Fornecer às usuárias de crack um contraceptivo subcutâneo para evitar a formação de novas gerações dos bebês do crack. Essa possibilidade está perto de se tornar realidade em Santos.
O primeiro passo para esse atendimento às mulheres em situação de risco foi dado ontem à noite na Câmara, com a aprovação, em primeira discussão, do projeto de lei criando a Política Municipal de Planejamento Reprodutivo em Populações Vulneráveis no Município.
A matéria é de autoria do vereador Evaldo Stanislau (PT) e prosperou no Legislativo porque os vereadores derrubaram o parecer contrário da Comissão Permanente de Justiça, Redação e Legislação Participativa. O projeto, agora, segue para outras comissões permanentes da Casa antes de ir para a segunda e última aprovação em plenário.
Segundo explicou Evaldo, a distribuição do contraceptivo nas usuárias de crack se mostrou uma experiência positiva em cidades como Ribeirão Preto, onde estudos apontam que as usuárias de crack chegam a manter uma média de 4 a 12 relações sexuais, com parceiros diferentes, para conseguir dinheiro para a compra das pedras de crack.
O contraceptivo é de longa duração e, em Santos, os ginecologistas da rede pública de Saúde já estão sendo capacitados para usarem essa substância.
O projeto de Evaldo foi elogiado pela maioria dos vereadores. “Quem nunca viu essas meninas em Santos vendendo seus corpos só para comprar droga?”, questionou Adilson Júnior (PT).
Já Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB) citou o fato de o crack estar “desgraçando as famílias”. “O que será desses fetos dessas moças que são verdadeiros zumbis?”.
Fonte:Diário do Litoral
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