São modificações orgânicas que se dão em razão da suspensão brusca do consumo de droga geradora de dependência física e psíquica.
Àqueles que estão em tratamento de dependência química renunciam ao uso da substância viciante, no caso a droga. O ato de renuncia a droga pode causar sérias perturbações ao organismo dependente, desde alterações comportamentais até sensações físicas.
A síndrome de abstinência apresenta sintomas como disforia, insônia, ansiedade, irritabilidade, náusea, agitação, taquicardia e hipertensão. É muito importante, para seu correto tratamento, a identificação inicial do tipo de droga usada porque as complicações diferem de acordo com a substância.
A crise de abstinência do álcool tem início a partir de 72h de interrupção e pode causar delirium tremens e convulsões, sendo mais severa em pacientes com episódios prévios. Apresenta sintomas específicos como distúrbios táteis e visuais e convulsões.
No caso da síndrome de abstinência de opióides, o início do quadro depende da meia vida da droga. Apresenta-se de forma semelhante a uma gripe severa, com dilatação pupilar, lacrimejamento, rinorréia, bocejos, espirros, anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. Não causa convulsões nem delirium.
Os estimulantes como a cocaína e as anfetaminas apresentam como sintomas na abstinência o sono, aumento do apetite, distúrbios motores, sintomas depressivos, desilusões, pensamentos paranóicos e comportamento compulsivo.
Os sintomas de abstinência podem ser confundidos porque a dependência de álcool usualmente está associada ao uso de outras drogas.
Síndrome pode se dividir em: SAA – Síndrome de Abstinência Aguda e a SAD – Síndrome de Abstinência Demorada. A primeira pode ocorrer na ausência do composto viciante entre 3 a 10 dias do último uso, já a segunda se difere nos sintomas, que podem ser visualizados entre a sobriedade do indivíduo ocorrendo no intervalo de meses ou até anos após o uso.
Alguns sintomas provenientes da SAD são: mente confusa, problemas de coordenação motora, problema de memória, reação emocional exagerada ou apatia e distúrbio do sono ou alteração. A SAD, portanto, é a mais severa e preocupante, pois dela pode resultar danos cerebrais importantes e até mesmo recaídas.
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