Estudos demonstraram que o consumo de alcool aumenta o risco de tumor lobular, mas não necessariamente tumor ductal. Ou seja, a relação entre consumo de álcool e risco de câncer de mama se aplica a alguns subtipos da doença.
Para entender como o álcool pode influenciar subtipos de câncer de mama, pesquisadores realizaram um estudo observacional, conduzido entre 1993 e 1998, que incluiu 87.724 mulheres com idade entre 50 e 79 anos, na pós-menopausa.
Sendo que os pesquisadores olharam particularmente para os seguintes dados de 2.944 mulheres que desenvolveram câncer de mama invasivo: subtipos de tumor e status hormonal, consumo de álcool, características demográficas e estilo de vida, história familiar de doenças e história reprodutiva.
As mulheres foram classificadas como as que nunca beberam, as que pararam de beber e as que bebiam atualmente. As que bebiam foram agrupadas em seis categorias de acordo com o número médio de bebidas por semana, desde menos de um drinque por semana até mais de 14 drinques por semana.
Os pesquisadores descobriram que o consumo de álcool é mais fortemente relacionado ao risco de tumor lobular do que de tumor ductal, e mais fortemente relacionado ao câncer de mama hormônio-receptor-positivo do que o câncer de mama hormônio-receptor-negativo. Esses resultados confirmam pesquisas anteriores com conclusões semelhantes. Os riscos observados não variam de acordo com o tipo de álcool consumido pelas mulheres.
Segundo os autores da pesquisa, as mulheres que bebiam uma ou mais doses de álcool por dia tiveram quase o dobro de risco de câncer de mama do tipo lobular, mas nenhum aumento no risco de câncer de mama do tipo ductal. Ainda segundo eles, é importante notar que o câncer ductal é muito mais comum do que o câncer lobular. Aproximadamente 70% de todos os cânceres de mama são ductais, sendo que cerca de 10 a 15% dos casos é lobular.
No câncer ductal, o tumor é nos dutos de leite e no câncer lobular, nos lóbulos produtores de leite.
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