Fumar durante a gravidez pode causar alterações no comportamento das crianças

Que fumar durante a gravidez provoca diversos malefícios não é novidade para ninguém. Agora, o mais recente estudo sobre o assunto, feito pela Universidade de Leicester, na Inglaterra, mostrou que as crianças cujas mães fumaram durante a gravidez podem ter um risco maior em ter problemas de conduta, como dificuldade em seguir regras ou não conseguir se comportar de maneira socialmente aceitável. O trabalho foi publicado no dia 24 de julho na revista JAMA Psychiatry.

Os investigadores ingleses analisaram dados de três estudos, a fim de avaliar o efeito que o fumo durante a gravidez teve nas crianças. Para fazer a comparação, os autores interrogaram os pais e professores sobre o comportamento das crianças. Foram abordadas questões como a facilidade para entrar em brigas ou ter dificuldade em prestar atenção. A análise também comparou crianças que foram criadas por mães adotivas e biológicas, para buscar a influência da genética e da parentalidade, buscando estreitar a relação do fumo pré-natal e o comportamento.

Os pesquisadores atribuíram pontuações ao comportamento das crianças com uma média de 100, sendo que pontuações acima desse número indicam mais problemas de conduta. Os resultados mostraram que os filhos das mães que não fumaram durante a gravidez tiveram pontuações em torno de 99, em comparação com os 104 pontos das crianças cujas mães fumaram 10 ou mais cigarros por dia. Os cientistas visualizaram uma significativa ligação entre o fumo durante a gravidez e problemas de conduta da criança que não são totalmente explicados por fatores pós-parto, como as práticas parentais. As possíveis causas desses problemas apresentados pelas crianças nas quais as mães fumaram na gravidez ainda não são conhecidas.

Fonte: Minha Vida


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Quando a família vira codependente

Eu te amo, mas não aceito a maneira como você está agindo”. Esta foi a frase que Terezinha Henrique de Faria, de 62 anos, disse ao filho 18 anos depois que ele se tornou um dependente químico.Terezinha teve coragem para mudar suas atitudes com o filho e lutar ao lado dele.A coragem foi citada pelo papa Francisco, durante visita ao Brasil, como um ato importante contra a dependência química.Além disso, o papa se posicionou contra a legalização das drogas e criticou os traficantes, chamando-os de “mercadores de morte”.O filho de Terezinha, hoje com 33 anos, começou a fumar maconha na adolescência, com 13 anos.

Terezinha viu o filho usando a droga e se desesperou.“Comecei a chorar, me descabelar, o agredia, xingava, o chamava de maconheiro. Eu ia atrás dele nas bocadas. Fiz isso várias vezes. Sofri, sofri muito. Fiquei esgotada. Coração dói muito de ver um filho drogado. Dói muito por dentro”. O sofrimento foi tanto que Terezinha adoeceu.“Entrei em depressão. Faço tratamento com psiquiatra até hoje. A família fica doente,surgem brigas, atritos. A gente fica muito envergonhada e acaba se afastando das pessoas”, conta a mãe.

Mudança

Mas, há dois anos, Terezinha conheceu o grupo Amor Exigente, que atua como apoio e orientação aos familiares de dependentes químicos.“Cheguei no Amor Exigente toda quebrada, destruída, chorando. Todos chegam assim. Duas semanas depois estamos sorrindo, nos encontramos”, afirma. Hoje, Terezinha coordena o grupo na Catedral de Ribeirão Preto.Segundo ela, a principal lição que o Amor Exigente passa é que a pessoa deve mudar a si própria para depois transformar o outro.“Hoje eu tenho força para entender a situação. Quando você vai atrás, briga, você fica na codependência. Eu aprendi que devo viver o meu eu e hoje aconselho, dou amor, carinho. Passei a saber lidar com ele. Estou mais fortalecida e feliz”, diz.O filho de Terezinha conseguiu se livrar do vício da maconha há seis meses, depois de ficar internado em uma clínica para dependentes químicos nesse período.Traficantes são ‘mercadores de morte’, diz papa

Durante visita ao Hospital São Francisco de Assis, no Rio de Janeiro, no dia 24 de julho, o papa Francisco afirmou que para combater “a chaga do tráfico de drogas” a sociedade precisa ter coragem.O hospital é dedicado à recuperação de jovens dependentes químicos.“São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo. A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem”, disse o papa.Segundo Francisco, a legalização das drogas não é solução para combater o tráfico. “É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro".


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Papa condena liberalização das drogas e diz que enfrentar o tráfico exige um desafio

O papa Francisco condenou hoje (24) a liberalização do uso de drogas, ao discursar na inauguração do  Polo de Atendimento a Dependentes Químicos, do Hospital São Francisco, no bairro da Tijuca, zona norte   do Rio.

“Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro”, disse.

O papa começou o discurso fazendo referência a São Francisco de Assis, patrono da ordem religiosa que mantém o hospital, onde a unidade inaugurada atenderá 70 dependentes químicos, entre eles usuários de crack. “Quero abraçar a cada um e a cada uma de vocês, que são carne e Cristo, e pedir a Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e também do meu. Abraçar, abraçar...precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidade, como fez São Francisco de Assis”, declarou.

Durante a solenidade, que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, Francisco ouviu atentamente do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, e do padre Manuel Manganão, da Pastoral da Sobriedade, relatos sobre o trabalho de assistência aos dependentes químicos prestado pela arquidiocese do Rio, em colaboração com órgãos federais e estaduais e a iniciativa privada.

Os momentos mais emocionantes foram os relatos de dois ex-usuários de drogas submetidos a tratamento pelo Programa de Assistência a Dependentes da arquidiocese. Um deles disse que depois de passar 17 anos se drogando, mas há 11 anos está livre do vício. O outro declarou que parou de se drogar há pouco mais de um ano. Os dois ganharam presentes e foram abraçados pelo papa.

Em uma veemente condenação ao tráfico, Francisco condenou o egoísmo que prevalece no mundo de hoje e desafiou a sociedade a enfrentá-lo. “São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro, como a chaga do tráfico de drogas, que favorece à violência e que semeia a dor e a morte e que exige da inteira sociedade um ato de coragem”.

Fonte:Agência Brasil

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