaco no doente com câncer é hoje parte integrante do tratamento oncológico e os oncologistas devem estar preparados para intervir e encaminhar esses pacientes para tratamento especializado sempre que necessário”, finaliza Thiago Marques Fidalgo.

Fonte:ABEAD

Uso pode levar a dano neurológico e até morte


Embora tenham capacidade menor de viciar os usuários, as drogas sintéticas podem provocar danos neurológicos irreversíveis e até causar a morte após intensa desidratação, seguida de uma falência renal.

De acordo com o farmacologista e professor da UFMG Carlos Tagliati, os usuários do LSD costumam ter o chamado efeito flashback, quando, mesmo anos após o uso, a pessoa volta a sentir os mesmos efeitos de quando fez o uso do alucinógeno.

O ecstasy provoca alucinações, aumenta a sensação de bem estar e a disposição para atividades físicas, como a dança. Além disso, ela potencializa a percepção dos sentidos. Apesar da dependência química ser rara, as pessoas podem ficar mais resistentes com o tempo, precisando de doses mais pesadas para conseguir o efeito, aumentando assim, os prejuízos ao organismo.

O farmacologista afirma que o ecstasy provoca uma grande desidratação, potencializada com o uso de álcool. “As pessoas ficam com muita sede ao usar ecstasy na balada, mas ao invés de beber água, bebem cerveja, o que aumenta a desidratação. Em casos extremos, pode haver falência renal e morte do usuário”. 

Fonte:O Tempo

Vinho tinto barra o efeito dos exercícios físicos


Um é pouco, três é demais. O sábio provérbio popular não erra também nos parâmetros de saúde. Pesquisadores dinamarqueses descobriram que a suplementação de resveratrol — o famoso antioxidante encontrado nas uvas vermelhas e, consequentemente, no vinho tinto — pode neutralizar os benefícios do exercício físico em homens mais velhos.

A pesquisa publicada no Journal of Physiology sugere que uma dieta rica em antioxidantes pode realmente neutralizar muitos dos benefícios de saúde do exercício, incluindo a redução da pressão sanguínea e do colesterol. O resultado é o oposto de estudos com animais, nos quais o resveratrol melhorou os benefícios cardiovasculares das atividades físicas.

Esse antioxidante tem recebido grande atenção como um possível composto antienvelhecimento e é amplamente disponível comercialmente como um suplemento dietético. Segundo o principal autor do estudo, Lasse Gliemann, o que está surgindo é uma visão de que os antioxidantes não são uma solução para tudo e que algum grau de estresse oxidativo pode ser necessário para que o corpo funcione corretamente.

O trabalho de Gliemann sugere que as espécies reativas de oxigênio, geralmente consideradas como causadoras de doenças e envelhecimento, podem ser um sinal necessário que provoca adaptações saudáveis em resposta a estresses biológicos, como exercício físico intenso. O grupo de pesquisa da Universidade de Copenhague convocou 27 homens saudáveis, mas sedentários, com idade em torno de 65 anos.

Durante dois meses, todos os participantes realizaram um treinamento físico intenso com aulas de spinning e crossfit (um tipo de musculação vigorosa e acentuado) semanais. Um grupo, no entanto, recebeu 250mg de resveratrol diariamente, e a outra metade dos participantes, uma pílula placebo, sem princípio ativo.

Como o estudo foi feito duplo-cego, pesquisadores e participantes não tinham conhecimento sobre qual suplemento cada indivíduo tomava.

“Nós descobrimos que o treinamento foi altamente eficaz para melhorar parâmetros de saúde cardiovascular, mas a suplementação de resveratrol atenuou os efeitos positivos do treinamento sobre vários parâmetros, incluindo pressão arterial, concentrações de lipídios plasmáticos e consumo máximo de oxigênio”, relata Gliemann. Esses dados surpreenderam os pesquisadores, já que contradizem em parte com os resultados encontrados em outros trabalhos com animais.

“Nós esperamos ver ganhos no desempenho e na saúde no grupo placebo, já que o treinamento de alta intensidade tem se mostrado altamente eficaz. O que não esperávamos era que o resveratrol teria um menor aumento nos parâmetros de desempenho e saúde", completou.

A hipótese dos cientistas era de que o complemento de resveratrol teria um efeito positivo no treinamento, com base no conhecimento de que o envelhecimento está associado ao aumento da presença de radicais livres (nocivo para as células, quando em excesso) e à diminuição do sistema antioxidante endógena — que é o sistema antioxidante do próprio corpo, combatendo os radicais livres.

“Além disso, os radicais livres são produzidos em excesso, durante uma sessão de exercício. Tomados em conjunto, nossa hipótese era de que ajudar o sistema antioxidante "enfraquecido" no corpo envelhecido iria ajudar o corpo a lidar com o aumento da produção de radicais livres durante o exercício e, assim, melhorar a eficácia de um período de treinamento", explica o médico.

Moderação

Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos em Nutrição do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Daniel Magnoni, na medicina, não é possível apostar em um resultado matemático: quanto mais x e mais y, teremos mais x e mais y. No caso, é preciso considerar uma série de outros fatores.

“Duas coisas independentes são boas, a atividade física e os antioxidantes são bons, mas uma alta carga conjunta dos dois não é boa.”

O que também, segundo ele, não quer dizer que a interação seja ruim, só não é possível implementar um modelo matemático na análise de fatores de risco. “Tomar 50 ou 100mg de vitamina C por dia faz bem. Tomar 3g vai ser maravilhoso? Não, vai sair tudo na urina. Não é uma poupança nem uma média ponderada. Os dois são bons, mas o excesso de um ou de outro não vai ser muito melhor. Tem um limite. Não são modelos matemáticos, são modelos de bom senso", finalizou.


Fonte: Correio Web

Jovens e o uso de medicamentos para disfunção erétil


A disfunção erétil, doença que em geral acomete homens de meia-idade ou idosos, está normalmente associada a problemas psíquicos ou vasculares. Algumas classes de medicamentos também podem afetar a função erétil, entre elas os antipsicóticos, os antidepressivos e os anti-hipertensivos.

O número de afetados é significativo e em 1995 estimou-se um total de 152 milhões de homens acometidos por disfunção erétil. A projeção para 2025 é de que esse número ultrapasse os 330 milhões, sendo que na África, na Ásia e na América do Sul a proporção de afetados deverá aumentar mais do que em outras regiões.

O citrato de sildenafila (Viagra®), aprovado nos Estados Unidos em 1998, foi o primeiro inibidor seletivo da fosfodiesterase tipo V para a farmacoterapia da impotência sexual. Desenvolvido para tratar angina, seu efeito no tratamento da disfunção erétil foi descoberto acidentalmente.

Além dele, conhecido como pílula azul, existem outros dois medicamentos com o mesmo mecanismo de ação: tadalafila (Cialis®) e vardenafila(Levitra®). Esses medicamentos são administrados em dose única e por via oral. O citrato de sildenafila atinge concentração plasmática máxima entre 30 minutos e 2 horas após sua administração. Por isso, aconselha-se tomá-lo uma hora antes da relação sexual.

Atualmente, o consumo desses medicamentos por homens sem diagnóstico de disfunção erétil tem despertado a atenção dos pesquisadores. Dois estudos, um realizado no Brasil e outro na Argentina, demonstraram que 14,7% e 21,5% de jovens entre 18 e 30 anos, respectivamente, já usaram algum tipo de inibidor da fosfodiesterase, sendo que a maioria o fez por curiosidade e sem receita médica. Outro estudo, realizado pela Escola de Farmácia e Bioquímica da Universidade de Maimónides, também da Argentina, e divulgado em uma publicação não cientifica, informa que 30% das pílulas de Viagra® comercializadas no país em 2008 foram consumidas por menores de idade6.

A comercialização clandestina de medicamentos para impotência sexual é comum. Conforme já informado no blog do Cemed, 69% dos medicamentos apreendidos pela Polícia Federal entre 2007 e 2010 eram dessa classe. A venda sem controle especial ou retenção de receita médica desse tipo de medicamento em drogarias e pela internet facilita o uso indiscriminado, inclusive por jovens em início de vida sexual4. Muitas vezes esses jovens desconhecem que o consumo de inibidores seletivos da fosfodiesterase tipo V pode causar efeitos adversos, como hipotensão, rubor e dor de cabeça.

Além dos efeitos adversos, outro aspecto importante são as interações medicamentosas que podem ser observadas no caso do uso de dois ou mais medicamentos. No caso do citrato de sildenafila, por exemplo, pacientes em tratamento com medicamentos que induzem a produção de CYP3A4, enzima responsável pela biotransformação do citrato de sildenafila, podem ter o efeito dos inibidores da fosfodiesterase comprometido (ex.: carbamazepina, rifampicina e barbitúricos).

Em contrapartida, cimetidina, antibióticos macrolídeos, imidazolinas antifúngicas e alguns agentes antivirais inibem a produção dessa enzima, retardando a biotransformação do sildenafila  e aumentando o tempo de ação deste medicamento no organismo. Há também interação com os nitratos orgânicos, medicamentos que possuem ação de relaxamento nos músculos lisos, especialmente na musculatura lisa vascular. Assim, eles não devem ser utilizados concomitantemente ao citrato de sildenafila.

Como qualquer outro fármaco, e dado seu perfil de riscos, os inibidores da fosfodiesterase tipo V devem ser usados com responsabilidade e cautela. Intervenções medicamentosas devem ser adotadas apenas quando necessárias, após avaliação de um profissional da saúde. A busca por um melhor desempenho sexual, principalmente por jovens sem disfunção erétil, tem aumentado o consumo desta classe de medicamentos. 

A equipe do Cemed alerta, principalmente aos jovens, para os riscos de efeitos adversos desses medicamentos, para o uso dos mesmos em associação com o álcool ou outras drogas e fármacos. Destacamos o risco de dependência psíquica e os problemas decorrentes desse fato, comprometendo a qualidade de vida.


Fonte: CEMED-MG

Anvisa flexibiliza restrição a cigarros, mas bane produtos com sabores


Conhecidos aliciadores de fumantes juvenis, os cigarros com sabores característicos, como menta, cravo, canela e chocolate, deixarão de ser produzidos no Brasil a partir do próximo mês. A determinação faz parte da Resolução 14 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora a medida agrade às entidades e especialistas antitabagismo, eles acusam a autarquia de ter cedido à pressão da indústria do fumo ao sugerir uma mudança na norma, elaborada no ano passado e alterada há duas semanas. Originalmente, a resolução previa o banimento, além dos sabores, de outras 145 substâncias. Agora, esses compostos ficarão sob análise durante um ano e, enquanto isso, continuarão a ser permitidos. Depois de 12 meses, a questão será reavaliada. A ata da reunião na qual foi tomada a decisão deve sair nesta semana e, então, a resolução será alterada. O assunto é polêmico também dentro da própria agência, não tendo sido aprovado de forma unânime entre os cinco diretores da autarquia.

O documento original proibia os 145 aditivos porque, segundo parecer da área técnica, se combinados, eles poderiam tornar o cigarro mais palatável. As empresas do tabaco, entretanto, afirmam que essas substâncias são imprescindíveis para a fabricação do cigarro e a diferenciação entre as 160 marcas registradas no país. “Dos 145 aditivos, 81 estão contidos na própria folha de duas das três espécies de fumo cultivadas no Brasil. Portanto, não são elementos estranhos. Se os aditivos forem cortados, 45 mil famílias de pequenos agricultores serão diretamente afetadas, por trabalharem justamente com essas variedades”, afirma Romeu Schneider, secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Mas, de acordo com a presidente da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), Paula Johns, o argumento de que os aditivos são essenciais é equivocado. “Já há cigarros sendo vendidos sem os aditivos. E há, sim, formas de diferenciar as marcas sem levá-los em conta”, afirma Paula Jonhs. A conselheira da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e Drogas (Abead), Sabrina Presman, também rebate o argumento do fumicultor. “Essa história de que é natural, e portanto não faz mal, é uma grande piada. A folha do fumo tem alcatrão, que é uma substância cancerígena. Não é algo, de fato, adicionado pela indústria, mas está na folha e pode causar câncer. A maconha, que também é natural, pode causar câncer e dependência”, diz.

No próximo mês, as empresas devem parar de produzir os cigarros com adição de menta, de cravo e de canela, entre outros. E têm até março do ano que vem para interromper a venda dos produtos. Mas, para os adeptos de algumas marcas, a ausência dos flavorizados será sentida neste ano. A Souza Cruz, por exemplo, já anuncia, em embalangens, a mudança.

Atração 
De acordo com Sabrina, 90% dos fumantes iniciam o hábito de fumar antes dos 19 anos. “Quanto mais precoce o vício, maiores as chances de gerar dependência severa e dificuldades para largar o cigarro. Qualquer forma e tipo de consumo de tabaco faz mal. A verdade é que, embora seja uma droga que mata, é uma droga permitida. As indústrias argumentam que pagam muitos impostos, por isso existe uma pressão muito grande.” Em 2012, segundo dados da Afubra, dos R$ 22,8 bilhões faturados pelo setor, entre consumo interno e exportações, R$ 10,5 bilhões (45,9%) foram revertidos em impostos. 

Fonte: Correio Braziliense

Uma em cada 5 vítimas de acidente de moto usa droga ou álcool


Dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo apontam que um em cada cinco vítimas de acidente de moto na capital paulista havia consumido algum tipo de droga ou álcool antes do acidente: 7,1% consumiram álcool e 14,2% usaram alguma droga ilícita - a cocaína e a maconha são as mais comuns.

Os dados mostram ainda que entre os 7,1% que consumiram álcool antes de dirigir, apenas um estava com a dosagem considerada segura de álcool no sangue: menos de 0,6 g/l. Todos os outros condutores estavam com doses acima de 0,6 g/l - o que é considerado um fator de risco altíssimo para acidentes.

Ao todo, a pesquisa coletou dados de 326 vítimas de acidentes de moto que aconteceram entre fevereiro e maio. Os dados referem-se aos acidentes que aconteceram na zona oeste da capital - região que engloba as duas marginais (do Pinheiros e do Tietê), parte do Corredor Norte-Sul, Avenida Rebouças e outras vias de movimento. Sete morreram no hospital e dez no local do acidente. É nessa região que fica o complexo do HC, referência no atendimento de politraumatizados no trânsito.

Esta foi a primeira vez que os pesquisadores coletaram amostras de saliva dos acidentados e as enviaram para análise em um laboratório nos Estados Unidos, que avaliou a presença de álcool e de mais de 30 tipos de drogas no organismo deles. Também foi a primeira vez que a pesquisa realizou uma perícia técnica no local do acidente (referente a 141 vítimas), para analisar a dinâmica do caso.

"É assustadora a quantidade de álcool entre as vítimas. Também chama a atenção o uso de cocaína como agente estimulante. Isso ajuda a explicar a epidemia de acidentes com motos na cidade", diz a fisiatra Júlia Greve, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pela pesquisa. "Os condutores confirmavam o uso de álcool ou droga, o que demonstra que eles não veem isso como um fator de risco para acidente."

Sem habilitação

Ainda de acordo com a pesquisa, 44% dos acidentados de moto na cidade sofreram lesões graves e politraumatismos, e 23% deles não tinham habilitação para dirigir moto. Apesar de 90% deles estarem usando capacete, só 17,8% estavam com o trio capacete, jaqueta e bota como segurança.

"O fato de 21,3% não terem habilitação é um problema gravíssimo, especialmente considerando o tamanho da frota de motos da cidade O alto consumo de álcool e drogas também surpreende, pois isso interfere diretamente no sistema nervoso central do condutor, comprometendo as funções cognitivas de atenção e concentração", diz o chefe do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Junior.

O professor Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI), diz que, em geral, o motociclista dirige mais com prazer do que com segurança, o que o expõe mais ao risco de acidente. "Eles não acreditam no risco de beber e dirigir e também não têm medo de serem flagrados, já que a fiscalização é precária. O dado sobre uso de drogas é assustador."

Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que a frota de motos na cidade praticamente dobrou nos últimos sete anos: cresceu de 490.754 em 2005 para 962.239 em 2012. No mesmo período, o número de acidentes com motos cresceu 35% e a quantidade de motociclistas mortos aumentou 27%. "A moto é um veículo de transporte rápido e barato. O problema é que nem a cidade nem os condutores estão preparados", diz Júlia.


Fonte: Diário do Litoral

Fumaça do cigarro inibe atividade de genes que protegem o coração e os pulmões


A fumaça do cigarro inibe a atividade de genes que protegem a saúde do coração e dos pulmões e que expõe esses órgãos a danos. É o que mostra estudo de pesquisadores do Pacific Northwest National Laboratory, nos EUA.

A pesquisa indica que esse efeito nocivo é ainda mais pronunciado quando a pessoa desenvolve obesidade. Os resultados ajudam a explicar porque pessoas dependentes em cigarros têm um risco elevado de doenças do coração. De acordo com os pesquisadores, os efeitos podem ser especialmente profundos em pessoas obesas não fumantes que inalam a fumaça do cigarro de forma passiva.

A líder da pesquisa Diana J. Bigelow e seus colegas apontam que o tabagismo ativo duplica o risco de doença cardíaca, enquanto a exposição à fumaça passiva aumenta o risco em cerca de um terço.

Eles iniciaram a pesquisa para ganhar mais informações sobre por que os riscos são particularmente elevados entre as pessoas com obesidade, usando ratos de laboratório alimentados especialmente que são "dublês" para os seres humanos em tais experimentos.

Os resultados mostraram que o fumo ativo e, da mesma forma, o fumo passivo, inibem a atividade dos genes que protegem o coração e os pulmões, e ativam os genes associados com um risco maior de doença cardíaca.

Essas alterações foram mais profundas em ratos obesos do que os ratos com peso normal. "O presente estudo é o primeiro, ao nosso conhecimento, que aborda a resposta do coração in vivo à exposição à fumaça do cigarro em um ambiente de dieta rica em gordura e obesidade, e, portanto, fornece um primeiro passo para identificar a base molecular de respostas adaptativas que podem levar ao aumento do risco de doenças cardíacas em fumantes obesos", concluem os pesqusiadores.


Fonte: Saúde.net

Cigarro está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer


O câncer é uma doença que pode ser evitada, tratada e, principalmente, curada - quanto antes for feito o diagnóstico, maior a chance de cura.

Segundo uma pesquisa feita em abril deste ano, 1,7 milhão de casos de câncer serão detectados no Brasil até 2030 e mais de 1 milhão de mortes ocorrerão anualmente - por isso, é importante tomar alguns cuidados de prevenção, como alertaram o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui e o oncologista Carlos Barrios no Programa Bem Estar da última quarta-feira.

O primeiro alerta vai para o estilo de vida – fumar, por exemplo, é um dos principais fatores de risco e está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer e a 84% das mortes por câncer de pulmão. No entanto, vale lembrar que além do câncer de pulmão, o cigarro também pode aumentar as chances de câncer bucal, laríngeo, faríngeo, esofágico, hepático, pancreático, gástrico, renal, vesical, do colo do útero, intestinal e de mama.

Fora largar o tabagismo, é importante ainda se preocupar com o excesso de peso já que a obesidade está relacionada ao câncer colorretal, renal, da vesícular biliar, de mama e endométrio.

Por isso, manter uma dieta rica em frutas, verduras e fibras e restrita em carnes vermelhas e processadas é um dos fatores essenciais na prevenção. Além disso, é importante manter uma rotina regular de atividade física para manter o peso saudável, fatores associados ao baixo risco de câncer.

Segundo os médicos, vale lembrar a importância de se proteger durante a relação sexual e evitar o compartilhamento de objetos cortantes, como alicates, barbeadores e pinças, hábitos que evitam os vírus HIV e da hepatite C, que podem levar ao câncer.

No caso das mulheres, inclusive, é preciso ter a preocupação com a realização de alguns exames, como a mamografia, que pode rastrear e evitar que o câncer de mama evolua para o óbito, e também com o Papanicolau, que reduz o risco de complicações porque diagnostica precocemente o câncer de útero. O cirurgião Fábio Atui lembra, no entanto, que exames de sangue oculto e colonoscopia também são importantes para evitar que problemas no intestino cheguem a quadros mais graves.

Alguns tratamentos também podem ajudar a prevenir cânceres e complicações causadas por eles, como mostrou a reportagem da Marina Araújo. Por exemplo, a radioterapia consegue impedir que a região do corpo próxima ao tumor seja afetada – segundo o radio-oncologista Robson Ferrigno, esse procedimento aumentou as chances de cura e diminuiu os efeitos colaterais. Porém, no caso da quimioterapia, técnica que utiliza drogas para atacar a célula tumoral, existem alguns efeitos colaterais, como a queda de cabelo, por exemplo.

A reportagem mostrou também a hormonioterapia, que impede que os hormônios cheguem e alimentem o tumor, fazendo com que ele morra “de fome”. De acordo com o oncologista Fernando Maluf, esse tratamento consegue, em 90% dos casos, diminuir a doença de forma significativa e mantê-la controlada em muitos pacientes por anos. Por último, existe a imunoterapia, que aumenta a potência do sistema imunológico do paciente para que ele se defenda melhor contra o câncer.

No entanto, como lembrou o cirurgião Fábio Atui, existem tratamentos que podem prevenir o câncer, como o feito contra a bactéria H. pylori, associada ao câncer gástrico. Por isso, o remédio contra essa bactéria reduz muito o risco da doença nessas regiões do corpo, assim como o tratamento para hepatites, por exemplo.

Porém, no caso da hepatite B, há ainda a opção de vacina – as hepatites virais são as causas primárias do câncer hepático e, por isso, manter-se vacinado é uma maneira de se proteger. O mesmo vale para o HPV, que causa câncer do colo do útero, de vagina, vulva, ânus e pênis – nesse caso, a vacina apresenta ótimos resultados de prevenção e, no Brasil, será ofertada gratuitamente para meninas.


Fonte: Globo.com



A intensificação das blitze da Lei Seca em Belo Horizonte provocou uma mudança de comportamento dos motoristas da capital, que agora procuram maneiras alternativas de voltar para casa após beberem em bares e restaurantes, sem ficar na dependência do transporte público, alvo de críticas. A oferta de serviços como os recentes motoristas de aluguel tem sido cada vez mais frequente. Prova da mudança são os números da fiscalização: enquanto triplicou o número de abordagens policiais, caiu a quantidade de motoristas flagrados descumprindo a lei.

Nos primeiros sete meses deste ano, foram 36 mil abordagens, quase três vezes mais que o mesmo período de 2012, quando foram 13 mil – o crescimento aconteceu principalmente porque as blitze se tornaram diárias. Apesar do aumento das abordagens, houve queda de 4% no número de motoristas infratores – 1.259 contra 1.202.

Como O TEMPO mostrou recentemente, os estabelecimentos buscam sempre alternativas para resgatar os clientes, uma vez que muitos optaram por reunir os amigos em casa ou por sair perto de onde moram. Alguns disponibilizam vans, outros pagam a corrida de táxi. Há ainda aqueles que fecham as portas mais cedo e fazem promoções durante a semana, quando os clientes têm menos disposição para gastar.

 Por iniciativa própria, os motoristas da capital estão agora descobrindo um serviço, ainda em processo de popularização: o motorista de aluguel. O cliente liga e contacta a empresa quando já está no estabelecimento. O motorista dirige o carro dele, que é seguido por um companheiro em uma moto. O cliente é deixado em casa e os prestadores de serviço voltam na moto.

“Os principais argumentos de quem me contrata são a liberdade e a comodidade de ir direto do trabalho para o bar. Ele não precisa deixar o carro na rua e voltar no dia seguinte para buscar”, justifica o motorista Rafael Nunes. Ele garante que a demanda pelo serviço é crescente e que hoje tem uma cartela de clientes que gira em torno de 90 pessoas. “Começamos em março, e agora já estamos tendo dificuldade para atender todo mundo”.

A motorista de aluguel Cristiane Ramos garante que vale a pena pagar um pouco mais que a corrida de táxi. “Não é caro, porque é uma garantia para o cliente de que ele vai voltar para casa em segurança e que não terá o carro roubado na rua”.

O policial militar reformado José Laerte Cunha, 54, é um dos motoristas que mudaram de postura e não misturam álcool e direção. “Quanto mais serviços à disposição de quem bebeu, melhor. É difícil achar um táxi de madrugada”, destaca. 

Fonte:O Tempo

Álcool aumenta risco de desenvolver demência antes dos 65 anos


Adolescentes que bebem excessivamente e consomem drogas têm mais chances de desenvolver demência antes dos 65 anos, concluiu uma pesquisa realizada pela Umea University, da Suécia. 
Segundo o site Daily Mail, os estudiosos examinaram 488 mil jovens recrutas entre 1969 e 1979 e encontraram nove fatores que aumentam as chances de desenvolver doenças degenerativas. Além do consumo de bebidas e álcool, estão ainda, consumo de medicamentos anti-psicóticos, ter um pai que sofre de demência, ter uma função cognitiva baixa, ter pouca altura e pressão arterial sistólica elevada, ter um acidente vascular cerebral enquanto jovem e sofrer de depressão.

"Demência jovem é aquela disgnosticada antes dos 65 anos de idade e tem sido relacionada a mutações genéticas que afetam muitas famílias", comentou o Dr. Peter Nordstrom, responsável pelo estudo.

Segundo ele, os fatores citados acima foram responsáveis por 68% dos casos diagnosticados. Os resultados indicaram ainda que os homens que respondiam a pelo menos dois dos nove fatores de risco tinham 20% mais chance de desenvolverem demência antes dos 65 anos.

Fonte:Terra.com.br

Consumo de álcool e prática de atividade física são incompatíveis


Médica lista uma série de motivos para que os esportistas evitem as bebidas alcoólicas no mínimo 72 horas antes de fazer os exercícios
Consumo de álcool e prática de atividades físicas, dois hábitos que parecem ser incompatíveis. Mito ou verdade? Na opinião da doutora Isa Bragança, as bebidas alcóolicas e os exercícios não podem ser associados. Segundo ela, há uma série de motivos para que essa combinação não seja feita:

- Quem pratica atividade física e consome o álcool tem uma deterioração da qualidade física, pois a bebida diminui a força, a velocidade, a capacidade respiratória e muscular, o equilíbrio e prejudica a respiração.

A médica enumera os problemas desencadeados pela ingestão exagerada de álcool, como desidratação, problemas cardíacos, aumento de peso e hipoglicemia. Confira a lista:

- A desidratação é uma consequência comum da combinação. O álcool tem efeito negativo sobre a função renal, fazendo com que haja uma perda de água e eletrólitos através do suor e da urina.

- O distúrbio de água e eletrólitos também pode promover uma arritmia cardíaca, fazendo com que o coração bata fora de compasso;

- Outro efeito que o álcool também promove é o aumento de peso, devido à grande quantidade de calorias presentes em cada dose.

- A hipoglicemia também é muito comum em quem mistura álcool com exercícios. A atividade física já promove uma diminuição de glicose no organismo. O álcool acentua mais ainda esta redução. O corpo começa a usar a proteína como fonte de energia, pois não há mais glicose no organismo.

O efeito da ingestão de bebidas alcoólicas dependerá de diversos fatores, entre eles o gênero do indivíduo. Para a doutora, o ideal é que o consumo de álcool seja feito até 72 horas antes da prática de atividades físicas.

- A gente tem que beber socialmente, cada um sabe seu limite em relação ao álcool - adverte a doutora.

Fonte:Globo Esportes