Cigarros eletrônicos fortalecem superbactéria


Um estudo feito pela Universidade da Califórnia mostrou que o consumo de cigarros eletrônicos fazem com que a superbactéria MRSA seja mais perigosa e difícil de tratar. A fumaça do cigarro eletrônico também enfraquece a capacidade do corpo de lutar contra outras bactérias. “Mesmo que os cigarros eletrônicos não sejam tão ruins como o tabaco, ainda têm efeitos prejudiciais sobre a saúde”, afirmou a pesquisadora Laura Crotty. As informações são do Daily Mail.

No estudo, pesquisadores americanos analisaram o que acontece com a superbactéria MRSA quando exposta ao vapor do cigarro eletrônico. Os testes foram feitos em laboratório, mas a exposição acontece na vida real, porque muitas vezes há a presença de MRSA na garganta e nariz pronta para atacar. O resultado foi que a MRSA fica mais poderosa e difícil de matar com antibióticos do que o habitual ao entrar em contato com a fumaça do dispositivo.

Os cigarros eletrônicos são vistos como alternativa ao convencional por serem livres de tabaco e outras substâncias químicas que fazem cigarros normais tão mortais. Eles contêm nicotina e por isso auxiliam pessoas que estão tentando parar de fumar. A popularidade dos cigarros eletrônicos triplicou em apenas oito anos: mais de dois milhões de britânicos usam o dispositivo atualmente.

Há uma preocupação crescente sobre o incentivo a jovens começarem a fumar e, uma vez viciados na nicotina, passarem para os cigarros convencionais. Os aromas utilizados podem torná-lo atraente para crianças. “Estamos normalizando os cigarros eletrônicos. No momento, não sabemos sobre a segurança ou dose de nicotina que liberam”, afirmou o medico-chefe Dame Sally Davies.
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Segundo Davies, muitos dos dispositivos são feitos em outros países, como a China, o que dificulta o controle. Além disso, segundo ele, o cigarro eletrônico faz com que o fumo pareça uma atividade normal.

Fonte: Terra

Anvisa estuda facilitar importação de remédios feitos à base de maconha


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda alterar até o fim de junho o processo de importação de medicamentos que levam canabidiol, substância química encontrada na maconha e que, segundo alguns estudos científicos, tem utilidade médica para tratar diversas doenças, entre elas, neurológicas.
A informação foi divulgada pelo diretor-adjunto da Anvisa, Luiz Roberto Klassmann, durante palestra realizada em São Paulo, dentro do 4º Simpósio Internacional da Cannabis Medicinal, que discute o tema com especialistas das áreas médica e jurídica. O evento segue até o próximo sábado (17).
A decisão terá que ser aprovada pela Diretoria Colegiada da agência, em reunião que vai acontecer até o fim deste semestre. Se isso ocorrer, qualquer brasileiro com uma prescrição médica em mãos recomendando um medicamento com canabidiol, poderá entrar no país de maneira legal com o produto, ou recebê-lo por encomenda.
Atualmente, esses remédios estão em uma lista do órgão de Vigilância Sanitária que proíbe o uso para fins terapêuticos, exceto quando há alguma autorização especial para importação concedida pelo próprio diretor da agência ou ainda sentença jurídica com a mesma finalidade.

Reclassificação
Segundo Klassmann, a retirada do canabidiol da lista de substâncias de uso proscrito e sua reclassificação como substância sujeita a controle especial (com receita médica de duas vias), pode acontecer porque já existiriam evidências científicas suficientes que comprovam a eficácia da droga e sua segurança para uso terapêutico.
A visão pessoal de Klassmann é de que a mudança "deve ser aprovada pela diretoria colegiada".
“A partir do momento que ela deixar de ser proscrita, esses problemas de barreira alfandegária vão acabar”, disse Klassmann ao G1. “Precisamos, inicialmente, quebrar o preconceito e estigma [do uso da maconha medicinal] e ver pela ótica cientifica o que está disponível. Eu me comprometo em agilizar a liberação”, complementou o diretor-adjunto da Anvisa.
Nos Estados Unidos, 20 estados e a capital Washington têm legislação que autoriza o uso da maconha para fins medicinais.
Alto custo
Elisaldo Carlini, um dos maiores especialistas do Brasil sobre maconha medicinal, considera a possível decisão da Anvisa como um progresso, mas afirma que a barreira financeira será um problema. “Vai ficar caro [para as famílias], mas se o governo brasileiro tiver vontade e a população também quiser, cria-se uma política pública”, explica.
Katiele Fischer e Norberto Fischer são pais de Anny, de 6 anos, portadora da rara síndrome CDKL5, doença genética que provoca deficiência neurológica grave e grande quantidade de convulsões. O caso dela foi mostrado pelo Fantástico em março deste ano. Em abril, o casal obteve, na Justiça, autorização para importar o Canabidiol.
Com a decisão, eles trouxeram para o Brasil uma bisnaga de dez gramas do medicamento, suficiente para três meses de tratamento, ao custo de US$ 500. Eles tiveram que desembolsar cerca de US$ 100 de taxa de importação e houve ainda cobrança de outros tributos.
Segundo Norberto, a droga praticamente zerou as convulsões em nove semanas (Anny tinha cerca de 60 crises semanais) e deve ajudar a melhorar a qualidade de vida da menina. Katiele afirma que a mudança do protocolo por parte da Anvisa poderá beneficiar outras famílias, que sofrem com a burocracia da importação.
CFM afirma que médico tem autonomia para prescrever
Sobre a liberação de medicamentos feitos com substâncias encontradas na maconha, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que desenvolve atualmente discussões para provável e posterior envio da matéria à análise de Comissão específica ao reconhecimento de novas terapêuticas e procedimentos científicos.

"Dependendo dos resultados do estudo e com base na lei 12.842/13 (Lei do Ato Médico), o CFM poderá editar norma para o reconhecimento cientifico do uso desse procedimento", informou o órgão por meio de nota.
O CFM afirma ainda que "o profissional médico tem a autonomia para prescrever ou não qualquer medicamento, sempre respeitando a autonomia do paciente e informando-o sobre o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos de cada tratamento".

Fonte:G1

Consumo de álcool no Brasil é superior à média mundial, diz OMS


Levantamento divulgado nesta segunda aponta ainda que consumo no País deve voltar a crescer após queda registrada entre 2003 e 2010

Jamil Chade, correspondente em Genebra - O Estado de S. Paulo Denis Ferreira Netto/Estadão

OMS chegou a conclusão de que o consumo médio para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano

 GENEBRA - O abuso no consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a dezenas de países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde que, em um informe publicado nesta segunda-feira, 12, alerta que 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 foram causados pelo uso excessivo do álcool, 5,9% de todas as mortes. Segundo a entidade, não apenas a bebida pode gerar dependência, mas também poderia levar ao desenvolvimento de outras 200 doenças.


Entre os 194 países avaliados, a OMS chegou a conclusão de que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano. Esse volume caiu entre 2003 e 2010. Há dez anos, a taxa era de 9,8 litros por pessoa.

Mas as projeções até 2025 mostram que o consumo voltará a aumentar, ultrapassando a marca de 10,1 litros por ano por pessoa. Em 1985, o consumo não chegava a 4 litros por pessoa por ano.

No caso brasileiro, a diferença entre o consumo masculino e feminino é profundo. Entre os homens, a taxa chega a mais de 13 litros por ano. Para as mulheres, ela é de apenas 4 litros. 60% do consumo é de cerveja. Apenas 4% do consumo é representado pelo vinho.

Mas o que mais preocupa a OMS são os casos de abusos no consumo. No mundo, a média é de 7,5% da população que experimentou em algum ponto do ano um caso de um consumo excessivo de álcool. No Brasil, porém, a taxa é de 12,5%. Num ranking de números de anos perdidos de vida saudável, Brasil está entre os líderes.

Em todo o mundo, a Europa é a região onde os índices de consumo são os mais elevados per capta, com diversos países apresentando taxas acima de 10 litros por ano.

Fonte: Estado de São Paulo

Pesquisa revela que índice de violência entre jovens está fortemente associado ao uso de substâncias psicotrópicas


O índice de violência intencional ou não intencional entre jovens está fortemente associado ao uso de substâncias psicotrópicas. “Se compararmos o jovem daqui com os jovens de outros países concluímos que os nossos são menos violentos. Porém, na maioria das vezes, os eventos de comportamentos agressivos ocorrem simultaneamente com consumo de álcool ou drogas”, aponta Dartagnan Pinto Guedes, coordenador de um estudo que traça o perfil dos estudantes da escolas de ensino médio do Paraná.

A pesquisa foi realizada com 6 mil estudantes de escolas do ensino médio do estado do Paraná, com idades entre 15 e 18 anos. O trabalho, coordenado pelos professores Dartagnan Pinto Guedes e Marcio Teixeira, do Mestrado em Exercício Físico na Promoção da Saúde da Unopar, é um levantamento extenso sobre atitudes e comportamentos de risco para a saúde que incluem dirigir embriagado, fazer uso de substância psicotrópica, porte de arma, envolvimento em luta corporal, agressões físicas, tentativas de suicídio, tabagismo, atividades sexuais, alimentação e prática de atividade física.

Os resultados mostram uma quantidade importante de adolescentes distanciados da família; alto índice de intenção de suicídio, de insatisfação com o próprio corpo e de tabagismo. Evidenciam também que a violência entre estes jovens está geralmente associada ao uso de álcool e drogas. A partir destas conclusões os pesquisadores sugerem a inclusão de uma disciplina específica no currículo escolar direcionada a tratar do tema: educação para a saúde.

A novidade deste estudo não é simplesmente apontar índices alarmantes. “Já tínhamos a informação de que nossos jovens bebem demais, consomem drogas, arriscam a vida e a saúde diariamente. Infelizmente, todo mundo convive com esse problema e está preocupado com isso”, afirma o professor Dartagnan. “O diferencial da nossa pesquisa é que ela procura identificar a associação entre comportamentos de risco e de proteção para saúde e o cotidiano familiar e escolar dos jovens, na tentativa de propor ações de intervenção”, explica.

Tabagismo — Índices preocupantes apareceram também no tabagismo, na insatisfação com o próprio corpo e em tentativas de suicídio. Mais de 5% dos entrevistados já havia planejado suicídio; destes, 3% concretizaram o plano e 80,5% deles necessitaram de intervenção médica para o tratamento de lesões, envenenamento ou overdose. O uso regular de cigarro foi apontado por 15,4% dos rapazes e 13,6% das moças; 10% dos escolares que se declaram fumantes relataram já ter tentado parar de fumar sem sucesso.

“O Brasil é hoje um dos países de menor índice de tabagismo do mundo – mas a prevalência de uso de cigarro é maior entre os adolescentes do que na idade adulta”, informa Dartagnan. Com relação à insatisfação com o próprio corpo, 54,1% dos jovens dizem estar descontentes com o seu peso corporal. Esse número é ainda maior entre as meninas - 67,8% versus 38,3% dos rapazes. “Um dado preocupante é que muitas jovens estão mais preocupadas com a estética do que com a saúde: há uma elevada prevalência de uso de laxantes e outros medicamentos para reduzir o peso corporal”, alerta o professor.

Entre os resultados, um dos que mais impressionou Dartagnan foi o distanciamento dos adolescentes com a família. “Temos relatos de adolescentes que, mesmo vivendo na mesma casa, só veem os pais no final de semana”, diz ele. Outro dado interessante é que o estudo mostrou que muitos jovens já estão inseridos no mercado de trabalho e são justamente esses que apresentam menores incidências de comportamentos de risco. “Parece que o trabalho impõe responsabilidades e apresentam modelos e valores que afastam os jovens de problemas”, indica Dartagnan.

Os pesquisadores também perceberam que a maioria dos adolescentes está bem informada com relação aos comportamentos pesquisados, mas destacam que informação não é a mesma coisa que educação: “Eles sabem o que é perigoso, sabem o que é ilegal, mas são imediatistas. Não resistem ao ímpeto de momento. É preciso trabalhar mais intensamente com uma educação mais efetiva e não simplesmente com informação. A informação é importante e parte integrante do processo educacional, mas uma educação efetiva é mais ampla”, pondera Dartagnan.


Fonte: Adaptado de Bem Paraná

Consumo de cocaína chega a contaminar água no Reino Unido


O consumo de cocaína no Reino Unido se tornou comum a ponto de resíduos da droga estarem contaminando á água potável distribuída à população. A conclusão é de um estudo que tinha como objetivo medir e analisar os níveis de substâncias químicas derivadas de remédios da água mesmo após as etapas de purificação.

De acordo com o jornal The Independent, os pesquisadores observaram amostras que continham benzoilecgonina, composto que é a forma metabolizada da droga após seu consumo e absorção pelo corpo humano e é identificado na urina em testes para consumo da droga.

De acordo com a organização DrugScope, a Inglaterra têm cerca de 180 mil usuários dependentes de cocaína e formas derivadas. Estima-se também que haja 700 mil pessoas na faixa etária entre 16 e 59 anos que consumem cocaína diariamente no país.

No mesmo estudo, os pesquisadores também encontraram resíduos de ibuprofeno, um analgésico; carbamazepina, uma droga utilizada em tratamento de epilepsia; e grande quantidade de cafeína.

Um relatório recente do departamento de saúde pública do governo inglês descobriu que os traços de cocaína encontrados na água representava um quarto do aferido antes da sua purificação; uma vez tratada, a água potável teria uma dose de vestígios químicos de apenas 4 nanogramas por litro, o que não representa riscos à saúde.


Fonte: Terra

Consumo de álcool matou 3,3 milhões de pessoas em 2012, diz Organização Mundial da Saúde


Mais de 3 milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012, por causas que variaram desde câncer até a violência, informou nesta segunda-feira, 12, a Organização Mundial da Saúde (OMS), fazendo um pedido para que governos façam mais esforços para limitar esses danos.

"Mais precisa ser feito para proteger populações das consequências negativas à saúde por conta do consumo de álcool", disse Oleg Chestnov, um especialista da OMS em doenças crônicas e saúde mental. Para ele "não há espaço para complacência".

Chestnov alertou que beber demais mata mais homens do que mulheres, eleva o risco de desenvolver mais de 200 doenças, e ocasionou a morte de 3,3 milhões de pessoas em 2012.

Em média, segundo relatório da OMS, cada pessoa no mundo com 15 anos ou mais bebe 6,2 litros de álcool puro por ano. Mas menos de metade da população - 38,3 por cento - bebe, ou seja, aqueles que de fato bebem consomem uma média de 17 litros de álcool puro por ano.

"Descobrimos que, mundialmente, 16 por cento daqueles que bebem participam de episódios de consumo pesado, que são o mais danosos à saúde", afirmou Shekhar Saxena, diretor de saúde mental e abuso de substâncias da OMS.

Pessoas mais pobres são geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas pelo uso do álcool, disse ele. "Elas frequentemente carecem de cuidados à saúde de qualidade e são menos protegidas por redes funcionais de família e comunidade".

O relatório global sobre álcool e saúde cobriu 194 países e observou o consumo de álcool, seus impactos na saúde pública e repostas de políticas de combate.

O estudo descobriu que alguns países estão reforçando suas medidas para proteger as pessoas do consumo exagerado. Elas incluem o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação da disponibilidade do produto por meio da imposição de limites de idade e a regulamentação da divulgação.

Globalmente, a Europa tem o maior consumo de álcool por pessoa. A OMS disse que a análises de tendências globais mostra que o consumo tem sido estável nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no Sudeste Asiático e na região ocidental do Pacífico.


Fonte: Folha


Além dos estabelecimentos, fumantes também poderão multados em SP


A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, na última quarta-feira (30), projeto de lei que multa pessoas físicas que desobedeceram a Lei Antifumo no estado de São Paulo.

Pela nova lei, pessoas que consumirem cigarros em ambientes fechados ou parcialmente fechados serão multadas em R$ 201,40. Atualmente, a legislação de 2009 apenas pune os estabelecimentos - e não as pessoas -  que não seguem a norma. O fumante recebe uma advertência ou, no máximo, é convidado a se retirar do recinto.

O adendo à Lei Antifumo precisa ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem até 90 dias para dar sua decisão. Depois de sancionada, a lei entra em vigor dentro de 90 dias.

Segundo a justificativa do deputado estadual Alex Manente (PPS), autor do projeto, o que se busca com esse adendo é “fazer com que a imposição doa onde é mais sentida  - no bolso - para que os fumantes, sem qualquer exceção, respeitem a lei”.

A Lei Antifumo, de 7 de maio de 2009, proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco em locais públicos fechados. Estabelecimentos que não cumprem a lei recebem multa na primeira vez que são flagrados. Na segunda, a multa é dobrada. Em caso de nova reincidência o estabelecimento é interditado por 48 horas e, caso seja flagrado uma quarta vez, a interdição é de um mês.

Fonte: G1

Estudantes que usam álcool ou maconha na escola correm maior risco de sofrer por problemas de saúde mental


Quando adolescentes são pegos bebendo ou usando maconha na escola, uma visita ao gabinete do diretor pode não ser suficiente. Estes alunos também devem ser examinados para verificar se tiveram exposição a trauma, problemas de saúde mental e outros riscos graves para a saúde, de acordo com um estudo apresentado na Pediatric Academic Societies (PAS), reunião anual em Vancouver, British Columbia, Canadá.

Os pesquisadores descobriram que o uso de substâncias na escola foi associado a maiores chances de desenvolver problemas graves, como depressão, violência por parceiro íntimo e tentativa de suicídio.

“Na escola, o uso de substâncias não é apenas um evento isolado, que exige uma ação disciplinar simples, mas um sinal importante para identificar adolescentes que necessitam de avaliação psicossocial urgente e de apoio”, disse a principal autora do estudo, Rebecca N. Dudovitz, professora assistente de pediatria no Hospital UCLA da Mattel Children.

A Dra. Dudovitz e seus colegas analisaram dados da pesquisa Youth Risk Behavior de 2011, um estudo representativo de mais de 15 mil estudantes do ensino médio nos Estados Unidos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças conduziram a pesquisa a cada dois anos para monitorar as condições e comportamentos que afetam a saúde dos adolescentes.

Os pesquisadores analisaram se o uso de álcool e de maconha por estudantes do ensino médio foi associado com nove outros riscos graves para a saúde, incluindo dirigir embriagado ou andar em um carro com um motorista que estava embriagado; se envolver em brigas; carregar arma de fogo na escola; beber álcool ou usar drogas durante a última vez que teve relações sexuais; ser vítima de violência por parceiro íntimo; ser forçado a ter relações sexuais; ter sintomas de depressão; pensar em suicídio; e cometer tentativa de suicídio.

Os resultados mostraram que nove por cento de todos os alunos relataram ter feito uso de álcool ou de maconha na escola. Para meninos e para meninas, usar álcool ou maconha no campus esteve associado a chances dramaticamente mais elevadas de expor-se a nove riscos sérios para a saúde, em comparação com o uso de substâncias apenas fora da escola.

Por exemplo, os estudantes que relataram usar álcool ou maconha na escola tinham chance de 64 por cento de terem estado em um carro com um motorista embriagado; chance de 46 por cento de terem tido sintomas de depressão; chance de 25 por cento de ter experimentado violência por parceiro íntimo; e chance de 25 por cento de ter tentado suicidar-se.

“Esses números mostram um histórico considerável de risco de dano imediato que talvez não tivesse chegado ao conhecimento de um dos pais ou de um funcionário da escola”, disse a Dra. Dudovitz.

“Quando um estudante é encontrado usando substâncias na escola, devemos pensar nisso como um sinal de que uma criança precisa de ajuda”, disse ela. “Dada a forte associação do uso de substâncias na escola com alguns riscos de saúde muito graves e perigosos, como experimentar trauma sexual e cometer tentativa de suicídio, não devemos entender o uso de substâncias na escola como apenas mais uma infração escolar. Ao invés disso, ele pode ser uma chamada verdadeiramente urgente para que adultos responsáveis se envolvam e ajudem para que o estudante tenha acesso a serviços adequados”.

Fonte: Traduzido e adaptado de Medical News Today

Pacientes co-infectados com HIV e hepatite C que bebem correm maior risco de desenvolver hepatite avançada


O consumo de álcool tem sido há muito associado a um maior risco de desenvolver fibrose hepática avançada, mas um novo estudo publicado online na Doenças Infecciosas Clínicas pelos pesquisadores da Penn Medicine e outras instituições mostra que a associação é drasticamente maior em pessoas co-infectadas com HIV e com o vírus da hepatite C crônica (HCV). Mesmo que bebam pouco (“não perigosamente”) – que geralmente significa risco relativamente baixo de desenvolver a doença em pessoas não infectadas –, o uso foi ligado a um maior risco de desenvolver fibrose hepática no grupo de co-infectados.

As razões que levam a este fenômeno não são inteiramente compreendidas, mas estudos pré-clínicos demonstraram que os dois vírus podem induzir a morte de células do fígado e que a dependência do álcool pode acelerar este processo e mais facilmente levar à fibrose hepática grave. A toxicidade para o fígado de medicamentos antirretrovirais também pode ser agravada pelo álcool.

"Nós mostramos que há um risco muito maior para os co-infectados em comparação com pessoas não infectadas, para todos os níveis de consumo de álcool – do uso “não perigoso” até o perigoso/binge, uso abusivo e dependência”, disse o autor sênior Vincent Lo Re, professor assistente de Medicina e Epidemiologia da divisão de Doenças Infecciosas e do Departamento de Bioestatística e Epidemiologia da Universidade da Pensilvânia e médico infectologista no Centro Médico de Assuntos de Veteranos da Filadélfia. “Essa descoberta destaca o quanto é importante que os clínicos ofereçam aconselhamento para pacientes co-infectados para que estes reduzam o consumo de álcool. Mais comunicação e educação sobre os riscos do álcool podem levar os pacientes a reduzirem o consumo ou pararem completamente este uso, o que vai ajudá-los a reduzir a incidência de complicações”.

Poucos estudos têm investigado a associação entre álcool e doença hepática em pacientes co-infectados com HIV e HCV, e nenhum deles comparou os riscos com pessoas não infectadas.

Para o estudo, os pesquisadores, dentre eles o autor principal Joseph K. Lim, da Escola de Medicina da Universidade de Yale e do Sistema de Saúde de Temas de Veteranos de Connecticut, realizaram um estudo transversal com 7.270 participantes do Estudo das Tropas de Veteranos Seniores: 701 deles estavam co-infectados com HIV e com HCV; 1410 estavam infectados somente com HIV; 296, somente com HCV; e 1.158 não estavam infectados. O consumo de álcool foi determinado pelos questionários e diagnósticos de abuso e de dependência do Teste de Consumo para Identificação de Distúrbios do Uso do Álcool e classificados como uso não perigoso, uso perigoso/binge e diagnósticos relacionados ao álcool.

A equipe descobriu que, independentemente do status de infecção por HIV ou HCV, a prevalência de fibrose hepática avançada aumentou à medida que a categoria de uso de álcool aumentava. No entanto, as associações mais fortes foram observadas em pacientes co-infectados em todas as categorias de álcool em comparação com não-bebedores de risco não infectados.

Indivíduos co-infectados que faziam uso não perigoso da bebida tinham 13 vezes mais chances de desenvolver fibrose hepática avançada do que pessoas não infectadas que relataram fazer uso não perigoso. Doentes co-infectados com histórico de uso perigoso/binge tinham 17 vezes mais chances de desenvolver a doença, enquanto que aqueles que tiveram diagnóstico relacionados ao álcool tinham 21 vezes mais chances de desenvolver fibrose hepática avançada em comparação com os seus homólogos que faziam uso não perigoso e não estavam infectados com nenhum dos vírus.

“A diferença entre os grupos de co- infectados e não infectados foi gritante. Dada a prevalência do uso do álcool em indivíduos co-infectados, é importante determinar os padrões de uso de álcool, como, por exemplo, uso não perigoso e até mesmo uso binge, que tradicionalmente não se acreditava que estavam contribuindo para o desenvolvimento da fibrose hepática”, disse o Dr. Lo Re.


Fonte: Traduzido e adaptado de Medical News Today

Metade dos brasileiros agredidos na infância ou adolescência se torna usuários de drogas, aponta estudo


Metade dos brasileiros que sofreu agressões físicas ou sexuais durante a infância ou adolescência se torna usuário de drogas ilícitas, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo 2º Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas – Violência Contra a Criança ou Adolescente), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).



E segundo a pesquisa, de cada dez brasileiros dois relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência na infância ou adolescência, o que representa mais de 30 milhões de pessoas.

Os traumas sofridos durante a fase colocam a vítima em uma situação de risco para o consumo de drogas até quatro vezes mais do que quem nunca foi agredido.


Em um levantamento foi feito em 149 municípios do País, com 4.607 pessoas de todas as idades entrevistadas em casa. Desse total, 22% disseram que já foram vítima de violência física ou sexual severa.
Segundo a pesquisadora Clarice Madruga esclarece que somente 20% da violência praticada contra a criança ou adolescente chega a ser reportada à polícia. Como a pesquisa foi feita em casa, com sigilo das fontes, os resultados mostraram que a agressão é muito maior do que se imagina.

— A criança chega com um braço quebrado ao hospital ou um tipo de machucado e os funcionários não questionam, não estão com o olhar voltado para identificar a violência doméstica. O que chega à polícia são os casos mais graves, envolvendo mortes. Esse silêncio colabora para que a criança sofra com frequência durante um longo período. A partir disso, ela inicia mais cedo o uso de substâncias químicas por terem um quadro maior de depressão.

Os entrevistados apontaram ainda que em 20% das situações de agressão, o agressor havia bebido. Do total que sofreram agressões sexuais, 33% foram praticadas por parentes, 25% por algum amigo da família, 18% por um estranho, 17% não quiseram informar, 2,7% por vizinhos, 1% pelo professor, padrasto, padre ou pai. As meninas são as que mais sofrem abuso sexual, representando o dobro de vítima em relação aos meninos.

Com o abuso físico e psicológico, a saúde emocional da vida adulta fica comprometida, de acordo com a pesquisa. O estudo recomendou a divulgação do Disque 100 - denúncia contra os direitos humanos e dos serviços do Conselho .


Fonte:Levantamento Nacional de Álcool e Drogas


Adultos de meia-idade usuários de maconha podem estar sob maior risco de desenvolver complicações cardíacas


O uso da maconha pode resultar em complicações cardiovasculares – e até mesmo em morte – entre jovens adultos de meia idade, de acordo com um estudo francês publicado no Journal of the American Heart Association.

“Em pesquisas anteriores, descobriu-se que vários casos notáveis de complicações cardiovasculares causaram a internação de jovens usuários de maconha”, disse Émilie Jouanjus, Ph.D., autora principal do estudo e membro da faculdade de medicina do Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, em Toulouse, na França. "Esta descoberta inesperada merece ser melhor analisada no futuro, especialmente se levarmos em conta que o uso medicinal da maconha tornou-se mais prevalente, e alguns governos estão a legalizando o uso.”

Os pesquisadores analisaram as complicações cardiovasculares graves relacionadas ao uso da maconha que foram relatadas à rede francesa Addictovigilance entre 2006 e 2010. Eles identificaram 35 casos de doenças cardiovasculares e vasculares relacionadas ao coração, ao cérebro e aos braços e pernas.

Entre as suas conclusões estão:

• A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com idade média de 34,3 anos,

• Cerca de 2 por cento (35) das 1.979 complicações relacionadas à maconha eram complicações cardiovasculares.

• Dos 35 casos, 22 estavam relacionados ao coração, incluindo 20 ataques cardíacos; 10 eram periféricos, com doenças relacionadas a artérias nos membros; e três estavam relacionados a artérias cerebrais.

• A percentagem de complicações cardiovasculares relatadas mais do que triplicou entre 2006 e 2010.

• Nove pacientes, ou 25,6 por cento, morreram.

Os pesquisadores observaram que o uso da maconha e quaisquer complicações de saúde resultantes são provavelmente subnotificados. Há 1,2 milhões de usuários regulares na França, portanto há potencialmente uma grande quantidade de complicações que não são detectados pelo Sistema Addictovigilance.

"O público em geral pensa a maconha é inofensiva, mas a informação revelando os perigos potenciais à saúde do uso de maconha deve ser divulgada ao público, aos tomadores de decisão e aos profissionais de saúde”, disse Jouanjus.

Pessoas com deficiências cardiovasculares pré -existentes parecem estar mais propensas aos efeitos nocivos da maconha.

“Atualmente, há evidências convincentes sobre o risco crescente de efeitos cardiovasculares adversos associados à maconha, especialmente em pessoas jovens”, disse Jouanjus. “Portanto, é importante que os médicos, incluindo cardiologistas, estejam cientes disso e considerem o uso da maconha como uma das possíveis causas de doenças cardiovasculares”.

A observação de relatórios relacionados à maconha e de doenças cardiovasculares deve continuar, e mais estudos precisam ser feitos para entender como o uso da maconha pode desencadear eventos cardiovasculares, disse Jouanjus.

Fonte: Traduzido e adaptado de Medical News Today

Jovens das melhores universidades dos Estados Unidos não acham que tomar remédio para déficit de atenção é trapacear



Cerca de um em cada cinco estudantes da Ivy League (grupo que reúne as melhores universidades dos Estados Unidos) admitiram terem utilizado receitas para drogas contra o  Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) enquanto estudavam, e um terço dos estudantes universitários não acha que isso estariam trapaceando por fazerem isso, de acordo com uma nova pesquisa.

Medicamentos para TDAH, como adderall ou ritalina, são comumente utilizados de maneira errada entre pessoas que não têm um diagnóstico para a doença, como uma maneira d se concentrar melhor e ter uma melhor performance. Um artigo de 2011 do COllege Board relatou que ainda que os números disponíveis sejam poucos, os estudantes conseguem obter e usar drogas para TDAH e para diagnósticos de distúrbios cognitivos para tirar vantagens acadêmicas, diz o The New York Times. É claro, existem pessoas que sofrem desses distúrbios genuinamente, mas o novo estudo focou nos estudantes que não sofrem com o TDAH.

Os pesquisadores, que apresentarão suas descobertas na reunião anual Sociedade Acadêmica de Pediatria (SAP) dos Estados Unidos, entrevistaram 616 estudantes em universidades “altamente seletivas” (os pesquisadores não disseram quais) e descobriram que 18% deles usaram as drogas por razões acadêmicas, e 24% já o tinham feito oito ou mais vezes. Calouros universitários estavam mais propensos a abusar da medicação, e estudantes que praticavam esportes ou estavam envolvidos em irmandades acadêmicos também abusaram com mais frequência das drogas. Já que os pesquisadores excluíram todos com um diagnóstico de TDAH, todos os estudantes estavam, portanto, usando as drogas ilegalmente. Os pesquisadores não perguntaram sobre a fonte dos medicamentos, mas disseram em um e-mail que geralmente estes provinham de outros estudantes.

Quando perguntados se esse tipo de comportamento poderia ser qualificado como trapaça, um terço dos estudantes disseram que não, 41% disseram que era, e 25% disseram não ter certeza. Pessoas que usaram medicamentos para TDAH também estavam mais propensas a pensar que esse era um fenômeno comum no campus.

Mais e mais pessoas estão sendo diagnosticadas com TDAH, incluindo adultos. O número de adultos tomando drogas para TDAH aumentou 50% entre 2008 e 2012 nos Estados Unidos, de acordo com um relatório. Uma das partes mais difíceis de investigar o distúrbio é que os médicos precisam determinar quem tem o distúrbio legitimamente e quem está procurando-o por razões de melhora de performance. Os pesquisadores disseram que o estudo levantou questões sérias para os fornecedores: “Na medida em que alguns estudantes de ensino médio e de universidades relataram ter fingido sintomas de TDAH para obter medicamentos estimulantes, os médicos deveriam tomar mais cuidado ou tomar medidas mais conservadoreas quando fossem diagnosticar TDAH em adolescentes pela primeira vez?”, o autor do estudo, Dr. Andrew Andesman, chefe de pediatria do desenvolvimento e do comportamento no Centro Médico para Crianças Steven & Alexandra Cohen de Nova Iorque, disse em uma declaração.

Fonte: Traduzido e adaptado da Time

A lei uruguaia que legaliza a maconha


A Lei uruguaia que legaliza a maconha, cuja regulamentação foi anunciada nesta sexta-feira, é a primeira do mundo na qual o Estado assume o controle total da cadeia de produção da droga.

Estes são os principais aspectos da lei e de sua regulamentação:

- A iniciativa discrimina entre uso da maconha para pesquisa científica, fins medicinais, distintos processos industriais e consumo recreativo. Até o momento, o governo regulamentou apenas o uso recreativo.

- Criação de um Instituto de Regulação e Controle de Cannabis (IRCCA), que funcionará na esfera do ministério da Saúde Pública e controlará cultivo, colheita, produção, distribuição e venda da maconha.

- Concessão de duas a seis licenças a empresas privadas para o plantio da maconha. O governo estima a área máxima de cultivo em 10 hectares para responder à atual demanda.

- Permissão para cinco variedades de sementes - com no máximo de 15% de Tetrahidro cannabinol (THC) - cuja origem será determinada após a licitação para plantio, o que deve ocorrer nos próximos 15 dias.

- Caso haja excesso sobre a safra autorizada, a maconha excedente será entregue ao Estado.

- Permissão para o cultivo pessoal com limite de seis pés de maconha ou produção máxima de 480 gramas por lar; ou cultivo em clubes de fumantes - com entre 15 e 45 sócios - com número proporcional de pés, até o limite de 99.

- Aquisição de sementes e das variedades plantadas deverão ser registradas no IRCCA, assim como o local de cultivo.

A partir da criação do registro, haverá 180 dias para a inscrição dos cultivos pessoais.

- Concessão de licenças de venda de maconha nas farmácias.

- Registro único de todos os usuários, que estarão amparados pela lei de proteção dos dados pessoais. Nas farmácias, os usuários apresentarão seu número de registro no IRCCA, e serão submetidos a controle de impressão digital, mas em nenhum momento o vendedor terá os dados pessoais dos clientes.

- A produção da maconha sem autorização legal será castigada com pena superior a 20 meses de prisão.

- Os usuários registrados e habilitados para o consumo recreativo deverão ter mais de 18 anos, nacionalidade uruguaia ou residência permanente no país.

- Está proibido o consumo de maconha em locais publicos fechados e no horário de trabalho. Dirigir sob efeito de maconha é considerado crime.

- Proibição de qualquer forma de publicidade da maconha, que será vendida sem nome ou marca específica.



Fonte: Terra Notícias