Grupos de auto-ajuda


Os grupos de auto-ajuda são grupos organizados por ex-dependentes e têm como base a Troca de experiências, o aconselhamento e a religião. Os grupos de auto-ajuda não seguem nenhuma teoria específica, mas são extremamente eficientes, pois lidam com relatos de experiências vividas por outros dependentes que, desta forma, percebem o seu problema de uma outra maneira. Existem diferentes tipos de grupos de acordo com a dependência. Os A.A (Alcoólicos Anônimos) destinam-se a alcoólicos, os N.A. (Narcóticos Anônimos) são para dependentes químicos, o Amor exigente e ALANON são para familiares de dependentes. Para os adolescentes existe o ALATEEN e NARATEEN.  

O que é o crack?


O crack é uma forma distinta de levar a molécula de cocaína ao cérebro. Sabe-se que a cocaína é uma substância encontrada em um arbusto originado de regiões dos Andes, sendo a Bolívia, o Peru e a Colômbia seus principais produtores. Os nativos desta região mascam as folhas da coca desde antes da chegada dos conquistadores espanhóis no século XVI. No século XIX, a planta foi levada para a Europa onde se identificou qual era a substância que provocava seu efeito. Esta foi, então, chamada de cocaína .

A partir daí, processos químicos passaram a ser utilizados para separar a cocaína da folha da coca, gerando um pó branco, o cloridrato de cocaína. Desde o século XIX, este pó branco é utilizado por usuários de cocaína seja por meio de sua inalação nasal, seja dissolvida em água pela sua injeção nas veias. Utilizando diferentes processos de fabricação, além do pó branco, podem ser produzidas formas que podem serfumadas. São elas: a merla, o crack e o oxi. Estas diferentes formas de administração da molécula de cocaína (inalada, injetada ou fumada) têm efeitos distintos no indivíduo. Quandoa droga é fumada, isto faz com que grande quantidade de moléculas de cocaína atinja o cérebro quase imediatamente produzindo um efeito explosivo, descrito pelas pessoas que usam como uma sensação de prazer intenso. 

A droga é, então, velozmente eliminada do organismo, produzindo uma súbita interrupção da sensação de bem-estar, seguida,imediatamente, por imenso desprazer e enorme vontade de reutilizar a droga. Esta sequência é vivida pelos usuários com um comportamento compulsivo em que os indivíduos caem, com frequência, numa espiral em que os atos de usar a droga e procurar meios de usar novamente se alternam cada vez mais rapidamente. Outra diferença entre o crack e a cocaína em pó é que, para os produtores de drogas, o crack é muito mais barato. Em resumo, o crack é uma forma muito barata de levar as moléculas de cocaína ao cérebro em segundos provocando efeito muito intenso.


Internação Voluntária e Involuntária.

O dependente químico na maioria das vezes não tem consciência do mal que esta fazendo para ele mesmo e para a família. O uso abusivo de substâncias químicas como CRACK, cocaína, maconha etc...  descontrola sua vida toda e o deixa alienado de mais para conseguir enxergar que as drogas o estão prejudicando. 

As famílias em desespero recorrem muitas vezes internação voluntária e involuntária. Quando a família opta pelo modelo voluntário muitas vezes ao primeiro sintoma de abstinência o paciente (familiar) costuma abandonar o tratamento. 

No modelo de internação involuntário o paciente consegue passar com exito por este período, toma consciência do mal que esta causando a sua vida e de seus familiares ajudando em muito seu tratamento e facilitando sua reinserção novamente na sociedade. 

No caso da internação involuntária ele pode ocorrer a partir do momento em que que o individuo ofereça risco imediato de vida para si e ou para terceiros, ou intoxicação por SPA, avaliadas e documentadas por profissional médico responsável segundo a Lei nº10216 de 6/04/2001 Anvisa.

Anderson Lopes Cardoso

Psicólogo Especialista em D.Q.
Contatos para internações e resgate em clinica involuntária no interior de São Paulo.

“Alcoólatra” e “Alcoolista” conheça a diferenças entre os termos.


Os termos “alcoólatra” e “alcoolista” são usados, quase que indistintamente pela comunidade científica e pelo público leigo para definir a “dependência do álcool”.

 O termo “alcoólatra” foi utilizado por muitos anos para designar aqueles indivíduos que bebiam abusivamente e que, por conta disto, tinham uma série de problemas decorrentes do uso do álcool. O uso do termo “alcoólatra” é inadequado, pois confunde o dependente do álcool com alguém que “idolatra” o álcool e que, por conta disto, “escolhe” ou “opta” continuar fazendo uso da substância a despeito dos problemas.

Padrões de consumo do álcool na população brasileira que ela gera para o bebedor e para seus familiares. O termo “alcoólatra’, portanto, estigmatiza e rotula o bebedor como alguém que está fadado a uma condição de depreciação, fraqueza e falta de escolhas, pois privilegia o álcool acima de todas as coisas. 

Esta condição não é verdadeira, visto que, quando a dependência está instalada, em muitas ocasiões, o indivíduo bebe para minimizar os efeitos da abstinência então para ter prazer.

O termo “alcoolista”, por sua vez, é proposto por alguns pesquisadores como uma alternativa menos estigmatizante, visto que, o termo coloca o indivíduo como alguém que tem “afinidade” pelo álcool e não é “seduzido” por ele. O termo alcoolista foi utilizado em substituição ao termo “alcoólatra” a fim de não responsabilizar unicamente o bebedor pelos problemas decorrentes do uso do álcool, mas sim, reconhecer que o álcool é uma substancia lícita, socialmente aceita e disponível,mas quando utilizada em grandes quantidades e frequências expõe o bebedor a muitos riscos.

A expressão mais adequada para designar o indivíduo que tem sintomas físicos desencadeados pela falta do álcool, assim como outros problemas decorrentes do uso desta substância é “dependente do álcool”. A dependência do álcool é uma condição clínica que quando identificada é conferido um diagnóstico e um tratamento para o indivíduo a fim de que ele possa se recuperar e voltar a ter uma vida dentro de um contexto social considerado normal. 

Nos grupos de Alcoólicos Anônimos seus frequentadores costumam usar os termos acima complementando com o termo em recuperação tipo: Alcoólico em recuperação, alcoólatra em recuperação entre outros dependendo da região.


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Álcool e Violência

Vários estudos demonstram a relação entre o uso de álcool e violência. Em estudo realizado nos EUA, em 2001, os autores Brecklin & Ullman relataram que 76% das ocorrências relacionadas à violência sexual tinham relação com o consumo de bebidas alcoólicas. Outro estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde na Argentina, Brasil e México, mostrou que cerca de 80% de pacientes que deram entrada em setores de emergência como vítimas de violência (intencionais ou não intencionais), eram do sexo masculino e tinham menos de 30 anos de idade. Um estudo chileno demonstrou, também, uma porcentagem elevada de pessoas com alcoolemia positiva envolvidas em casos de violência.
No Brasil, dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) apontaram que 52% dos casos de violência doméstica estavam ligados ao consumo de álcool pelo espancador. A partir da revisão da literatura, sabe-se que o consumo abusivo de álcool é um importante facilitador de situações de violência, aumentando o risco de um indivíduo vir a cometer ou ser vítima de comportamentos violentos. Contudo, o álcool não é a causa única e direta da violência. Outros fatores devem ser considerados, como por exemplo, os contextos sociais e culturais de cada situação e os fatores de risco. 
No próximo item, vamos falar um pouco da questão do uso de álcool como problema de saúde pública.



Como proteger seu filho

A prevenção é arma mais forte na luta contra o crack. Veja dicas que podem ajudá-lo a manter seu filho longe da droga.
Dicas de prevenção
 Fontes: Fernando Oliveira, diretor da Divisão de Investigação do Narcotráfico do Denarc, e Helena M. T. Barros, psicofarmacologista
Esqueça aquele mito de que é bonitinho uma criança experimentar uns goles de cerveja com você.
Tenha hábitos saudáveis: as escolhas dos pais influenciam o comportamento dos filhos. Pesquisas mostram que, em lares com pais fumantes, o índice de filhos fumantes é maior.
Dê o exemplo: quando as crianças observam os adultos beberem para relaxar ou superar a timidez, aprendem que também precisam de substâncias químicas para superar seus problemas.
Acompanhe a rotina de seu filho: é importante saber onde ele está, o que faz e com quem está. Mudanças bruscas de comportamento podem ser um sinal de que há problemas.
PASSOS QUE PODEM AJUDAR A PREVENIR O PROBLEMA
Aprenda tudo sobre o assunto: Leia em livros, jornais, revistas e depoimentos sobre o assunto. Procure participar de palestras e eventos educativos. Quanto mais se souber, mais se entenderá quanto mal podem fazer;

+ É importante “falar um ano antes, do que cinco minutos depois”. Por isso, os pais devem se atualizar, trocar idéias com outros pais, buscar reuniões, leituras, palestras informativas, afim de se tratar de todas as coisas com o filho, sem preconceito nem omissões;

+ Consiga o máximo de informações que puder sobre o efeito do uso de drogas e do álcool, nas crianças, nos adolescentes, bem como nos juvens adultos. Descubra tudo que puder sobre “o mundo das drogas” local, isto é, tudo que se passa a respeito em sua vizinhança, em seu bairro, em sua cidade. Em suma, no local que você denominaria de sua comunidade;
Incentive conversas construtivas e não críticas, com os pais, filhos, amigos e professores. Ao mesmo tempo, deve-se ter sempre bem definidas algumas regras e limites sobre o uso de drogas e bebidas e a prática de outros comportamentos;

+ Procure se informar sobre o tema. Não adianta conversar a respeito daquilo que você não entende. Um bom argumento, e verdadeiro, é dizer que a droga interfere com a sexualidade. Que jovem quer se sentir inferiorizado quando o tema é sexo? Outro caminho para entrar na conversa é abordar um caso de dopping entre atletas.O bate-papo pode enveredar para o que você realmente quer falar. Drogas, é claro;

+ Procure separar um tempo especial para estar durante a semana, em família, procurando aproveitá-lo da maneira mais agradável, produtiva e criativa possível, com atividades de qualidade. Separe tempo para a família: Aproveite cada período com a família da maneira mais agradável, produtiva e criativa possível, com atividades seletas;

+ Procure resistir à influência negativa dos colegas, trocando de amigos, mudando o círculo de amizades. Tente envolver-se em atividades com outras pessoas, onde se tenha a impressão de estar bem consigo mesmo, e adquira a confiança necessária para viver livre das drogas. Mantenha regras e limites firmes sobre certos hábitos e vícios e outros comportamentos que se julguem particularmente inaceitáveis;

+ Os pais devem acompanhar com interesse a educação e o desenvolvimento de seus filhos na escola. Ajudar-lhes a serem bem sucedidos nos estudos e no relacionamento familiar e social é importante;

+ É preciso enganjar a escola nessa luta, comprometendo-a com o esforço das famílias atingidas. Apesar de ter se transformado em alvo preferencial dos traficantes nas grandes cidades, a escola permanece à margem do combate à droga. Sua ação, muitas vezes, não vai além da vigilância de caráter meramente policial e de alguma palestra elucidativa no decorrer do ano, esforço que é às vezes neutralizado pela atitude permissiva e até pela apologia da droga alardeada por certos professores;

+ ORIENTE SEUS FILHOS PARA QUE NÃO falem com estranhos na rua, e que não cheguem perto de carros para dar informações;

+ Faça seus filhos irem à escola sempre com o uniforme completo, evitando assim o risco de serem mandados de volta para casa;

+ Não os deixe tomar ônibus muito cheios, principalmente aqueles onde houver grupos de baderneiros. Faça-os evitar o uso de relógios, walkman e objetos de valor;

+ Quando seu filho já estiver saindo em horas adiantadas, crie o hábito de chamá-lo ao chegar, pois assim você poderá saber como ele está (se bebeu ou apresenta um comportamento estranho). Isto fará com que o jovem tenha mais cuidado;

+ Não é recomendável que os pais permitam que seus filhos andem com usuários de drogas, mesmo que os filhos jurem e garantam que eles estão fora disso. O ser humano se agrupa por afinidade. Portanto...;

+ Desperte o senso crítico do filho, dando-lhe a oportunidade de expressar seu ponto de vista, discutir, avaliar situações e concluir;

+ Diante da televisão, das revistas, de todas as situações sociais, ajude e incentive seu filho a ter o seu próprio mecanismo de defesa pela consciência crítica, formada através da orientação familiar. Discuta os programas e não apenas os proiba;

+ Abra espaço não só para o filho mas, também, para os seus amigos. Deixe que o grupo freqüente sua casa pois é saudável para ambos os lados;

+ O adolescente, precisa canalizar suas potencialidades, tendo ocasiões de lazer, de diversões e de “embolada” com seu grupo;

+ Tenha conhecimento da vida do seu filho. Observe o ritmo de vida dele: sono, temperamento, rendimento escolar e a mudança de amigos;

+ A vigilância dos pais é importante com a dosagem, não policial, porém, amorosa, companheira, de quem zela pelo bem do filho e nele confia;

+ Observe o grupo, a “patota” com quem o filho anda, uma vez que a influência do meio social é forte na adolescência;

+ A família que cedo começa o diálogo com o filho, encontrará na sua adolescência, aceitação, facilidade de “negociar”, compreensão aos pedidos e sugestões dos pais. Há um canal de confiança em mão dupla;

+ Aborde sempre que possível sobre as conseqüências do uso indevido de drogas, com naturalidade e dentro da verdade científica. Nunca minta ou faça especulações em cima do assunto, porque o efeito poderá ser negativo e contrário;

+ Em casa converse com seu (sua) filho (a) a respeito do que você está aprendendo sobre o asssunto. Você e seus filhos devem se enganjar num processo de educação mútua sobre a droga;
+ É preciso tratar o grupo familiar, e não apenas o dependente. Se atrás deste quase sempre está uma família desajustada, não há justiça em considerá-lo o único doente ou culpado. De outra forma, pode-se eventualmente conter os efeitos, mas os riscos de uma recaída sempre existirão em larga escala;

+ Não se acomode diante do cansaço e desânimo das tarefas diárias. Dê tempo ao (a) filho (a), para viver as suas preocupações e alegrias. Seja o grande amigo que a criança, o jovem tanto precisam;

+ É preciso “fazer a cabeça” dos comunicadores. É ingenuidade achar que os meios de comunicação podem tudo. Nada mais convincente, na formação dos valores de uma pessoa, do que as trocas realizadas nos grupos primários, notadamente a família. Mas é bobagem subestimar a influência dos líderes de opinião na estruturação da personalidade do jovem. Por exemplo: jornalistas, heróis do esporte, atores, cantores, políticos, etc... Muitas vezes o estilo e proposta de vida permissivo dessas pessoas, divulgado amplamente pela mídia, é uma das principais causas da expansão assustadora das drogas e maus exemplos entre a juventude;

+ Antes de proibir, analise o caso, pois o excesso de restrições pode afastar o jovem;

+ Participe mais da vida de seus filhos, programe passeios, encontros. Afirmam os especialistas que esta aproximação aumenta a intimidade e isto permite a discussão sobre o assunto sem que ele se torne um drama;

+ É importante que não tenhamos vergonha de falar , de perguntar, de pedir ajuda aos amigos, à escola, aos profissionais de saúde, aos vizinhos. Porém, é essencial que tenhamos a humildade e a coragem de estarmos sempre abertos para aprendermos cada vez mais. O futuro de nossos filhos agradecerá;

+ É preciso ocupar o jovem. Depois do desajuste familiar nenhum outro fator empurra mais a juventude para o mundo das drogas do que as más companhias e a ociosidade;

+ É preciso conscientizar e comprometer a família num esforço preventivo. A droga na vida de alguém, especialmente na do adolescente, é um sintoma que revela excesso de ansiedade, insegurança, falta de afeto, ausência de uma base ético-espiritual que justifique um sentido para a vida. Filhos de famílias ajustadas emocional e moralmente, e onde há troca de afeto entre seus membros, dificilmente são aliciados e enganados por viciados ou traficantes;

+ Proporcione aos seus filhos uma vida saudável, com sonhos e aspirações a realizar, e disposição para lutar e conseguir seus objetivos; dê a noção de que é preciso muita luta, muito sacrifício para consegui-lo, e que é necessário muito esforço, para depois termos a recompensa. Na vida real não existe a “amostra grátis”. Todos nós temos que lutar para conseguir nossos objetivos. E um jovem disposto, determinado, em busca de sua meta, embora isso lhe custe muito trabalho, será uma pessoa de sucesso, que jamais pensou ou usará drogas! E, ainda, ensine que o sucesso é uma seqüência de pequenas e sucessivas conquistas diárias;

+ Sabemos que o uso de drogas é aumentado pela facilidade com que é encontrada; temos que manter nossos filhos em contato social com pessoas sadias, evitando que freqüentem os meios que não são os seus;

+ Esclareça para seu filho (a) que não é vergonhoso ou sinal de medo dizer “não”, de não aceitar, caso lhes seja oferecida a droga ou quando forem convidados para usar bebidas de álcool ou fumar cigarros de tabaco;

+ Caso note algo estranho e você não saiba lidar com seu filho procure as entidades que tratam do assunto, com certeza elas irão orientá-lo corretamente;

+ Ajude seus filhos (as) a traçar metas e objetivos para o futuro;

+ Sempre cultive uma saudável auto-estima e esperança de um mundo melhor, nas pessoas e, principalmente, nas promessas de Deus;

+ Certifique-se de que você estará presente e disponível sempre que seus filhos necessitarem, de que eles podem contar com você;
Lembre sempre que o diálogo, diálogo e diálogo é muito importante. Conversar nunca é demais;

+ Não minta para seu filho. O efeito imediato da droga não é ruim. Muito pelo contrário. A droga pode dar prazer. O problema é suas conseqüências fisícas, psicológicas, sociais, morais etc...;

+ Não banque um super-herói. Caso descubra que seu filho entrou nessa, procure uma ajuda especializada: um psicológo, um grupo de mútua-ajuda, um conselheiro, um médico, um amigo de confiança;

+ Não banalize os problemas apresentados por seus filhos, mas também não dramatize certas situações. Apenas encare-as com seriedade e naturalidade;

+ Confie desconfiando. Não pense que, por mais amigos que vocês sejam, seu filho vai chegar e dizer: “Pai, eu estou cheirando cocaína”. Ele vai negar sempre. Só vai confirmar quando você flagrá-lo cheirando. Mesmo assim, ele ainda vai dizer que “só foi desta vez” ou “nunca mais eu faço isso”;

+ Propicie várias formas de lazer/estudo, para que se mantenham ocupados: aulas de natação, digitação, inglês, violão, musculação, e mostre-lhes, constantemente, o exemplo de pessoas de sucesso que nunca se envolveram com drogas;

+ Desligue a televisão e crie uma “hora de conversa fiada”, com a família, agradável, descontraída, alegre, de simples convivência, para que os filhos sintam o amor familiar, que os pais têm interesse por eles, que eles são importantes;

+ Não esqueça: nada de ser um pai repressor ou o tipo liberal demais. Crianças e adolescentes precisam de limites;

+ A melhor forma de evitar problemas com o álcool, no futuro, é passar esses valores para a criança. Assim, quando crescer, ela já vai ter aprendido os seus próprios limites e saberá que não deverá beber ou usar qualquer tipo de drogas;

+ Faça um programa com os filhos , vá ao cinema, ao futebol, coma pizza, passeie, simplesmente esteja junto. Para o filho, ver que o pai deixa de lado um programa com seus amigos para estar com ele, é muito gratificante, e demonstra que o filho é importante no contexto familiar. Assim ele terá a clara idéia que seus pais, além de pais, são seus amigos, e o ambiente, nesse lar, será de harmonia;

+ Um bom trabalho preventivo começa, de verdade, na infância, com exemplos, muito diálogo e sobretudo essa noção clara de limites, em tudo;

+ Hoje, a prevenção também não é mais feita só se falando mal das drogas. Mas sim, mostrando o quanto é importante cuidar da nossa saúde física e mental, promovendo o valor e a alegria de se viver sem drogas de uma maneira saudável, equilibrada e feliz;

+ Encoraje uma maior participação dos filhos nos programas de educação preventiva;

+ A criança precisa aprender, desde cedo, que para viver em sociedade, tem de cumprir algumas normas e regras, saber esperar e até lidar com a sua frustração;

+ A grande vantagem dos programas de prevenção mais amplos e com ênfase no diagnóstico precoce é a sua capacidade de descobrir problemas de abuso de álcool e drogas nos estágios iniciais;

+ As atitudes paternas são copiadas pelas crianças; portanto, a AUTOMEDICAÇÃO deve ser evitada para não incentivar o(a) filho(a) a usar indevidamente as drogas. Que elas não fiquem ao alcance dos pequenos;

+ O consumo de bebidas alcoólicas e de cigarros, é incentivado pela sociedade a tal ponto de induzir ao “sucesso” os seus usuários. Os adolescentes, em busca de auto-afirmação, se identificam com o adulto (o pai, mãe e outros) procurando fumar e beber, mesmo sem gostar;

+ A criança precisa aprender, desde cedo, que para viver em sociedade, tem de cumprir algumas normas e regras, saber esperar e até lidar com a sua frustração;
+ Apoie, dê atenção e amor a cada filho, respeitando a sua individualidade, aceitando-o como ele é e não como gostaríamos que ele fosse;

+ Estimule a auto-confiança, sabendo valorizar as aquisições culturais, intelectuais, físicas, afetivas e financeiras dos filhos;

+ Discuta, troque idéias, experiências, compartilhe dos conflitos e anseios dos filhos;

+ Reforçe sentimentos de valor pessoal, elaborando uma idéia positiva de si mesmo e estimule a auto-estima;

+ Se a ociosidade é considerada a “mãe de todos os vícios”, os pais devem incentivar as ocupações e ampliar o senso de responsabilidade;

+ Recorra mais a exemplos e à ajuda do que às advertências e ameaças. Os pais devem ser um exemplo daquilo que apregoam;

+ A maior prevenção se faz no lar, com franqueza, esclarecendo, dirimindo dúvidas e quebrando tabus. Tudo com muita paciência , carinho e amor;

+ Ensine aos seus filhos adquirir valor verdadeiro, para saber dizer “não” às atitudes e aos valores negativos que, hoje em dia, atentam contra a estabilidade da família;

+ Fique atento ao desempenho escolar do jovem. Nem sempre, mas com freqüência, a queda no rendimento escolar está vinculada à droga;

+ Faça com que o adolescente perceba que em casa existe uma relação de apoio e de confiança com os pais, um ambiente que permite a ele conversar sobre suas vivências, sem medo de ser reprimido ou punido;

+ Aumente a auto-estima do adolescente. Quanto menor for a sua auto-estima, maior é a possibilidade do jovem se submeter às pressões do traficante e do grupo;
+ Estimule atividades esportivas, sociais e artísticas que canalizam os interesses do jovem e lhe dêem prazer;

+ Ressalte a comunicação, promova o entendimento mútuo, a discutir construtivamente e assim aprender a tomar decisões acertadas;

+ Reserve pelo menos um momento do dia para conversar com os filhos, compartilhando experiências de vida;

+ Estabeleça valores bem definidos junto a cada membro da família em relação às suas necessidades físicas, sociais, emocionais, intelectuais e espirituais;

+ Procure desenvolver e aprender habilidades, de você e sua família, sobreviver às crises e adversidades, usando sabedoria para resolver os problemas;

+ Aproveite as alternativas para realizar-se como família, desenvolver os dons de cada membro, desfrutar momentos recreativos sadios, e envolver-se em ações comunitárias;

+ Desenvolva e pratique uma vida espiritual sadia, na fé cristã, no confiar em Deus, e no seu grande amor;

+ Muitas outras atitudes podem ser tomadas pelos pais para melhorar o ambiente de um lar, e um lar tranqüilo será o berço de jovens estáveis e seguros, sem nenhuma carência a ser suprida pela droga, e dispostos a enfrentar a vida e chegar ao sucesso, através de uma vida saudável e de muito trabalho e luta, o que, certamente, acontecerá!;

+ Toda família tem problemas. Mas não são os problemas familiares os que causam o consumo de drogas, e sim, o não saber como resolvê-los ou enfrentá-los;

+ Tão importante como a iniciativa dos pais ou de certos setores da comunidade, fazendo a prevenção, é que o governo se resolva, de uma vez a enfrentar esse inimigo poderoso, através de um programa oficial de informação à comunidade, permanente, através de jornais, rádios, televisão de maneira a atingir todas as escolas, todas as associações, todas as entidades, todos os clube de serviços, todas as associações de pais e mestres, para que todos sejam atingidos, e com profundidade, pela nova mensagem contra as drogas, a fim de que o jovem possa conhecer o perigo e desviar-se. Sem a decisiva participação do governo, continuaremos perdendo batalhas e mais batalhas, com nossos filhos morrendo por “overdose”, ou pela loucura, até a derrota final da sociedade, vencida pela droga;

+ Enfim, O EXEMPLO DE VIDA SEMPRE FALA MAIS FORTE, daí a necessidade de os pais vivenciarem compreensão, diálogo, ternura, entre eles e com o (a) filho (a). É o alicerce da segurança pessoal, tão básica na construção de um homem feliz.

DROGAS





COMO UMA PESSOA COMEÇA A USAR DROGAS?
No início é quase sempre igual: um amigo, um colega de aula, um namorado (a) oferecem a droga. Tentam lhe convencer dizendo que usar drogas é ficar numa boa, é fazer uma viagem com altas aventuras, curtindo todas sem problemas. Só que se esquecem de dizer o quanto se sentem infelizes e que são escravos das drogas.
POR QUE AS PESSOAS USAM DROGAS?
Os  motivos são muitos, podem variar, segundo o  indivíduo, sua personalidade e seu estado emocional.
Enfim, eis algumas situações:
+ Desajuste familiar;
+ Fuga de problemas;
+ Modismos;
+ Imitações;
+ Busca de prazer;
+ Pais alcoólatras ou dependentes químicos;
+ Tranquilização;
+ Complexo de inferioridade;
+ Ociosidade;
+ Pais separados;
+ Filhos adotados;
+ Falta de religiosidade;
+ Desinformação;
+ Ausência de amor;
+ Auto-afirmação;
+ Curiosidade;
+ Modernismo;
+ Permissividade;
+ Desespero;
+ Contestação, rebelião contra as autoridades;
+ Falta de desportos;
+ Prazer de violar ou desafiar as convenções sociais e familiares;
+ Facilidade do uso;
+ Falta de ambiente familiar;
+ Falta de diálogo com os pais;
+ Influência de amigos, namorado (a);
+ Freqüência de maus ambientes;
+ Enriquecimento rápido;
+ Falta de orientação na escola;
+ Propaganda;
+ Estimulação e desinibição;
+ Tendências psicopáticas;
+ Distúrbios da personalidade.
TIPOS DE USUÁRIOS:
Os usuários de drogas podem ser divididos em algumas fases bem caracteríscas:
+ USUÁRIO EVENTUAL ou EXPERIMENTAL é o experimentador curioso, que usa  a droga pouquíssimas vezes,  levado por amigos que  o  induzem  a essa experiência; ou movido pela desiformação e curiosidade. Normalmente não se fixam em nenhuma.
+ USUÁRIO OCASIONAL ou RECREATIVO - Usa em ocasiões fixas: festas, situações em que precisa produzir certo tipo de trabalho, reuniões para trocar idéias, encontros sexuais.
+ USUÁRIO HABITUAL ou FUNCIONAL é aquele que está a um passo do vício e dependência. Começa a apresentar alterações no comportamento.
+ USUÁRIO DEPENDENTE ou DISFUNCIONAL possui um forte impulso psíquico que impede  sua  abstinência (ou  não uso), dando-lhe um desconforto tal que, fatalmente,  ele irá procurar a droga.
+ USUÁRIO DE ABUSO é aquele que passa a se prejudicar e sentir as conseqüências de sua dependência, como aquele que vara a noite cheirando cocaína e perde o dia de trabalho, ou aquele outro que troca uma atividade da qual gostava, como nadar ou visitar amigos, para ficar se drogando em casa. Usa de maneira compulsiva: enquanto houver, não pára. Exemplos clássico são os usuários dependentes de álcool e cocaína.
+  USUÁRIO CRÔNICO onde, em muitos casos, e dependendo  da droga, já se instalou  a  dependência  física  e  uma   forte dependência psíquica; onde a busca da droga se faz por  compulsão (desejo  irrefreável),  no  caso da maconha,  por  exemplo, é o indivíduo que fuma em média cinco cigarros por dia. E, no caso de outras  drogas,  em sua  falta, vai  ter  os  comportamentos da “síndrome  de abstinência”, tais como: suores, náuseas,  vômitos, tremores, etc. Ele percebe que a droga está lhe causando vários problemas, mas não pára. A tolerância já está instalada e o dependente precisa de doses cada vez maiores.
 
CARACTERÍSTICAS DA PERSONALIDADE DO USUÁRIO DE DROGAS
+ O usuário de drogas geralmente apresentam comportamento impulsivo, não tem paciência em esperar que as coisas aconteçam normalmente. A ação e o efeito rápido provocado pelo uso de drogas substitui a ação normal dos fatos;
+ O dependente apresenta incapacidade de enfrentar problemas, frustrações, e muitas vezes recorre as drogas para enfrentar a angústia, de forma a buscar sempre a gratificação imediata, pois não aprendeu a controlar o impulso com o pensamento;
+ Geralmente se usa de alguns mecanismos para com as pessoas de forma a manipulá-los;
+ Se ilude a respeito de sua condição e nega a realidade, não admite a dependência química, acha que pára quando quiser e consegue controlar o uso de drogas.
+ Justifica seus comportamentos insanos, negando a realidade e a causa do comportamento, que é a droga.
+ O indivíduo minimiza o problema, levando a se iludir sobre sua própria condição.
+ Projeta suas dificuldades nas outras pessoas, e vê características dos seus comportamentos nos outros, de forma que as pessoas que o rodeiam são o problema.
SAIBA IDENTIFICAR UM USUÁRIO DE DROGAS:
Eis alguns sinais gerais, relacionados, possivelmente, ao uso de drogas:
Falta de motivação para estudar ou trabalhar;
+ Mudanças bruscas de comportamento.
+ Troca do dia pela noite;
+ Inquietação, Irritabilidade, ansiedade, cacoetes.
+ Perda de interesse pelas atividades rotineiras.
+ Insônia;
+ Olhos avermelhados, olheiras.
+ Necessidade cada vez maior de dinheiro. Desaparecimento de objetos de valor ou dinheiro, etc. Pertences de valor de dentro de casa ou de amigos e parentes;
+ Há alterações súbitas de humor, uma intensa euforia, alternada com choro ou depressão;
+ Há perda de sono ou apetite, insônia, intercalada com períodos de sono demorado, troca do dia pela noite;
+ Começa a se relacionar com amigos diferentes;
+ Fica mais descuidado com a higiene pessoal;
+ Muda o vocabulário, usando termos mais pesados;
+ Tem atitudes de culpa e reparação: agride os pais, chora, se tranca no quarto;
+ Passa noites fora de casa;
+ Apresenta apetrechos como espelhinhos, fósforos, canudos, usados para cheirar cocaína;
+ Aparecem entre os pertences restos de fumo, maconha ou crack;
+ Tem receitas de medicamentos ou caixas de comprimidos de psicotrópicos;
+ As roupas, os lenços ou as mantas têm cheiro forte de solvente;
+ Há vestígios de pó branco nos bolsos;


SINAIS E DICAS ESPECÍFICAS DE UM USUÁRIO DE DROGAS
Importante: As informações que descreveremos a seguir constituem uma espécie de guia para se descobrir se seu (sua) filho (a), amigo (a)
é usuário (a) de drogas ou não.
1. MACONHA, MARIJUANA, HAXIXE:
a) Principais sintomais e sinais de conduta:
Tagarelice, excitabilidade, risadas ou depressão e sonolência. Aumento de apetite (doces principalmente), olhos vermelhos, congestos, alucinações, distúrbios na percepção do tempo e do espaço.
b) Elementos acessórios:
Odor de relva queimada no local, presença de vegetal cinza esverdeado triturado com pequenas sementes lisas, restos de cigarros feitos a mão, dedos manchados e odor nas roupas.

2. ESTIMULANTES, ANFETAMINAS ou “BOLINHAS”, e MODERADORES DE APETITES:
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Inquietação, excitabilidade, tagarelice constante, confusão mental, falta de apetite com emagrecimento, insônia, conduta agressiva, boca seca com irritação das narinas (secas), alucinações e dilatação das pupilas.
b) Elementos acessórios:
Presença de comprimidos de diversos tipos, hábito de fumar cigarros constantes, inquietação motora (não pára quieto).

3.DEPRESSORES CENTRAIS, BARBITÚRICOS (HIPNÓTICOS) e TRANQÜILIZANTES.
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Sonolência, apatia, indiferença motora, aparência de ébrio, “língua enrolada”, depressão.
b) Elementos acessórios:
Embriaguez sem hábito de álcool, falta de força muscular, presença de comprimidos ou drágeas de diversas cores.

4. SOLVENTES VOLÁTIL, COLA DE SAPATEIRO, DE AEROMODELISMO, LIMPA TIPOS, LANÇA PERFUMES, FLUÍDOS DE LIMPEZA, ÉTER, CLOROFÓRMIO, BENZINA:
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Aparência de ébrio, excitação, hilaridade, linguagem enrolada, perda de equilíbrio, olhos vermelhos, nariz escorrendo (constipado), sonolência, inconsciência.
b) Elementos acessórios:
Latas ou bisnagas de cola, frascos de lança-perfumes restos de sólidos ou nódoas em panos, sacos de plástico.

5. LSD, DMT, STP, MESCALINA, PSILOCIBINA, CHÁ DE COGUMELO.
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Alucinações, delírios, confusão mental e dificuldades de raciocínio, risos e choros, atitudes impulsivas e irracionais, calafrios, tremores, sudorese, linguagem incoerente, pupila dilatada, reações de pânico com sensação de deformação no corpo e em objetos.
b) Elementos acessórios:
Pequenos comprimidos ou drágeas, cubos de açucar com manchas, restos de cogumelo (com cheiro de esterco), pequenos frascos.

6. COCAÍNA:
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Exitação, aumento da atividade, agressividade, idéias delirantes com suspeita de tudo e de todos, palidez acentuada e dilatação da pupila.
b) Elementos acessórios:
Septo nasal perfurado e com pequenas hemorragias, pó branco cristalino, objetos metálicos tipo caixa de rapé ou pequenos tubos metálicos.

7.ÓPIO, MORFINA, HEROÍNA e NARCÓTICOS DE SINTESE (ALGAFAN, PAMBENIL).
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Estupor, analgesia, lacrimejamento, coriza, sonolência, pupila como cabeça de alfinete.
b) Elementos acessórios:
Pó branco cristalino ou escuro, ampolas, frascos, frascos de xarope, seringas hipodérmicas e acessórios, agulhas, manchas de sangue nas roupas, feridas, cicatrizes e abcessos no corpo, dedos queimados.

AVILA, Luis Carlos. Cruz azul. Disponível em: <http://www.cruzazul.org.br/nocoes/4.html>. Acesso em: 21/05/2012